GRIPE
ESPANHOLA
Clerisvaldo B. Chagas,
30 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.293
“Em 1918 ocorreu uma
grande epidemia de gripe que causou
a morte de milhões de pessoas em um curto período de tempo, em diversas partes
do mundo. Ela ficou conhecida como a gripe espanhola, embora não tenha se
originado nesse país.
A gripe espanhola foi
causada por uma variação do vírus da gripe comum ─ o influenza. Essa variação decorreu de uma combinação do vírus da
gripe do porco com o vírus da gripe humana.
As pessoas infectadas
pelo vírus da gripe espanhola apresentaram sintomas, como dores de cabeça,
febre alta, calafrios, hemorragias intensas, urina e vômitos misturados a
sangue, perturbações cardíacas, infecções nos pulmões, intestinos e meninges e complicações renais.
Além disso, em poucos
dias, essas pessoas ficavam com uma coloração escura.
No Brasil, as
primeiras notícias do vírus da gripe espanhola ocorreram em setembro de 1918,
logo após a chegada de um navio com imigrantes vindos da Espanha. A cidade mais
afetada foi o Rio de Janeiro.
Com o grande número
de doentes e mortos, houve uma crise nos hospitais e nos serviços funerários. A
Cruz Vermelha Brasileira teve uma grande importância no auxílio à população,
improvisando vários hospitais para atender o público. Além disso, presidiários
foram obrigados a trabalhar como coveiros”.
(“Extraído do livro Ciências 6º Ano,
Scipione, São Paulo, 2011, pag. 179”).
Em nosso livro “O boi
a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema”, apresentamos a
igrejinha de São João, construída no subúrbio Bebedouro/Maniçoba, com o ano de
1917. Erguida por moradores da localidade, foi decisiva nas orações contra a gripe
espanhola que assolava o mundo. Procissões saíam da igrejinha de São João e se
dirigiam até o centro da cidade, clamando ao padroeiro o fim da doença que
ameaçava a todos.
O vandalismo parece
ter vencido o sagrado e somente restam as ruínas do que antes sustentara a fé
no padroeiro São João.
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