MUSEU
THÉO BRANDÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.048
Situado na Avenida da Paz, o belíssimo casarão,
hoje Museu Théo Brandão, em Maceió, nunca deixou de chamar atenção de quem
passa por ali.
“O primeiro proprietário, Eduardo Ferreira
Santos, construiu o imóvel, a década de 1930 e, em seguida vendeu a Artur
Machado, que logo cuidou de reformá-lo.
Sua arquitetura eclética, teve a decoração acrescida por novos elementos
por dois esmerados artesãos portugueses. Provavelmente foi dessa época o
acréscimo das varandas encimadas por cúpula de inspiração mourisca que deram um
nova e sofisticada feição ao prédio. Logo a residência passou a ser conhecida
por Palacete dos Machado.
Depois de outras ocupações, o imóvel foi
adquirido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para servir de residência
universitária feminina e, em seguida, sede do Museu Théo Brandão de
Antropologia e Folclore, reunindo expressivo acervo da cultura popular
nordestina.
A mais recente restauração, concluída em 2001,
recuperou parte da decoração da fachada, da pintura original da entrada e as
grades que contornavam o pátio, perdidas em reformas anteriores, foram
recompostas fazendo alusão á tipologia do museu, com desenhos folclóricos
concebidos pelo artista plástico Getúlio Mota.
Como a edificação, em suas diversas ocupações,
perdera algumas divisórias e características ornamentais no interior, a
montagem do circuito privilegiou principalmente as peças em exposição, com uma
instalação atraente, rica em cores, fotografias e informações”.
(Fonte: Compilado de Alagoas Memorável,
Patrimônio Arquitetônico).
Não se pode negar a beleza exposta de dezenas e
dezenas de edifícios de Maceió, de época de cultura e fastígio. Infelizmente o
fenômeno atinge todo o território brasileiro, quando as mudanças de épocas, por
inúmeros motivos, deixaram os casarões a mercê do tempo. Muitos proprietários
faleceram e, os familiares ou não tiveram interesse na manutenção ou não dispuseram
mais de condições financeiras. A decadência, o saudosismo e as lamentações,
reinam sobre os restos mortais daquela rica arquitetura.
MUSEU THÉO BRANDÃO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário