segunda-feira, 13 de outubro de 2014

LAMPIÃO, SUA ÚLTIMA VIAGEM E ESTRATÉGIA




LAMPIÃO, SUA ÚLTIMA VIAGEM E ESTRATÉGIA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.280

LIVRO LANÇADO EM 2012.
Tirando a banda podre do monstro Lampião, encontram-se méritos inquestionáveis nas estratégias guerrilheiras a que se dedicou. Vivia, entretanto, o bandido no perde-ganha. Suas técnicas de esconde-esconde quase sempre eram descobertas por exímios rastejadores filhos do mesmo mato e das agruras sertanejas. São várias modalidades de ataques, retiradas e demais estratagemas urdidos e amplamente divulgados.
A última estratégia de Virgolino foi também a sua última viagem, definida com a impressionante pena do padre Frederico Bezerra Maciel. Era o dia 20 de julho de 1938, quando o bandoleiro resolveu dirigir-se à fazenda Angicos, na beira do São Francisco, lado sergipano. Ali havia uma grota que serviria de esconderijo,  além de estar situada em terras de coiteiros da sua confiança. Lampião estava no lado alagoano, afastado do rio na fazenda e serra São Francisco. Caso saísse para a fazenda Angicos com fácil chegada pela frente, poderia ser visto por espiões e delatores. Procurou, então, atingir o mesmo ponto, em longo rodeio, com entrada pelos fundos.
Assim, descendo a serra São Francisco diretamente para o rio, foi cruzando as fazendas: Conceição, Bom Jardim, Bela Vista, Bardão até chegar diante do Rio da Unidade Nacional no lugar chamado Bonito, muito abaixo do povoado Entremontes, já à tardinha, onde foi bem recebido.
Ao anoitecer, entre frio intenso e chuva, Virgolino atravessa para Sergipe, direto, e aporta no lugar Capoeira Nova. Dali vai subindo, margeando e se afastando do Velho Chico passando pelas fazendas: Macaba, Bebedouro, São João, Jacaré, Cajueiro, Lajeiro, Paraíso e Logradouro. Em Logradouro é acolhido, devidamente alimentado e agasalhado pelo coiteiro da fazenda, volta à direita em direção ao rio e entra na fazenda Angicos, pelos fundos, indo a procura da grota onde chega ao amanhecer e faz seu acampamento. Quem navegasse pelo rio São Francisco, não o avistaria, pois, estava por trás de dois morros, dentro de um riacho seco, cuja curvatura impedia a visão dos curiosos. Dia 21 de julho de 1938.
Essa foi a última viagem e estratégia de Lampião.
CROQUI DO ESCRITOR FREDERICO MACIEL, ADAPTADO.
Como ninguém está em lugar seguro quando a morte o procura, Lampião desencarnou sete dias depois.
* Na próxima sexta, leia aqui sobre a estratégia das volantes.
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domingo, 12 de outubro de 2014

AGRIPA E A FESTA DO PADROEIRO



AGRIPA E A FESTA DO PADROEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.279

Sexta-feira passada a Associação Guardiões do Rio Ipanema ─ AGRIPA, esteve reunida em sua sede provisória, Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, na Rua Marechal Castelo Branco S/N, no Bairro São José.
Sob a presidência de Clerisvaldo Braga das Chagas, vários assuntos relevantes para Santana do Ipanema foram abordados, em sessão que durou uma hora e meia, isto é, das 17 às 18 horas e 30 minutos. Inclusive, as sessões ordinárias da AGRIPA ─ para melhor informação aos que acompanham esse movimento ─ acontecem sempre às sextas-feiras da segunda e última semana do mês, com início às 17 horas.
        Os guardiões estão comprometidos com o Bairro Floresta na próxima sexta (17) quando ministrarão palestra sobre resíduos sólidos e organização da AGRIPA.
Foi designada uma comissão para visitar e prestigiar a Festa de São Cristóvão que também iniciara naquela tarde. Estiveram na Igreja do Bairro Camoxinga e na festa do seu padroeiro os guardiões Ferreirinha, Ariselmo de Melo, Clerisvaldo Braga das Chagas e Manoel Messias F. Santos, também conhecido como MM o Imperador do Forró.
Na parte noturna dos festejos, após missa na matriz, estavam em evidência as atrações do parque, o leilão e inúmeras barracas que se espalham pelo quadro e ruas adjacentes. Muita gente bonita e elegante desfilava entre os atrativos e, os do AGRIPA procuravam registrar a animação dedicada ao protetor dos motoristas.
A Rua Pedro Brandão, a principal do Bairro, formava uma festa à parte ocupando a calçada baixa com mesas e cadeiras onde o divertimento à base de bebidas e churrasquinhos chamava atenção. Muitas pessoas de outras partes do estado estavam também presentes nesse lado profano, motivando verdadeiro reencontro.
O leilão, acontecido em barraca caprichosamente iluminada e decorada, fazia bonito com suas iguarias e atendimento.
Foi de fato um início radiante e feliz o evento do Padroeiro São Cristóvão.


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