sexta-feira, 11 de maio de 2012

O FUTEBOL E A VIDA


O FUTEBOL E A VIDA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de maio de 2012.



Vascaíno de infância e sem fanatismo, vou me divertindo com os jogos da Libertadores. Todos os times do país têm a minha torcida quando jogam com um clube de fora do Brasil, inclusive o Flamengo, que procedo como se fosse com o Vasco. Muitos times brasileiros me são simpáticos desde a juventude como é o caso do Botafogo, Fluminense, Santos e outros mais modestos. Mas como gostaria de ter assistido o velho Santos de Pelé, ontem à noite. Não somente por causa do placar elástico, imposto pelo time do “peixe”, mas para encher os olhos com as jogadas de Neymar e pela arrogância do técnico adversário. Jogar na altitude, para quem não é do lugar, é como se fosse uma aberração para qualquer time do mundo, entretanto, acho correto o direito de jogos oficiais nessas regiões, pois é o mesmo direito que possuem os que moram em altitude baixas e negativas. Quando o Santos foi jogar em La Paz, uma das capitais mais altas do planeta, recebeu o desprezo e a inveja do técnico daquela agremiação adversária que dizia até que nem conhecia Neymar, na forma sarcástica de dizer.
            Interessante como certas pessoas dizem coisas que não deveriam ser ditas, principalmente no lugar errado, na hora enviesada. Esperasse o jogo da segunda partida e uma vitória em cima do Santos, aí sim, o filósofo da Bolívia até poderia ter escondido os sentimentos retrógrados e bestas traduzidos em palavras. Além do técnico, a pancadaria dos Andes que se viu em campo contra os jogadores brasileiros, mostram o não crescimento mental esportivo daquela região. Eles esqueceram completamente que a segunda partida seria no Brasil e poderiam sofrer represália. Nada disso adiantou, porém, a não ser jogar objetos em nossos jogadores, numa atitude arcaica, desrespeitosa e violenta. O técnico brasileiro, após o jogo, estava indignado assim como os nossos jogadores santistas que perderam a partida. Mas como foi dito, essa não era a despedida que poderia ter ficado por isso mesmo. O ditado que fala sobre o riso por último acompanhou o Santos, bem como o que diz sobre um dia atrás do outro e uma noite no meio, nada melhor.
          O presente dado pelo Santos ao técnico da Bolívia e aos seus seguidores, foi impressionante com seus 8 x 0 com direito a espetáculo Ganso/Neymar. Talvez agora o técnico boliviano fique conhecendo quem é Neymar, apare a língua e peça perdão a Deus... Ou ao diabo, por ter falado demais. Duas coisas caminham em paralelo: O FUTEBOL E A VIDA.











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quinta-feira, 10 de maio de 2012

OS DOZE MAIS DE LAMPIÃO


OS DOZE MAIS DE LAMPIÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de maio de 2010.

Corisco, tendo nascido em Alagoas, município serrano e fronteiriço de Água Branca com Pernambuco, gostava de frequentar o estado, após entrar no bando de Lampião. É certo que os primeiros passos profissionais de Virgolino foram nas Alagoas, também naquela área sertaneja. Mas nos tempos das grandes perseguições a partir de 1934, as andanças do chefão pelo nosso território, parecia ser obra do conhecimento de Corisco. Vimos com clareza que de 1935 em diante, o subgrupo de Corisco gostava da permanência das serras de Água Branca e Mata Grande, enquanto o subgrupo de Moreno que ascendeu à chefia após a morte de Virgínio (vulgo Moderno), dava preferência ao raso de caatinga que se espraia aos pés das montanhas acima. A volante do perverso tenente Porfírio, sediada em Santana do Ipanema, foi uma das, senão a principal, que espancou os catingueiros, fazendo com que Alagoas produzisse mais cangaceiros a partir daquelas sevícias. Assim é que entraram no bando de Lampião, principalmente pelo subgrupo de Virgínio e depois pelo de Moreno, pessoas novatas que engrossaram o bando. Do Alto Sertão de Alagoas  saíram para o cangaço os irmãos Cícero Garricha (Catingueira II) e João Garrincha, tios de Caixa de Fósforos. Sebastiana acompanhou o viúvo Moita Braba, Quitéria acompanhou Pedra Roxa. Eleonora acompanhou Serra Branca. Moça acompanhou Cirilo de Ingrácia. Marina acompanhou João Vital e, Zé Veio (Pontaria) também ingressou nas hostes do cangaço.
No geral, temos o “concurso” de títulos do cangaço lampionesco, baseado em inúmeras pesquisas:

Cangaceiro mais bonito: Juriti;
Cangaceiro mais másculo: Luiz Pedro;
Cangaceiro mais valente: Meia-noite (alagoano do Olho d’Água do Casado);
Cangaceiro mais medroso: Mané Moreno (não confundir com Moreno);
Cangaceiro mais rico: Luiz Pedro (novamente);
Cangaceiro mais vaidoso: Canário (tinha I e II);
Cangaceiro cantor voz mais bonita: Gitirana;
Cangaceiro mais estrategista: Lampião;
Cangaceiros mais perversos: Corisco, Gato e Zé Baiano;
Cangaceiro mais mulherengo: Balão;
Cangaceiras mais bonitas: Cila e Durvalina;
Cangaceira mais mal feita: (ficamos devendo).

Quem sabe, poderemos voltar depois com detalhes de OS DEZ MAIS DE LAMPIÃO.







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