terça-feira, 28 de outubro de 2014

O CRIME DO PEIXE-BOI



O CRIME DO PEIXE-BOI
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.292

PEIXE-BOI (Wikipédia).
Mais um crime contra a natureza é realizado no Brasil. No município de Barra de Santo Antônio, local Ilha da Croa, no estado alagoano, a vítima foi um peixe-boi-marinho. O animal em extinção foi morto com um tiro na cabeça, às margens do rio Santo Antônio, naquele litoral. Dizem os jornais que o fato foi confirmado pelo Centro de Mamíferos Aquáticos e também que a Polícia Federal já foi acionada.
Apesar de tanta divulgação visando preservar a natureza, lamentavelmente, ainda acontecem fatos revoltantes dessa magnitude. Como um sujeito tem a coragem de cometer uma barbaridade dessas com um mamífero, dócil, inofensivo e que leva tanto tempo para se tornar adulto? Não temos dúvidas de que a Polícia Federal brevemente apontará o culpado, contudo, não se recupera a vida da criatura vítima do animal obtuso de dois pés. Matar por matar. Simples prazer de destruição que se apodera de todos os vândalos.
Fatos semelhantes acontecem quase sempre no interior quando contemplamos a caça predatória contra onças, raposas, lagartos, veados, tamanduás, tatus, macacos, saquins, pebas, entre outros.
O espírito destruidor está presente em todas as classes sociais e regiões do mundo inteiro. O que faz a diferença é uma orientação educacional sistemática e punição verdadeira.
GATO-DO-MATO MARACAJÁ. (Wikipédia).
Recentemente no Sertão, um gato selvagem maracajá (jaguatirica) de extraordinário tamanho, foi atropelado na BR-316. Pela semelhança, algumas pessoas pensavam tratar-se de onça-pintada. Um morador das proximidades, segundo relato, imediatamente escondeu o animal (ferido ou morto) para retirar a pele e naturalmente vender por um bom dinheiro. O caso foi um lamentável acidente, mas ainda existem os que compram material desse tipo sem perguntarem como o objeto foi adquirido pelo vendedor.  
Esperamos que no caso peixe-boi, após a prisão do culpado, justiça seja feita e não apenas o inútil simbolismo da fiança.




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