RIACHO
TEM FORÇA
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 305??
É conversando com um amigo perto de casa, que
vamos falando do progresso das últimas décadas na região. Focamos a força dos
riachos que parecem insignificantes, mas durante certo período como agora dava
dor de cabeça em transeuntes. Um deles era o riacho Salgadinho que nasce na
Reserva Tocaia e escorre para o rio Ipanema. Com, no máximo 2 km de extensão
divide os bairros Floresta e Domingos Acácio. Despeja no poço do Juá, parte
mais larga do Ipanema no seu trecho urbano. Quase inexistente no verão, valente
no inverno impedindo o tráfego entre os dois bairros. Teve pequena ponte
construída por Adeildo Nepomuceno e depois alargada por Isnaldo Bulhões, ambos,
então, prefeitos. A ponte foi um fator de importância de desenvolvimento
daquela parte da urbe.
Outro riacho, inúmeras vezes mais encorpado, é
o João Gomes (tipo de beldroega) que agia do mesmo modo ao cortar a antiga
rodagem Santana do Ipanema – Olho d’Água das Flores. Os mascates que
transitavam por ali no tempo de inverno, juntamente com aqueles habitantes
rurais, muito sofriam quando o rolo d’água do riacho cortava a estrada
principal. Havia muito malabarismo de pessoas que procuravam atravessar outras
pessoas e mercadorias na passagem através de cordas. Ficavam parados à margem
do João Gomes, dezenas de caminhões de mascates, carros pequenos, carros de
bois, cavalos, jumentos, burros e habitantes a pé. A ponte ali construída
permitiu a evolução regional, porém, continua a mesma ponte que nunca foi
alargada para servir ao asfalto que chegou.
O outro riacho totalmente santanense é o
Camoxinga que deu origem ao nome do maior bairro da cidade e que se desdobrou
em outros. O riacho vem do sítio Pinhãozeiro com nascentes em serra e escorre
em rumo da cidade onde despeja no rio Ipanema também no poço do Juá, margem
oposta do riacho salgadinho. O seu percurso na zona rural até parece não
existir em tempo seco, porém, em épocas de chuvas o riacho se agiganta e leva
tudo que encontra pela frente dentro do seu leito. Já carregou muitas pontes de
madeira na sua foz. A última, feita em concreto, ainda tem o seu vão estreito
apesar de ter sido alargada em gestão Isnaldo Bulhões. Estar precisando de obra
de engenharia para modernizar o vão e entrar no Século XXI.
RIACHO CAMOXINGA, QUANDO MANSINHO.
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