quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CACULÉ



CACULÉ
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.294

Foto (condiubo2.arteblog).
Atraído por cidades nordestinas de nomes estranhos, sempre tivemos vontade de visitá-las.  Não podendo assim fazer, vamos homenagear hoje uma delas, o município baiano Caculé.
Foi com satisfação que soubemos que o cantor Anísio Silva, do qual eu era fã, primeiro brasileiro a receber disco de ouro, era baiano de Caculé.
A curiosidade mesmo era saber que diabo de nome estranho e bonito é esse. Ah, descobrimos sim. Veja o senhor, compadre, como foi interessante. Dizem que primeiro por ali havia uma fazenda pertencente à Dona Rosa Prates, chamada Jacaré. Dona Rosa teria doado terras para ser construída uma capela ao Sagrado Coração de Jesus. Após a abolição da escravatura, um ex-escravo da fazenda de nome Manoel Caculé, passou a residir no local, onde havia uma lagoa.
“Os viajantes que tomavam aquela direção, ao se cruzarem pelo caminho, perguntavam, uns aos outros, de onde vinham e aonde iam, e a resposta era sempre a mesma: lagoa do Caculé. Este nome passou assim a designar o acidente geográfico, depois o povoado e mais tarde estendeu-se a todo o município de Caculé”.
CACULÉ (Foto: Wikipédia).
Caculé surgiu por volta de 1854, conta sua história, e foi emancipado em 14 de agosto de 1919.
Para quem quer saber mais: “A economia de Caculé gira em torno de áreas distintas, o comércio de cerâmica, cofres, algodão, materiais de construção, agricultura, criação de bovinos, caprinos e suínos, além de produtos derivados da cana de açúcar. Valendo ressaltar que nos últimos anos houve um crescimento considerável nas vendas de cofres, telhas, blocos e lajotas, o que tem movimentado o comércio local e gerado emprego e renda a população”.
A festa do padroeiro, sagrado Coração de Jesus é comemorada no mês de setembro, sendo o São João uma das grandes atrações festivas.
Caculé está situada a 782 quilômetros de Salvador. O amigo, topa conhecê-la? Ah! Não esqueça de mim.




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GRIPE ESPANHOLA



GRIPE ESPANHOLA
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.293
“Em 1918 ocorreu uma grande epidemia de gripe que causou a morte de milhões de pessoas em um curto período de tempo, em diversas partes do mundo. Ela ficou conhecida como a gripe espanhola, embora não tenha se originado nesse país.
A gripe espanhola foi causada por uma variação do vírus da gripe comum ─ o influenza. Essa variação decorreu de uma combinação do vírus da gripe do porco com o vírus da gripe humana.
As pessoas infectadas pelo vírus da gripe espanhola apresentaram sintomas, como dores de cabeça, febre alta, calafrios, hemorragias intensas, urina e vômitos misturados a sangue, perturbações cardíacas, infecções nos pulmões, intestinos e meninges e complicações renais.
Além disso, em poucos dias, essas pessoas ficavam com uma coloração escura.
No Brasil, as primeiras notícias do vírus da gripe espanhola ocorreram em setembro de 1918, logo após a chegada de um navio com imigrantes vindos da Espanha. A cidade mais afetada foi o Rio de Janeiro.
Com o grande número de doentes e mortos, houve uma crise nos hospitais e nos serviços funerários. A Cruz Vermelha Brasileira teve uma grande importância no auxílio à população, improvisando vários hospitais para atender o público. Além disso, presidiários foram obrigados a trabalhar como coveiros”.
(“Extraído do livro Ciências 6º Ano, Scipione, São Paulo, 2011, pag. 179”).
Em nosso livro “O boi a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema”, apresentamos a igrejinha de São João, construída no subúrbio Bebedouro/Maniçoba, com o ano de 1917. Erguida por moradores da localidade, foi decisiva nas orações contra a gripe espanhola que assolava o mundo. Procissões saíam da igrejinha de São João e se dirigiam até o centro da cidade, clamando ao padroeiro o fim da doença que ameaçava a todos.
O vandalismo parece ter vencido o sagrado e somente restam as ruínas do que antes sustentara a fé no padroeiro São João.



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