quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

AS 1.500 - UM TROFÉU DIVINO

AS 1.5OO – UM TROFÉU DIVINO
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de janeiro de 2016
Crônica Nº 1.500

Imagem divulgação
A crônica é uma forma textual que acontece em nosso cotidiano. O texto é curto, a linguagem simples entre casos satíricos, históricos, humorísticos... Tendo como importância o registro dos fatos. Ela foi abraçada por nós, no princípio, apenas para preencher o espaço entre as publicações de livros. Assim também nos aconteceu com os livros documentários entre romances históricos e regionalistas. Acontece que estreando crônicas na Rádio Correio do Sertão no programa “A Crônica do Meio-dia”, na voz do radialista Edilson Costa, em Santana do Ipanema, facilmente chegamos às duzentas.
Estreando na Internet no site “santanaOxente”, à convite de Valter Filho (que ainda hospeda nosso blog), expandimos essas pequenas peças literárias para outros sites como “maltanet”, “mendes&mendes” (Mossoró, Rio Grande do Norte), “alagoasnaNet” (Crônica do Dia) e o próprio blog: “clerisvaldobchagas.blogspot.com”. Carregadas de temas os mais diversos, resolvemos publicá-las diariamente das segundas as sextas chegando hoje à marca das 1.500 crônicas que tiveram seus natais fáceis, difíceis ou espremidos.
Muitos desses textos são episódios da história dos sertões, da minha terra e do meu estado. Várias noites e madrugadas de calor ou friorentas foram companheiras da arte de escrever e informar, principalmente à juventude sequiosa de Saber. Nunca foi fácil escrever uma crônica diariamente, desde a mais exuberante a mais chorada, sofrida e deficiente. É por isso que estamos comemorando hoje a marca gigantesca das mil e quinhentas crônicas que chegam também a alguns países da Europa, Ásia e América do Norte.
Agradecemos aos nossos leitores cativos e aos eventuais em qualquer parte do Planeta, por alimentar a nossa missão de escrever e semear cultura pelos mais diversos rincões da Terra. Foi por isso que recebemos nesta quinta-feira o mais importante e desejado troféu: o TROFÉU DIVINO DAS 1500 CRÔNICAS, recheado de saúde e amor do Pai Celeste.
Ah! O Troféu Divino!!!...






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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O VALENTÃO E A QUIROMANCIA

O VALENTÃO E A QUIROMANCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2016
Crônica Nº 1.499
 
(mdemulher._abril.com.br).
Recordando personagens do Sertão, uma coisa puxa outra. Revejo pelo tempo o senhor José Menezes, que vendia redes, aos sábados, na feira de Santana. Aos domingos, aquele homem branco e sério, desfilava pela Rua Antônio Tavares – onde residia – muito duro, rifle surdo às costas e bornal atravessado. Mas esse não é o alvo da história.
Vizinho de terras de meu avô morava um valentão, arruaceiro e assassino que também andava com rifle às costas e punhal na cinta. Cismou com um dos meus tios, homem pacato, sábio e trabalhador. Rondava-o constantemente.  Certo dia em que o meu tio fora dar água ao gado no açude, o valentão o esperava na porteira da barragem, armado como sempre. Meu tio completamente, desarmado, usou a sua força espiritual, passou pelo valente, deu água aos bichos, retornou sem que o bandido esboçasse nenhuma reação.
Era mês de outubro. Apareceu no sítio um estrangeiro quiromante, cujo apelido era Alemão. Leu a mão de todos os que estavam na casa – menos a de meu pai que se encontrava ausente – falando do início, presente, futuro e final da vida de cada um. Todos os tios tiveram o final profetizado pelo estrangeiro.
Quanto ao tio marcado pelo inimigo, disse-lhe o Alemão: “No mês de novembro não passe do terreiro de casa; no mês de dezembro não saia de dentro de casa nem para o terreiro; aguarde a notícia do mês de janeiro que seu perseguidor irá desencarnar”. Assim procedendo, meu tio aguardou.
Em janeiro, aquele valentão acostumado a acabar a feira de Olho d’Água das Flores, cortando a pulso e à faca, os cabelos dos feirantes, recebeu um convite do major Lucena Maranhão. Integrou-se numa volante e numa suposta diligência para os lados de Maravilha e ali deixou a Terra.
Não só no fabrico de peças e motores, mas também na Quiromancia, alemão é garantido.
Nem tudo é engodo e safadeza.

Fui.

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