NOVA POLÍTICA
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica; 2. 407
As
pequenas cidades do Sertão de Alagoas, evoluíram bem no aspecto físico e em
grande parte da estrutura básica. Os antigos líderes que já faleceram ou se
afastaram da política, foram substituídos por uma nova geração de mentalidade
progressista. Com isso, a arrogância, o sentimento de propriedade particular,
violência e coronelismo, parecem em sucessivas quedas. Mesmo sendo
vários administradores públicos filhos, filhas ou familiares dos coronéis, não
se nega essa evolução na mentalidade política. É certo, porém, que ainda se
encontra resquício à moda ainda recente do feudalismo, todavia, mais como
exceção do que regra geral. Essa nova geração de políticos traz quase todos
formados em diversas áreas como agronomia, direito, medicina, magistério,
administração e outros. Portanto, a mentalidade é diferente além da pressão
popular, da fiscalização e das comunicações por todos os meios. Não há mais
espaço para coronéis.
Notamos
ainda, muito claramente, os projetos em todas as áreas da administração pública,
colocadas pelos candidatos à prefeito durante entrevistas nas rádios
sertanejas. Ou projetos escritos por terceiros ou pelo próprio candidato, são
aqueles que de fato as comunidades necessitam e aguardam aquelas realizações. A
impressão é que todos estão empenhados em fazer evoluir o seu respectivo
município. Pode ser que exista engodo, falsidade e manhas por trás das orelhas,
mas pelo menos os pronunciamentos são excelentes vindos desse sangue novo que
ingressa na política.
Todos
sabemos que o progresso, geralmente, tem início histórico nas capitais e
cidades beira-mar. Muitas vezes esse progresso demorava séculos para chegar a
mais longínqua e pequenina cidade do interior. A hierarquia continua a mesma,
mas a velocidade se consolidou com as excelentes redes de transporte e muita
tecnologia do século XXI.
Hoje
no Brasil existe muita prosperidade em vários interiores fazendo o caminho
inverso da tradição, isto é, do interior para as capitais. Quando todas as
mentes administrativas do Brasil, levarem à sério o papel do “administrador de
mão cheia”, poderemos despontar no mundo como um país desenvolvido e
igualitário pelo nível superior.
Não
ser otimista demais, porém, nunca perder a fé.
(FOTO:
DIVULGAÇÃO).
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