DIA DE
COMIDAS
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de maio de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.041
Ontem,
segunda-feira, uma chuva fina e educada não cessou durante à noite inteira, na
cidade de Santana do Ipanema. Com tantos anúncios de desastres pelo Brasil e
pelo mundo, o dia inteiro de ontem, com aspecto de inverno iniciado, assustou um
pouco por causa dos alertas que se vem dando em Alagoas. Mas a serenada noturna
foi excelente com direito a friezinha, muita umidade e tempo fechado. Nada de
relâmpagos, nada de trovões, somente o céu branco aguando com paciências a
flora sertaneja. Mesmo assim, numa
escapada não sei como, não deixou de aparecer a majestosa lua dando alguma
esperança boa aos habitantes do Planeta. Na capital, não sabemos, mas aqui no
interior sertanejo, não tem quem não note a esquisitice do tempo.
Com os
céus ameaçando chuva mesmo, caminho quinhentos metros para chegar ao
cabelereiro que me indica sem que eu peça, um novo restaurante no roteiro Olho
d’Água das Flores/Pão de Açúcar, logo perto do trevo. “Uma deliciosa peixada,
professor, lugar que ao meio dia fica completamente lotado. Todos querem comer
pirão de peixe tilápia fisgada na hora nos tanques de criação que circundam o
restaurante. Todos os clientes fotografam
os peixes nadando no tanque e que muitos deles estarão daqui a pouco no bucho
dos apreciadores”. E referindo-se ao tempo, o cabeleireiro (não quer mais ser
chamado barbeiro) afirma que a natureza está ideal para um passeio até o tanque
das tilápias.
No meu
retorno, sou abordado por um antigo dono de bar, com o mesmo assunto de comida,
sem que eu puxasse esse tema. Desta feita apontando um novo bar, que entre
outras coisas, serve buchada. E como buchada é uma coisa que você tanto pode
correr duas láguas a sua procura, quanto pode correr mais duas horrorizado com
ela, procurei mudar o assunto. Mas vi que o tempo estava favorável para comida,
restaurante, bar e seus derivados. Arre! Parece que quanto mais o tempo fica
chuvoso mais aumenta a vontade de comer, do povo. Nesse caso, vamos aproveitar
o momento do computador e a frieza da tarde para tomar um cafezinho com bolo de
mandioca, daquela condição rústica no fabrico e na venda na feira. Vamos!
(FOTO:
B. CHAGAS).
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