terça-feira, 2 de novembro de 2010

DILMA E A BULGÁRIA

DILMA E A BULGÁRIA
(Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2010)

     Descobertas as origens da candidata e agora presidenta do Brasil, a Bulgária entrou na pauta da mídia. Bulgária, país dos Bálcãs, banhado pelo mar Negro, é de acumulados sofrimentos e rico em história. Os Bálcãs são cordilheiras que na Bulgária cortam a parte central do país de leste a oeste. Mas também há planícies e colinas fazendo contrastes e rios importantes como o imortalizado pela música clássica, Danúbio. Em tempos mais pertos, a Bulgária estava ligada e dependente da União Soviética, tendo sua economia sido abalada ao final dessa ligação. Não se pode desprezar o seu compromisso na primeira e na segunda guerra mundiais ao lado das potências derrotadas. Por longos períodos conturbados da sua trajetória, foi difícil para a Bulgária sair do atraso tradicional. Foi justamente numa dessas fases de aperto em que o pai de Dilma veio para o Brasil, constituindo nova família, progredindo e implantando em sua nova pátria o sobrenome Rousseff. A língua búlgara é a mais falada, indo a 96% naquele país, cuja religião é de maioria da Igreja Ortodoxa Búlgara. O catolicismo demonstra pouquíssimos seguidores e não chega a 2%. Atualmente a Bulgária recupera-se dos tempos duros, crescendo a mais de 4%, foi aceita pela União Europeia e possui uma capital organizada. E por falar em capital, Sófia é o seu nome, originário da Mártir Sófia, obrigada durante o império romano, a assistir a tortura e morte das filhas, sob as ordens de Adriano, o imperador.
     Sem nenhum grande destaque no mundo, a Bulgária descobriu que um dos seus descendentes, Rousseff, era candidato a presidência desse novo Brasil que impressionou o planeta no período Lula. Isso terminou em comoção e Dilma passou a ser a heroína que faltava àquele país. A mídia da Bulgária não fazia outra coisa durante semanas, a não ser acompanhar em rede nacional a trajetória da candidata Rousseff. Agora a vitória de Dilma deu alma nova àquele povo como se uma búlgara houvesse mesmo se tornado presidenta de um dos maiores países do globo. A comoção transformou-se em orgulho nacional lá do outro lado do Atlântico. Na Bulgária é festa todo dia com a vitória da filha mais ilustre. Claro que isso também é motivo de alegria para o Brasil. Reforça uma parceria na região do leste europeu que sempre foi cultural e comercialmente distante de nós.
     A primeira viagem oficial de Dilma Rousseff a Europa, deveria, em nossa opinião, ser a terra das suas raízes, da qual já recebeu convite com essa finalidade. Dilma afogar-se-ia no orgulho daquela população eufórica com um gesto de humildade e atenção, coisa que somente faria bem a ela própria no mundo político exterior. O seu carinho com a neta nascida há pouco, coincidiria com a luta atual da Bulgária pelo aumento da sua população crescida negativamente. Depois do que viu pela televisão, não temos dúvida de que a presidenta terá um relacionamento especial entre DILMA E A BULGÁRIA.




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A NOVA FASE DO BRASIL

NOVA FASE DO BRASIL
(Clerisvaldo B. Chagas, 2 de novembro de 2010)
     O Brasil vai aos poucos caindo na rotina, após as eleições que movimentaram o país. Muitas coisas perderam o brilho com notícias de eleições roubando as cenas, como o esporte lá fora, por exemplo. É que durante a campanha as dúvidas de eleitor iam-se acumulando nesse emaranhado de informações que mais parecia uma guerra ideológica. A preocupação maior com os erros dos candidatos por parte dos protagonistas levou muita gente a pensar. Pessoas esclarecidas começaram a perceber que o modo de governar de um era completamente diferente do outro. Depois de percepção, teve início o receio de que o candidato “A” ou “B” não seria bom para o Brasil. Quem viveu a época da inflação, da ditadura militar, das ordens do FMI, da entrega das nossas riquezas ao estrangeiro, foi sentindo que não seria seguro votar em Serra. Com um governo aprovado por mais de 80% do povo brasileiro, seria preferível a continuidade segura à aventura dúbia da oposição. Quando os intelectuais pensaram num governo de Brasil para o Brasil, os pobres lembraram os pratos de feijão puro de um passado recente. Unidos na lógica do ditado popular que diz que "é melhor um pássaro na mão que dois voando", intelectuais e pobres preferiram uma união intuitiva de segurança na sobrevivência. A lógica funcionou bem: Se o governo Lula é bom e, se Rousseff é da confiança de Lula, vamos continuar Lula com cara nova, podem ter pensado assim os eleitores. Mas como o resultado é que interessa, está aí a primeira presidenta do Brasil. Como seguidora do programa Lula, o mundo inteiro dá a impressão que aprovou a escolha. O que se espera agora é um novo estilo de governar que estava sendo conhecido apenas internamente nas reuniões de ministros. Mais cobradora e mais exigente, o estilo poderá favorecer o povo diante do rigor da presidenta em favor da limpeza pública.
     Muito interessante foi a entrevista da presidenta eleita, quando confirma com solidez todas as promessas de campanha. É importante saber que as nossas riquezas continuarão sendo nossas, e um esforço para erradicar a miséria também foi carimbado. Ninguém vai pedir que um filho seja igual ao outro que não vai conseguir. Cada um tem seu estilo próprio que até faz parte da marca registrada. Dilma não tem o carisma de Lula, todavia, se usar a severidade em favor das classes menos favorecidas, poderá cobrir essa deficiência orgânica. O mundo também aguarda o estilo da presidenta no seu relacionamento externo. Pelo menos a entrevista de Rousseff agradou bastante. A prática irá delinear a figura tanto para dentro quanto para fora do país. Para que tanta pressa agora? É apenas aguardar A NOVA FASE DO BRASIL.


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