quarta-feira, 12 de junho de 2024

 

RIACHO TEM FORÇA

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 305??



 

É conversando com um amigo perto de casa, que vamos falando do progresso das últimas décadas na região. Focamos a força dos riachos que parecem insignificantes, mas durante certo período como agora dava dor de cabeça em transeuntes. Um deles era o riacho Salgadinho que nasce na Reserva Tocaia e escorre para o rio Ipanema. Com, no máximo 2 km de extensão divide os bairros Floresta e Domingos Acácio. Despeja no poço do Juá, parte mais larga do Ipanema no seu trecho urbano. Quase inexistente no verão, valente no inverno impedindo o tráfego entre os dois bairros. Teve pequena ponte construída por Adeildo Nepomuceno e depois alargada por Isnaldo Bulhões, ambos, então, prefeitos. A ponte foi um fator de importância de desenvolvimento daquela parte da urbe.

Outro riacho, inúmeras vezes mais encorpado, é o João Gomes (tipo de beldroega) que agia do mesmo modo ao cortar a antiga rodagem Santana do Ipanema – Olho d’Água das Flores. Os mascates que transitavam por ali no tempo de inverno, juntamente com aqueles habitantes rurais, muito sofriam quando o rolo d’água do riacho cortava a estrada principal. Havia muito malabarismo de pessoas que procuravam atravessar outras pessoas e mercadorias na passagem através de cordas. Ficavam parados à margem do João Gomes, dezenas de caminhões de mascates, carros pequenos, carros de bois, cavalos, jumentos, burros e habitantes a pé. A ponte ali construída permitiu a evolução regional, porém, continua a mesma ponte que nunca foi alargada para servir ao asfalto que chegou.

O outro riacho totalmente santanense é o Camoxinga que deu origem ao nome do maior bairro da cidade e que se desdobrou em outros. O riacho vem do sítio Pinhãozeiro com nascentes em serra e escorre em rumo da cidade onde despeja no rio Ipanema também no poço do Juá, margem oposta do riacho salgadinho. O seu percurso na zona rural até parece não existir em tempo seco, porém, em épocas de chuvas o riacho se agiganta e leva tudo que encontra pela frente dentro do seu leito. Já carregou muitas pontes de madeira na sua foz. A última, feita em concreto, ainda tem o seu vão estreito apesar de ter sido alargada em gestão Isnaldo Bulhões. Estar precisando de obra de engenharia para modernizar o vão e entrar no Século XXI.

RIACHO CAMOXINGA, QUANDO MANSINHO.

 


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