O RELEVO DE SANTANA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de abril de 2017
Escritor Símbolo de
Santana do Ipanema
Aproveitando o
dia de hoje, Emancipação Política de
Santana e, já havendo descrito a sua fundação, iremos falar sobre o seu
Relevo.
“(...) Para
efeito didático podemos dividir o relevo do município em duas porções:
A primeira porção. Compreende os
contrafortes do Planalto da Borborema com elevações denominadas serras, parte
do ‘Maciço de Santana do Ipanema’. Vista de longe, essas montanhas parecem
muralhas barrando as fronteiras com o município de Poço das Trincheiras e
Pernambuco. Entretanto, intercalando a sucessão dos elevados no sentido
noroeste-nordeste, surgem espaços em forma de boqueirões, permitindo a
suavidade do terreno. Serpentear de riachos da mesma vertente vai desembocar no
captor de toda a bacia, o rio Ipanema. Esse maciço, desgastado pelos agentes
externos vai recebendo denominações locais dentro do município: serras do
Caracol, Pau Ferro, Gugi, Camonga, Macacos, Poço e outras elevações menores.
Esses elevados com nomes de serras possuem altitudes respeitáveis para a
região, como a Camonga, Gugi e Poço, com muito mais de 500 metros. O relevo
serrano de Santana do Ipanema é rico em olhos d’água, boqueirões, vales e grotões.
Sustenta umidade a barlavento e motiva chuvas orográficas ao longo do maciço. A
serra do Poço apresenta cicatriz de tromba d’água na vertente sul, voltada para
os sítios Pé de Serra e Marcela, ocorrida nos primórdios do município. A
intensidade do desmatamento é contínua e visível ao longo de toda cadeia, o que
vem prejudicando os seus mananciais. O pedregulho do extenso desgaste rochoso
vai se acumulando nos sopés, entulhando córregos de periferia com lixiviação
das chuvas torrenciais.
A segunda porção. Pediplano Sertanejo
são terras planas e onduladas com as colinas entrecortadas de rios e riachos,
semeadas de serrotes, cadeias de montanhas ou montanhas isoladas residuais. As
elevações maiores são chamadas popularmente de serras e, as menores, de
serrotes, no campo e mesmo as que circundam o núcleo urbano.
Essa
segunda porção do relevo espraia-se em forma de leque dos sopés do Maciço em
direção ao rio São Francisco. As serras em cadeia no meio do pediplano são mais
altas do que as serras isoladas, mas não chegam à altitude anterior. Entretanto
algumas surpreendem em altura como a serra da Lagoa e a do Cabeça Vermelha,
entre Santana do Ipanema e o povoado Areias Brancas. São formações que também
formam olhos d’água nos cimos e nos sopés. Serras e serrotes, bem como riachos
e lagoas são pontos de referência importantíssimos no município em estudo. Além
das serras citadas acima, surgem às elevações em torno da sede municipal como o
serrote do Gonçalinho e ─ seguindo a direita com ele ─ os do Cruzeiro e
Pintado; serras: Aguda, Remetedeira, Poço, Camonga e Macacos. As demais
elevações do pediplano são serrotes que também batizam os sítios: serrote do
Amparo, Angicos, Bois, Brás, França, Pintado, Serrotinho e Severiano”.
·
CHAGAS, Clerisvaldo B. Santana do Ipanema (Alagoas); conhecimentos gerais do município.
Grafmarques, 2011.
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