segunda-feira, 19 de agosto de 2013

LAGARTOS, TATUS E EMA



LAGARTOS, TATUS E EMA
            Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto de 2013.
     Crônica Nº 1069

Leito seco do rio Ipanema (Autor).
              
Vamos abrir alas para desfilar o poeta e músico Ferreirinha:

                                              XOTE DOS GUARDIÕES

Velho Panema
Pelos índios batizado
Limpinho, cristalizado
Sertão abaixo corria
A sua água não oferecia risco
De Pesqueira ao São Francisco
A todo povo servia

Por isso agora
O Guardião lhes convida
Para devolver à vida
Ao nosso velho Panema   (Refrão)
E ver de novo
Aquelas velhas imagens
Bebendo nas suas margens
Lagartos, tatus e ema

Muitos carreiros
De diversas regiões
Da Marcela ou dos Torrões
Água potável trazia
Matando a sede
E outras necessidades
Que muitas celebridades
Tomavam banho e bebia
Leito seco do rio Ipanema. (Autor).

(Refrão)

Não se ver mais
Aquela paisagem bela
Flor vermelha e amarela
Simbolizando essa água
E nas ramagens
Dos velhos pés de ariús
Debaixo dos mulungus
Acabou-se a água fria

(Refrão)

Os mulungus
As grandes caraibeiras
Cortadas nas ribanceiras
Quem ver não sente alegria
Os juazeiros, jenipapo e catingueiras
Viraram tudo fogueira
A margem ficou vazia

(Refrão)

Queremos ver
Nossa cidade crescendo
E o nossos rios correndo
Com paz e com harmonia
E os nossos filhos
Jogando bola, brincando
Gritando e tomando banho
Na transparência sadia.










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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PELAS RUAS DE MACEIÓ



PELAS RUAS DE MACEIÓ
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2013.
Crônica Nº1068

Parque Gonçalves Ledo, em agosto de 2013. (Autor).

Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, em agosto de 2013.  (Autor).
Navegando em cima de duas pernas, vamos inspecionando o Comércio da velha Maceió, fundada em 1609 e desmembrada da Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, em 1815. Sua elevação à condição de cidade, aconteceu em 9 de dezembro de 1839, graças ao movimento do porto de Jaraguá, por onde era exportado açúcar, tabaco e coco. O Comércio pouco mudou em relação ao nosso tempo de estudante, em seu aspecto físico. Podemos dizer que a única novidade relevante foi o calçadão que veio com a finalidade de revitalizar o Centro, após o advento de Shoppings, pelos bairros. O costume da burocracia brasileira de concentrar tudo nas capitais faz-nos peregrinar repartição por repartição para resolver simplesmente uma folha de papel, graça a arrogância de chefinhos de repartições. E vamos aproveitando para rever ruas tão faladas e prédios tão pouco conhecidos. Assim nos deparamos com a Rua do Sol, onde inúmeras vezes passamos na luta pela vida. Beco do Moeda, Rua das Árvores, Ladeira do Brito, denominações emplacadas pelo povo que ainda hoje resistem aos títulos oficias das vias.
Ali está o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde entramos pela primeira vez, como estudante, pagando apenas uma quantia simbólica. Em segunda oportunidade, conversamos muito com o escritor penedense Ernani Otacílio Méro − que muito nos incentivou a migrar para a capital − prefaciador do meu romance “Defunto Perfumado”. Pela terceira vez adentramos aquele prédio para pesquisar sobre ”Lampião em Alagoas”.
O Instituto é uma organização da sociedade civil dedicada ao estudo e à pesquisa nos diversos campos da História, da Geografia e das Ciências Sociais. É um edifício tombado pelo patrimônio estadual e fundado em 2 de dezembro de 1869. Abriga o mais representativo acervo iconográfico e documental sobre a história de Alagoas, além de conjuntos de interesse arqueológico e etnográfico, obras de arte, hemeroteca, fototeca, biblioteca e arquivo.
Mais acima um pouco, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, o Parque Gonçalves Ledo que muito me impressionava na época. Não perdeu a beleza, porém, com histórias de tarados, drogados e outras coisas mais, anda um pouco deserto pela falta de segurança nos logradouros da cidade. Vamos navegar PELAS RUAS DE MACEIÓ.





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