A
FERROADA DO MARIBONDO
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão alagoano
Crônica: 3.051
Marimbondo ou Maribondo, sem o “M” como é
registrada a cidade agrestina de Alagoas, representam essa variedade enorme da
Língua Portuguesa. Além disso, o regionalismo em se tratando das Cinco Grande
Regiões Geográfica do Brasil, tem cada uma dentro de si, uma grande variedade
de palavras ou desconhecidas dentro do seu próprio bojo, estado a estado. Maribondo ou Marimbondo é um tipo de vespa ou
abelha/vespa, cujo ferrão muito maltrata o ser humano. Antigamente, os
portugueses apelidavam os brasileiros com essa denominação principalmente
durante os vários episódios de guerras de expulsão. Com “M” ou sem “M”, ambas
as formas estão certas, que dizer, a cidade de Maribondo não tem que corrigir
nada. Pelo contrário, vai continuar
a ganhar dinheiro, muito dinheiro no seu comércio pequeno de passagem.
No trajeto antigo Sertão/Maceió, parávamos em
alguns lugares da estrada com enorme frequência. Em Cacimbinhas, em Palmeira
dos Índios, Cabeça Danta, Marimbondo e Salgado. Não se quer dizer que se parava
em todos os lugares, mas os expostos acima eram os preferidos. O tempo, porém,
foi encostando um a um, ficando apenas a cidade de Maribondo. Como é o interior
da cidade não sabemos, mas o lugar de passagem, BR-316, faz movimentar um
intenso comércio pequeno, e gigante com dinamismo. Esse comércio que se inicia
ao amanhecer, prolonga-se a aproximadamente até às 20 horas. É à
base, de lanchonetes, churrascarias, cafés e produtos soltos tal qual o milho
assado, a tapioca e a água de coco.
Não conhecemos ninguém que calcule o quanto
entra de dinheiro naquela cidade através desse movimento diário, contínuo e
incansável. O lugar Maracanã, em Santana do Ipanema, não consegue chegar nem
parte da dinâmica do comércio pequeno de Maribondo. Nada do que foi falado
acima falta quando você procura. É como se ali tivesse uma máquina para produzir
tapioca, milho assado e coco verde. E é no velho Maribondo sem ferrão
ameaçador, que os clientes do sertão e parte do Agreste, se esparramam pelo
trajeto citadino da BR-316, e saem de bucho cheio, retesado que só corda de
viola.
Parabéns aos amigos maribondenses pela
descoberta do dinheiro!
PRAÇA PADRE CÍCERO NA BR-316, MARIBONDO (FOTO: B.
CHAGAS)
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