XÔ
AZAR!
Clerisvaldo B.
Chagas, 22 de maio de 2012.
Mais uma vez a natureza
vai pregando peça no ser humano. O recente terremoto que abalou a Itália, se
não foi dos maiores, mas também não foi tão mimoso assim, atingindo os seis
pontos da escala Richter. Dizem que morreram sete pessoas e ficaram milhares
desabrigados. A Itália, assim como outras regiões que sofrem periodicamente o
fenômeno, não está preparada para tal. Aliás, ninguém está totalmente preparado
contra as grandes fúrias naturais: terremotos, maremotos, furacões, tempestades
de areia, secas, enchentes, nevascas... O medo está sempre em primeiro lugar,
muitas vezes traumatizando as criaturas. Apesar de vulcões e terremotos serem
coisas comuns na Itália, a multidão pareceu enlouquecida, mais uma vez,
tentando escapar dos prédios em que estava abrigada na hora. Ninguém quer
morrer soterrado e, a rua livre, ainda representa uma esperança, mesmo remota,
debaixo do pânico. Foram apenas vinte segundos de tremor forte, mas vinte
segundos para um terremoto significa uma eternidade diante do perigo. Região
densamente povoada o nordeste italiano está situado em região não confiável,
pois lá em baixo existe o limite entre duas placas tectônicas.
As placas tectônicas vêm sendo estudadas
desde 1912 pelo geógrafo alemão Alfred Wegener, estudos esses aperfeiçoados
pelos geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz. Segundo esses grandes
pesquisadores, nós vivemos em cima de blocos sólidos que parecem com peças de
um quebra-cabeça. Essas peças de quebra-cabeça ou blocos são chamadas de
“placas tectônicas”. Essas placas, seis grandes e outras pequenas, estão
flutuando sobre uma lama muito quente. Os países estão assentados sobre essas
placas. Acontece que o perigo é quando essas placas que estão sempre se balançando
sobre a lama (magma), se afastam uma das outras, resvalam, batem entre si,
provocando erupções vulcânicas, maremotos e terremotos. O perigo maior está
sempre no país situado todo ou em parte entre uma placa e outra que é o lugar
onde acontece a briga das placas. Uma região ou país situado em cima de um
limite de duas placas sofre uma ameaça eterna. Graças a esses e outros
cientistas maravilhosos, ficamos sabendo cada vez mais sobre os fenômenos da
Natureza, porém, o duro mesmo é como se proteger dessas ameaças.
O Brasil não está situado no limite de nenhum
desses blocos, está no centro. Mas às vezes o impacto acontecido em outro
território, ainda penetra em solo brasileiro. Enquanto isso a Itália vai sendo
atingida pelos terremotos imoral de Berlusconi, pelo terremoto da crise
econômica e pelo terremoto das placas Tectônicas. XÔ AZAR!
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