CASA
DAS LETRAS
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.047
A maior homenagem que se poderia prestar à
cultura santanense, seria a prefeitura adquirir o prédio de 10 andar
mais bonito e elegante da cidade, após a Igreja Matriz de Senhora Santana,
incorporá-lo ao seu patrimônio transformando-o definitivamente em Casa das
Letras, isto é, em Biblioteca Pública Municipal, definitivamente. A idéia da
Casa da Cultura onde se encontra atualmente abriga o Departamento de Cultura e
a biblioteca, porém o espaço estreito não é ideal para o funcionamento de uma
biblioteca. O “Casarão de Esquina”, no centro comercial de Santana, edificado
no tempo de vila, pelo coronel Manoel Rodrigues da Rocha, já foi o “Hotel
Central” de Santana e funcionava perfeitamente como o melhor da cidade.
Um salão único enorme, rodeados de janelas, bem
arejado e iluminado naturalmente, é um dos melhores mirantes do comércio
frontal e lateral do edifício e com visões além do quadro central. Também já
funcionou acertadamente como biblioteca, mas sendo imóvel alugado, não abrigou
os livros por muito tempo. Sua belíssima arquitetura estaria resguardada pelo
poder público e ao mesmo tempo, ofereceria aos leitores ávidos por leituras, um
ambiente inigualável, pois, atualmente não existe outro prédio em Santana que
possa concorrer com ele para essa função acima. Também estamos falando em
espaço unicamente para a biblioteca, sem nenhum outro tipo de atividade no mesmo
espaço do 10 andar, pois assim o sufocaria assim com a Casa da
Cultura parece sufocada.
O primeiro andar sobre a antiga loja de tecidos
Casa Esperança, de Benedito V. Nepomuceno, já funcionou como biblioteca pública
no seu auge, está desocupado hoje, porém, para as exigências modernas de bibliotecas
públicas e museus, o espaço é reduzido
que não mais comporta o empreendimento neste Século XXI. Portanto, só existem
duas opções para o espaço de uma biblioteca à altura: construir prédio novo com
o que a modernidade exige ou incorporar o “Casarão de Esquina” ao patrimônio
municipal. Uma belíssima placa luminosa no alto, já daria um charme especial ao
antigo edifício do saudoso coronel Manoel Rodrigues da Rocha.
Entretanto, “qualquer roupa veste um nu...” E não
me responda com a estrofe de Chico Nunes, por favor.
CASARÃO
DE ESQUINA (FOTO LIVRO 230, B. CHAGAS).
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