terça-feira, 6 de agosto de 2013

AGRIPA VITORIOSA EM REUNIÃO



AGRIPA VITORIOSA EM REUNIÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1063

Passagem molhada no rio Ipanema, 1983.
No cair da tarde de ontem (6) a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA – órgão ainda não oficial, obteve calorosa e importantíssima vitória na reunião do auditório do INSS. Ainda enrijecendo seus primeiros passos, os Guardiões atraíram como reforços para os combates que virão importantes personagens que ocupam cargos relevantes e que poderão fazer a diferença entre o fracasso e o êxito da empreitada. Numa reunião vigorosa com o mínimo de protocolo, todos se sentiram à vontade para uma sessão de depoimentos emocionantes, afirmação de amor ao rio e compromisso até o fim do resgate desse afluente bi estadual do rio São Francisco.
Prestigiando a AGRIPA estava presente o prefeito, professor Mário Silva que por duas vezes, no início e final da reunião, firmou sério compromisso de apoio aos Guardiões. Sua afirmação foi o ponto alto de vitória para os organizadores, ocasião em que o prefeito foi bastante aplaudido pelo seu pronunciamento. Estava à mesa também o presidente da Câmara Municipal Tácio Chagas Duarte, vereador José Vaz, que, agindo igual ao prefeito, participou com alegria do encontro e prometeu apoio daquela casa ao que se propõem os defensores do rio intermitente Ipanema e seus afluentes urbanos como o Salgadinho, Salobinho, Bode e Camoxinga.
Outras pessoas ilustres abrilhantavam o evento como o advogado Cícero Angelim, representante da OAB em Santana; Selma Campo, à frente da Agência local do INSS; Manoel Messias, secretário do meio ambiente; Fernando Valões, diretor de cultura; professora Vilma, ex-diretora da Escola Estadual Profª Helena Braga das Chagas; historiador e escritor Marcello Fausto, diretor da mesma escola; Sérgio Campo, o pai da ideia; Ariselmo, jovem diretor de escola e entusiasta do Panema; Vaneube com o toque amigável do som e do incentivo; Cajueiro e Dona Joaninha, representantes de comunidade que vivem o surrealismo atual do “Pai de Santana”. Contamos ainda com representantes de outras cidades, como Piaçabuçu; professores Paulo César, Paulo Roberto, Lucas e Sueli Campos e ainda outras pessoas, cujos nomes não consegui anotar. O encerramento aconteceu com uma bela poesia recitada pelo poeta Ferreirinha, um dos mais animados defensores do Ipanema.
Nas próximas reuniões da AGRIPA, deverá ocorrer a organização interna como diretoria, nome definitivo, símbolo, estatuto, slogan, dia do rio Ipanema... Uma vez organizada internamente e legalizada a AGRIPA, os guardiões percorrerão todo o trecho urbano do Panema e seus afluentes de perto, em contato com as comunidades, onde deverão fazer um levantamento inteiro dos problemas que afligem a todos. Consequentemente os outros passos serão para a consciência das escolas, comunidades e povo em geral quando os Guardiões partirão para as ações definitivas e mais duras em cima dos laços que ora enforcam o rio Ipanema.
A Imprensa da terra esteve presente, através dos sites que disparam o nome de Santana para o mundo.

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O REI ABATIDO



O REI ABATIDO        
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1062

Abrimos espaço para a matéria publicada no jornal impresso Gazeta de Alagoas, pag. “D” 16, do conceituado jornalista Walmir Calheiros, em edição do dia 28 de julho de 2013, especial para a Gazeta:

O REI ABATIDO. NA FASE AGUDA DO MOVIMENTO, GOVERNADOR OSMAN LOUREIRO PÔS FIM AO CANGAÇO.

HÁ EXATOS 75 ANOS MORRIA LAMPIÃO

OBRA DE AUTORES ALAGOANOS TRAZ TODOS OS EPISÓDIOS CONHECIDOS NO ESTADO PARA TENTAR UMA HISTÓRIA HOMOGÊNEA, EM ORDEM CRONOLÓGICA.

Clerisvaldo B. Chagas.
Na fase aguda do cangaço mais famoso em Alagoas, o Estado foi administrado por 18 governantes. Entre os administradores, apenas dois se destacaram no combate ao banditismo em geral e ao cangaço de Lampião: Pedro da Costa Rego (1924/1928) e Osman Loureiro (1934/1940). Mas somente este teve a honra de colocar à cabeça o louro da vitória final contra o cangaço. Esta e outras informações constam de Lampião em Alagoas lançado este ano, em Santana do Ipanema, onde os autores nasceram, e em Palmeira dos Índios. Trata-se do 17º de autoria de Clerisvaldo B. Chagas e o segundo de seu parceiro Marcello Fausto. Ambos decidiram por esta publicação após constatar a inexistência de obra sobre o cangaço que abordasse de forma geral as ações de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, chacinado com a companheira Maria Bonita e mais nove asseclas em 28 de julho de 1938; há exatos 75 anos, em Angicos, Sergipe, pelas tropas comandadas pelo então tenente João Bezerra, da Polícia Militar de Alagoas.
Os dois escritores afirmam que com a iniciativa deles, as pessoas passam a ter conhecimento também das ações pouco divulgadas das forças volantes e quanto à movimentação de tropas em Alagoas, bem como o trajeto das cabeças dos onze cangaceiros mortos, de Angicos a Maceió, depois de cerca de um ano de pesquisas de campo e de entrevistas com vários tipos de personalidades, entre os quais, ex-cangaceiros, vítimas do cangaço, e filhos de companheiros de aventuras de Lampião.
Marcello Fausto.
De fato, Clerisvaldo e Marcello reúnem, em Lampião em Alagoas todos os episódios conhecidos no Estado para tentar uma história homogênea, em ordem cronológica. Nos primeiros capítulos do livro são destacados o assassinato a tiros do industrial e pioneiro Delmiro Gouveia e a vinda dos Ferreira (Virgolino, pais e irmãos), perseguidos em Pernambuco para Alagoas, em 1918. E passam a narrar as façanhas do futuro Lampião no território alagoano, mês a mês, ano a ano, até a tragédia de Angicos. Sobretudo, a partir de 1922, com o até hoje lembrado assalto à baronesa de Água Branca, quando ele deixou de ser “cangaceiro manso” de outros bandos que agiam no Nordeste, inclusive no Sertão de Alagoas.
Lampião continua sendo polêmico. Porém, os autores não são adoradores de cangaceiros. Pelo contrário, eles concordam com Graciliano Ramos, que escreveu em Vivente das Alagoas: Lampião era um monstro.


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