segunda-feira, 17 de outubro de 2011

BRASIL X ÁFRICA

BRASIL X ÁFRICA
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de outubro de 2011

A presença do Brasil na Europa foi muito importante na procura desse país por seu espaço global. A impressão que se tem é que a estratégia usada pelo Brasil é chegar ao centro das decisões através da periferia que cinge as chamadas capitais do mundo. Entretanto, esses lugares visitados são como amigos de alguém importante que podem apresentar a ele, mais tarde. Além da parceria Brasil-Portugal que nos introduz na Europa pelo leste, nosso país parece querer se introduzir também por outra frente, isto é, pela Bélgica, Bulgária e Turquia (metade Europa, metade Ásia). O plano para o exterior é como arregimentar riachos para chegar forte ao rio principal.  O Brasil sonha em ser protagonista geral, sabe, porém, da ciumeira daquele que sempre quis dominar o planeta sozinho.  Está certa a política exterior brasileira em não querer bater de frente (chavão muito usado por aqui) com os Estados Unidos. Seu espaço está sendo consolidado pela nova diplomacia, tanto usando a estratégia sul-norte quanto a sul-sul.
            A visita que a presidenta Dilma faz a África é mais importante ainda do que a recente viagem que fez a Europa. Um imenso continente com inúmeros países pequeninos e grandes, pode ser um leque de riachos para o rio principal. A África não é somente fome, guerras e AIDS. Cada vez mais o continente se organiza, liderado pelos países que apresentam perfis modernos, seguindo de perto os emergentes que são destaques como Brasil, Índia e China. Angola, Moçambique, África do Sul, lideram boa parte do continente e vão formando seus blocos para o desenvolvimento em conjunto.  A Índia sempre marcou presença em certas regiões africanas. O Brasil foi estreitando seus laços com o “Berço da Humanidade”, desde o presidente Lula. Assim foi ficando popular e presente nesse espaço relegado a terceiro plano por importantes países que ali exploraram as riquezas locais.
            Investimentos brasileiros ajuda humanitária e parcerias com a África, vão marcando a presença do Brasil, fortalecendo-o em direção ao lugar que tanto procura. Em todos os campos existem oportunidades de negócios, coisa que o Brasil não ignora. A visita da presidenta Dilma ao “Continente Negro”, estar sendo bem planejada. Do observatório vamos tentando entender a feijoada baiana, isto é, o estreitamento dos laços BRASIL X ÁFRICA.








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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

QUEM AMA CUIDA

QUEM AMA CUIDA
                 Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2011

 (Agradecemos os leitores que nos acessaram no último mês, além do Brasil, pela ordem decrescente: Alemanha, Estados Unidos, Rússia, Portugal, França, Ucrânia, China, Reino Unido e Letônia).
 Como houve uma grande devastação na economia alagoana, em certo tempo passado, tal bomba atômica de desmandos administrativos que saiu arrasando tudo, é de se pensar. Não vivemos para moer o passado, é verdade, vamos tentando equilibrar a vida no presente, visando o futuro. A vida é tocar para adiante, mas fica em cada um dos cidadãos alagoanos, a frustração da impunidade dos que permitiram ou engendraram o vendaval que arrasou a Agricultura, tangeu fábricas, quebrou o banco, isentou impostos vultosos, elevou o índice de violência, da mortalidade infantil, da dívida estadual que ficou impagável e do caos que tomou conta da “Terra dos Marechais”. Ninguém foi apontado, ninguém pagou por isso... E o cidadão de um território tão decantado pelas suas belezas da Natura e seus vultos históricos, baixou a cabeça envergonhada da sua terra. Alguns culpados já morreram. E se não conseguiram levar para o céu ou para o inferno boa parte do suor do povo alagoano, devem ter deixados os filhotes podres de ricos. Outros devem andar por aí gastando ainda o arrecadado dos seus bons tempos.
          Segundo anúncio de propaganda estadual, Alagoas vai aos poucos recuperando o que perdeu, somando isso mais aquilo. Entretanto, mesmo que haja austeridade, precisaremos de vários governos austeros, comprometidos com o desenvolvimento geral do estado. Mais de uma década perdida não se recupera apenas em quatro anos de excelente administração. Muita coisa tem ainda para ser feita em Alagoas para poder apagar a mancha horrível que entranhou na dignidade dos mais antigos.
          Agora, no social, é a violência que predomina e surge como problema de frente que tira uma das coisas mais sagradas para o mundo moderno que é a paz. Ao receber o título de campeão da violência, volta-se ao passado também dos tempos dos crimes de pistolagem. Por que temos que apresentar as demais unidades títulos que enojam e nos deixam distantes da civilização? No plano físico, faz vergonha um estado que luta para trazer turistas de todos os lugares, principalmente europeus, melhorando aeroporto, implantando hotéis, mas apresentando mais de vinte praias impróprias para o banho.  
          O que caracteriza uma capital litorânea são as suas praias, pois, fora a  parte administrativa, no interior também tem. A cena de crianças limpando as praias de Maceió, longe de conscientização! É uma vergonha que as autoridades não façam a sua parte e crianças entrem nos lugares dos trabalhadores braçais. Além disso, água imunda bota todo mundo para correr. É preferível curtir os dias de feriados e fins de semana em sítios e chácaras do interior. Ô Maceió, estou aqui para dizer dos seus encantos, mas o que fizeram com você? Alagoas, QUEM AMA CUIDA.

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