quinta-feira, 7 de março de 2013

O ESTILO DO NEGRÃO



O ESTILO DO NEGRÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de março de 2013.
Crônica Nº 978

Ao vermos tanta arrogância no mundo, desde o chefe pequenino ao chefão, chega à lembrança certa piada chula contada por aquela famosa roda de amigos. O pretão carregador de sacos de dois metros de altura estava aprendendo a ler e escrever; por isso mesmo gostava de andar sempre com lápis e caderneta no bolso, para provar a si mesmo que já estava adiantado. Aos sábados, o pretão não gostava de perder sessão no cinema da cidade. Certa noite, bem sentado, fumando cigarro mata-barata, o carregador assistia ao filme do cartaz. Quando chegou a melhor parte, para ele, um senhor bem trajado bateu-lhe de leve no ombro e entregou-lhe um bilhete. O preto abriu o papel e leu com certa facilidade: “O seu cigarro estar incomodando o presidente que se acha no recinto. Pare de fumar. Dr. Getúlio Vargas”. Minutos depois, o mesmo guarda-costas entregava outro bilhete, mas como resposta do carregador de sacos para Getúlio: “Vá tomar no c... . Assina, Zé Negão”.
Em repartição pública adora-se o mando. A sede de ditar às normas cabe em muita gente que entra na casa da felicidade com botas do bico fino – aquelas especializadas em causar danos à região glútea. Mas não é somente na rede estatal que a arrogância impera. A vida vai descortinando os defeitos e as virtudes do ser humano para longo cabedal de experiência a quem vive muito. E assim o idoso vai comparando, marcando e conferindo como ainda estamos longe da perfeição. Na maioria das vezes a bota imbecil se fura, desgasta-se, rompe-se e os reveses do tempo chegam pelos pés, outrora incansáveis na prospecção do mal.
Como a providência divina não falha, os que sofreram perseguições gratuitas vão contemplando e até lamentando o resultado dos arrogantes, dos perseguidores, dos injustos na prestação de contas com o destino. Os exemplos vão se amontoando e os dedos não param de contar. Mas que naquelas horas de apertos, de humilhações e dor, todos, raramente não todos, gostariam de usar o lápis pornográfico, a tranquilidade e O ESTILO DO NEGRÃO.


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NEGROS NO POÇO DAS TRINCHEIRAS



NEGROS NO POÇO DAS TRINCHEIRAS
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de março de 2013
Crônica Nº 977

O nosso livro “Negros em Santana”, recentemente lançado na comemoração aos 60 anos do Tênis Clube Santanense, está fazendo grande sucesso também no município de Poço das Trincheiras. A cidade do Poço é banhada pelo rio Ipanema, em Alagoas, assim como Santana do Ipanema e Batalha, na bacia leiteira estadual. Acontece que o Poço já pertenceu a Santana e quase toda a história dos personagens e localidades estão no seu atual território como os povoados Tapera do Jorge e Alto do Tamanduá. Segundo inúmeras pessoas das Trincheiras, o livro causou frenesi naquela simpática cidade, notadamente na Câmara de Vereadores onde foi fartamente comentado pelos edis. Estamos recebendo convites populares para um lançamento de “Negros em Santana” também na cidade filha da “Rainha do Sertão”. Poço das Trincheiras é terra do escritor Tobias Medeiros e foi muito visitado pelo outro escritor Tadeu Rocha, um dos primeiros do Sertão.
Estamos nos entendendo com o prefeito Gildo Rodrigues, para que o livro “Negros em Santana” seja lançado em grande estilo, reconhecendo assim os esforços que têm sido feito pelo município em favor dos seus povoados, seus sítios rurais e sua história. Na ocasião, apresentaremos também outros livros que interessam de perto à população pocense, como “Ipanema um rio macho” e “Lampião em Alagoas”, livro este com citações sobre o Poço, São José da Tapera, Delmiro, Inhapi, Canapi, Mata Grande, Água Branca, Batalha, Piranhas, Jirau do Ponciano, Maravilha, Ouro Branco e Pariconha.
O município do Poço − terra de grandes políticos e fazendeiros – é a porta de entrada do rio intermitente Ipanema em nosso estado. Em breve teremos a grata satisfação de estarmos com os NEGROS EM POÇO DAS TRINCHEIRAS.


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