sexta-feira, 20 de abril de 2012

POR TRÁS DESSAS CORTINAS

POR TRÁS DESSAS CORTINAS
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2012.

               Muitas coisas são apontadas como as mais vergonhosas do mundo. Em nossa modéstia opinião, ocupa os primeiros postos, o magistrado corrupto, parcial, safado, infame que ao invés de defender a sociedade defende apenas o seu próprio bolso. Pode ocupar um alto cargo numa cidadezinha ou numa grande metrópole, possuir o inimaginável como bem terreno e sair na mídia todos os dias, mas não passa de uma figura da escória, um escarro tuberculoso desenvolvido nesse planeta. Certa vez, conversando com um advogado numa mesa de bar, ele dizia que entre dez juízes do estado tal, oito gostavam de dinheiro. Isso foi há aproximadamente vinte anos, nas mesas do “Biu’s Bar e Restaurante”, casa de conceito da época em Santana do Ipanema. Eu tinha certa inocência ainda sobre esse tipo de coisa da Justiça, quando o causídico declinou alguns nomes, que me deixaram arrepiado. Onde estava metido o povo brasileiro, pensava eu ao sair dali bastante apreensivo. O tempo passou. Depois teve início uma série de escândalos que foram envolvendo essa gente, outrora segura por trás da caneta, da muralha, do colarinho branco. Um juiz denunciado e na cadeia. Um acontecimento extraordinário, pois ninguém tinha visto isso nesse país. Depois mais um e mais outro, até atingir a denúncia atual do Ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa em cima do colega e ex-presidente da Corte Cezar Peluso.
          Muitas coisas sobre juízes, o povo sabe, mas a muralha não deixa falar.  Os políticos bem conhecem os corruptos da Justiça, pois são parceiros muitas vezes nas suas falcatruas. Entretanto, temos agora uma acusação séria e direta feita por pessoa do mesmo nível de magistratura. Joaquim Barbosa, em matéria do site “a Folha” chama Peluso de “brega”, “Caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno” em entrevista à jornalista Carolina Brígido do jornal “O Globo”. Segue mais algumas acusações na matéria, feita pelo ministro Joaquim.
          Vamos chegando para o ponto em que se dizia que tudo que estivesse encoberto seria exposto. E quando o povo não sabe dos bastidores ou quando tem medo de falar o que sabe, Deus dá um jeito, como deu agora jogando um gigante contra o outro para que as vísceras da safadeza sejam apresentadas. Esse país ainda vai passar por várias transformações morais para ostentar o título de Brasil sério.  Muitos abalos nos infelizes judas da sociedade brasileira ainda vão acontecer. Adiante os vivos irão assistir inúmeros outros espetáculos que estão POR TRÁS DESSAS CORTINAS.








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quinta-feira, 19 de abril de 2012

TRÂNSITO NA MADRUGADA

TRÂNSITO NA MADRUGADA
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de abril de 2012.

          Após a reunião de negócios, aqui em Maceió, o engenheiro vai contando três passagens com ele na Avenida Fernandes Lima.
          “Eu dirigia com o carro da firma, quando de repente um motoqueiro arranhou a lateral do meu carro e estendeu-se lá na frente. Parei com toda calma possível e perguntei se o rapaz estava bem. Ele se levantou me chamando de filha da puta, várias vezes. Juntou gente”.
          E o senhor, seu Udézio?
          “Eu perguntava a ele de quem era a culpa. Se havia arranhões na lateral do carro, como eu poderia tê-lo atropelado? Ele não quis ouvir e descontava seu fracasso chamando palavrão. Eu disse que se me chamasse filha da puta de novo, eu bateria nele. Ele repetiu. Sentei-lhe a mão no pé da ‘urêia’ que ele caiu bolando. Levantou-se, pegou a moto e desapareceu a toda”.
           O senhor Udézio prossegue.
           “Outra vez, madrugada, eu me dirigia a Ceasa, levando uma senhora, de carona. Um carro a minha frente começou a fazer graça. Atravessava na frente, ficava de lado, repetias as posições, fazendo patim. Perdi a paciência, baixei o vidro, dei o dedo e foi a minha vez de xingar. Quem estava dentro começou a atirar em mim. Adiante (foi minha sorte) a polícia estava parada e começou a perseguir e trocar tiros com os caras. Entrei por uma lateral e voltei para casa. As pernas tremiam e o meu carro estava todo urinado da mulher/ carona”.
          E ainda houve outra, seu Udézio?
          “A terceira, também na Fernandes Lima. Essa não foi comigo, mas eu presenciei a cena. Todos parados no sinal, um carro buzinava nervosamente. Insistia. Era o único que buzinava, chamando a atenção de todos. De repente, um homem saiu do veículo mais adiantado com um revólver a mão e caminhou calmamente até o sujeito da buzina. Bateu no vidro, mandando baixar. O sujeito baixou. O do revólver disse: ‘o senhor está pensando que o meu carro é nave espacial? Não viu o sinal vermelho? Quer que eu cause uma tragédia no trânsito? O senhor está de sorte porque hoje estou de bom humor. Vou voltar para o meu carro, buzine novamente!’ O motorista foi gozado por todos que estavam por perto que gritavam: ‘Aí valentão! E agora valentão!’ O sinal abriu, os carros partiram, mas o motorista da buzina ficou paralisado pelo choque e pelo medo. Foi preciso várias pessoas tirá-lo de dentro do veículo, pois estava duro e tremendo sem parar. O homem havia feito suas necessidades ali mesmo dentro do carro. Soubemos depois, que o automóvel do homem do revólver, estava lotado de bandidos que vinham de um assalto com êxito. Daí o bom humor do chefe. Mas a Avenida Fernandes Lima já me ensinou muita coisa no trânsito, entre elas, cautela e paciência”, encerrou o engenheiro.
          E nós fomos colhendo mais informações do TRÂNSITO NA MADRUGADA.





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