segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

REVOLUÇÃO DE 32



REVOLUÇÃO DE 32
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.314


GETÚLIO E COMITIVA EM 1930 (Foto: Wikipédia).
“A Revolução Constitucionalista ocorrida no Brasil em 1932, também é chamada simplesmente Revolução de 32. Vejamos o que diz a Enciclopédia Virtual Wikipédia.
A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932 que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.
Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do ex-presidente (atualmente denomina-se governador) do estado de São Paulo, Júlio Prestes, na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas.
(...) Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último conflito armado ocorrido no Brasil.
No total, foram 87 dias de combates (9 de julho a 4 de outubro de 1932 – sendo os últimos dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficias, reportem até 2.200 mortos.
São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada a Constituição de 1934”.

O Nordeste enfrentava uma seca braba, e inúmeros retirantes que eram chamado “flagelados”, alistavam-se para lutar pelo governo para não morrer de fome e sede no sertão.


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2014/12/revolucao-de-32.html

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

LAMPIÃO,MARIA E DOIS ERROS



LAMPIÃO, MARIA E OS DOIS ERROS
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2014
Crônica Nº 1.313


Em nossas pesquisas visando à revisão do próximo livro sobre cangaço, já intitulado “Maria Bonita, a deusa das caatingas”, encontramos dois erros nos escritos dos grandes pesquisadores do cangaço. Com a devida vênia, não citarei seus nomes nem suas obras. Interessante é que quando um ótimo escritor e pesquisador do cangaço comete um erro, pequeno ou maiúsculo, vem muita gente atrás, apenas compilando o que foi dito. Os erros não são graves, mas diante de tanta infantilidade e baboseiras de novatas que se dizem pesquisadoras, chega dar pena e revolta. Minha lixeira mesmo está repleta de tantas coisas extraídas da Internet sobre o cangaço. Os escritores sérios devem ficar preocupados mesmo com o que está acontecendo. Mesmo assim todos erram, todos erramos. Vamos ao que interessa:
O combate do Crauá em 1937, não foi o último de Virgolino. Errou quem assim escreveu. O último combate de Lampião aconteceu no Jirau do Ponciano em 18.04.1938. Houve um combate menor em Craíbas, no dia seguinte entre Lampião e o sargento Porfírio. (Ver CHAGAS E FAUSTO: Lampião em Alagoas 2012: 295:296), chamado por nós, o primeiro, “O combate do Jirau”. Lampião havia atravessado o rio para Alagoas, ocasião em que pagou 50 mil reis para ouvir de músicos que viajavam no rio, ”Tango da vida”, em moda na época, 17.04.1938.
Foi o que estar registrado no livro acima como “a marcha dos dez dias”, ocasião em que Virgolino passou dez dias excursionando no agreste de Alagoas, com mobilização de todas as volantes do estado.
Foi encurralado no povoado Jirau em dia de feira, pelo sargento da cidade de Batalha, Waldemar Góis. Lampião estava com mais 17 comparsas, inclusive com Maria Bonita, que não era mais respeitada nos seus mandados, pelos cabras. O sargento, mesmo baleado no combate, continuou como um leão na luta. Lampião bateu em retirada deixando as montarias, arranjadas no lado alagoano, desde o início da marcha dos dez dias.
Sofrendo uma perseguição intensa, o bandido, após os dez dias, ganhou às terras de Pernambuco.
Corrija-se o erro e se faça justiça. O último combate de Lampião foi “O combate do Jirau” no Agreste de Alagoas, em 18.04.1938, três meses antes da sua morte.
Vamos ao segundo erro. O escritor errou quando disse que Maria Bonita tinha olhos azuis. Nem quero comentar outras coisas que se fala até em holandeses. Maria Bonita era morena clara, cabelos pretos lisos e olhos castanhos escuros. Laudo do legista, Dr. Lages Filho, após exame na cabeça de Maria Bonita. Maceió: 03.08.1938.
Esclarecidos os fatos, humildade com a divulgação das fontes. Pois já vi publicações nossas, como se fosse de quem as divulgou com outras palavras, sem citar a fonte. Obrigado aos leitores pela compreensão.

Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2014/11/lampiaomaria-e-dois-erros.html