quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ó PRAGA!



Ó PRAGA!
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de abril de 2013.
Crônica Nº 998


Menino Jesus de Praga (Wikipédia)
Praga é a maior cidade da República Checa e sua capital. Mesmo sem fama no Brasil como outras capitais Paris, Londres, Roma, oferece à cultura mundial uma contribuição fantástica. Possui extenso patrimônio arquitetônico e uma rica vida cultural. É o principal centro industrial e econômico da República. Sua indústria conta com produção de químicos, metalomecânica, artigos elétricos, alimentar, têxtil, produtos de pele, farmacêuticos, bebidas alcoólicas e objetos de vidro. A indústria cinematográfica também merece destaque. Nomes de escritores e compositores de fama estão ligados à capital como Franz Kafka, por exemplo. Praga é o centro editorial do país e possui diversas instituições de Ensino superior, escolas de economia, artes, música, cinema e dança. É grande o número de bibliotecas, teatros e museus com destaque para o Museu Nacional. Praga também é conhecida como “a Cidade das Cem Cúpulas” e considerada um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa. Acha-se localizada entre colinas, cortada por um rio e cheia de belas pontes.
“Numerosos monumentos integram a paisagem urbana da capital, composta de lindas ruelas de traçado irregular que contrastam com os novos bairros residenciais, de arquitetura moderna. As partes históricas da cidade são preservadas como monumentos nacionais.
No bairro Malá Strana está uma das duas igrejas barrocas de São Nicolau, a igreja do Menino Jesus de Praga, a igreja do Loreto (do século XVIII) e numerosos palácios da aristocracia tcheca, do século XVII, em estilo barroco
Na Staré Město (a Cidade Velha), há inúmeros monumentos e relíquias da história checa. Destacam-se a igreja Týnský, em estilo gótico, construída no século XIV, na qual se acha o túmulo do astrônomo Tycho Brahe; o bairro Josefstadt, com o gueto e o cemitério judaicos, do século XII, e a sinagoga. Encontra-se ali o relógio Astronômico Orloj e a parede Lennon”.
As belezas da capital Checa contrastam com a forma e os escândalos políticos dos cofres patrimônios do povo do Brasil. Enquanto na Europa Praga é a capital da beleza, pragas por aqui são ações vigorosas e incansáveis dos cinco dedos regentes da coisa pública. Ó PRAGA!



















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LUTA BRASIL!



LUTA BRASIL!
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abri de 2013
Crônica Nº 997

Nunca havíamos visto relâmpagos em Maceió. Lá para os lados de Pernambuco, entretanto, o céu se iluminava constantemente por mais de uma hora. Caso fosse nas bacias dos rios que vêm daquele estado cortando a Mata alagoana, não estava descartada a possibilidade de mais uma tragédia das cheias na região. Como os jornais do dia seguinte, nada comentaram tudo corre em paz nos lugares sujeitos. Entretanto, para uma paz completa seria necessário que as famílias já estivessem morando devidamente legalizadas nas casas construídas pelo governo. É comum nas regiões de cana-de-açúcar o domínio absoluto de terras do latifundiário, quando os canaviais chegam até às margens das rodovias, não deixando espaço algum para pequenos proprietários. Sem terra alguma ou espremido em lugares vis o pobre da Zona da Mata fica exposto permanentemente às cheias violentas e ao trânsito não menos violento. Nos terrenos melhores os pés de cana vão gozando dos privilégios que ao ser humano é negado. Gente não dar lucro, não produz açúcar, nem álcool, nem bagaço. Deve pensar assim o grande proprietário que se pudesse plantaria até no “pretume” das rodovias.

Quem anda prestando atenção pela Mata, independente da paisagem verdejante dos canaviais, lembra o poema “Morte e Vida Severina”, que nos parece ainda atualizado. Vem à cabeça também o questionamento de outros países quanto ao domínio da Espanha e Portugal com a antiga divisão do Novo Mundo. Será que ambos os países herdaram o testamento de Adão? Perguntavam os outros. Ser proprietário de um mundo inteiro de terras tira o direito do pobre em possuí-la também? Desde os anos 60 que os gritos isolados pelo chão cultivável foram engrossando as fileiras das bocas. Os desfiles costumeiros de trabalhadores, as ocupações de logradouros públicos e de prédios governamentais afirmam claramente que essa questão ainda não foi resolvida. Mesmo já acostumados com ela, não deixa a reforma agrária de ser coisa sensível e perigosa se não for tratada do jeito que merece.
Enquanto isso a pobreza em torno dos canaviais vai enfrentando os problemas da natureza e a morosidade dos dirigentes dos estados. Um manancial de teses para quem quiser. LUTA BRASIL!

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