quinta-feira, 11 de abril de 2013

LUTA BRASIL!



LUTA BRASIL!
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abri de 2013
Crônica Nº 997

Nunca havíamos visto relâmpagos em Maceió. Lá para os lados de Pernambuco, entretanto, o céu se iluminava constantemente por mais de uma hora. Caso fosse nas bacias dos rios que vêm daquele estado cortando a Mata alagoana, não estava descartada a possibilidade de mais uma tragédia das cheias na região. Como os jornais do dia seguinte, nada comentaram tudo corre em paz nos lugares sujeitos. Entretanto, para uma paz completa seria necessário que as famílias já estivessem morando devidamente legalizadas nas casas construídas pelo governo. É comum nas regiões de cana-de-açúcar o domínio absoluto de terras do latifundiário, quando os canaviais chegam até às margens das rodovias, não deixando espaço algum para pequenos proprietários. Sem terra alguma ou espremido em lugares vis o pobre da Zona da Mata fica exposto permanentemente às cheias violentas e ao trânsito não menos violento. Nos terrenos melhores os pés de cana vão gozando dos privilégios que ao ser humano é negado. Gente não dar lucro, não produz açúcar, nem álcool, nem bagaço. Deve pensar assim o grande proprietário que se pudesse plantaria até no “pretume” das rodovias.

Quem anda prestando atenção pela Mata, independente da paisagem verdejante dos canaviais, lembra o poema “Morte e Vida Severina”, que nos parece ainda atualizado. Vem à cabeça também o questionamento de outros países quanto ao domínio da Espanha e Portugal com a antiga divisão do Novo Mundo. Será que ambos os países herdaram o testamento de Adão? Perguntavam os outros. Ser proprietário de um mundo inteiro de terras tira o direito do pobre em possuí-la também? Desde os anos 60 que os gritos isolados pelo chão cultivável foram engrossando as fileiras das bocas. Os desfiles costumeiros de trabalhadores, as ocupações de logradouros públicos e de prédios governamentais afirmam claramente que essa questão ainda não foi resolvida. Mesmo já acostumados com ela, não deixa a reforma agrária de ser coisa sensível e perigosa se não for tratada do jeito que merece.
Enquanto isso a pobreza em torno dos canaviais vai enfrentando os problemas da natureza e a morosidade dos dirigentes dos estados. Um manancial de teses para quem quiser. LUTA BRASIL!

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

HIPÓCRATES E AS PULGAS DE CÓS



HIPÓCRATES E AS PULGAS DE CÓS
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2013
Crônica Nº 996

HIPÓCRATES. Imagem: (Wikipédia)
     O juramento de Hipócrates é bastante conhecido. Trata-se de uma homenagem ao intitulado “Pai da Medicina”, Hipócrates de Cós, que nasceu em 460 a.C., e faleceu em 370 a.C., com seus 90 anos. Hipócrates é considerado um grande e encontra-se na faixa de Sócrates e Aristóteles, em importância. Veio de uma família tradicionalmente dedicada aos cuidados em saúde. Originário da ilha grega de Cós, Hipócrates continua prestigiado no século XXI. Como outros personagens do passado, vários aspectos da vida de Hipócrates são repassados sem segurança. Muitos acham que ele viajou pela Grécia e até mesmo que esteve no Oriente Próximo. Hipócrates foi líder da chamada “Escola de Cós” e através de seus estudos de medicina concreta, ia desalojando as superstições e magias que proliferavam naquela época, isto é, levava o conhecimento para o lado científico. Seus vários estudos e teorias incentivaram a muitos outros pesquisadores sempre com lucros reais para a verdadeira medicina.
     Dizem que pelas obras hipocráticas há uma série de descrições clínicas pelas quais se pode diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia e tuberculose. Escreveu sobre anatomia e dissecação. Muitos até hoje foram influenciados pela sua sabedoria através de um conjunto de obras a ele atribuídas. Setenta escritos reconhecidos são atribuídos ao Corpus hippocraticum, ou seja, Coleção hipocrática. São considerados os mais importantes: Aforismo, da Medicina Antiga, Da Doença Sagrada, Epidemias, da Cirurgia, Das Fraturas, Das Articulações, Dos Instrumentos de Redução, Dos Ferimentos na Cabeça, Prognósticos, Dos Ares, Águas e Lugares, Do Regime nas Doenças Agudas, Das Úlceras, Das Fístulas, Das Hemorroidas, Juramento e Lei.
     Seria tão bom que os nossos dirigentes estaduais fossem ótimos administradores, dedicados a minorar o sofrimento do povo ao invés de escravizá-lo cada vez mais. Todavia nesse jogo de poder, ódio e rancor até parece que os bons exemplos de verdadeiros homens ficam apenas no passado. Hipócrates era da ilha de Cós e muitos dos nossos dirigentes apenas não passam de PULGAS DE CÓS.








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