terça-feira, 13 de setembro de 2016

O CHEFE DA QUADRILHA E A GALINHA D'ÁGUA

O CHEFE DA QUADRILHA E A GALINHA D’ÁGUA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de setembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.573

Lá no sertão temos uma ave que também povoa parte do mundo. Popularmente denominada galinha d’água, gosta muito de águas mortas, principalmente de açudes e barreiros. É ave de arribação que mede, aproximadamente, 37 centímetros, alimenta-se de boa variedade de vegetais e pequenos bichos aquáticos. Existe em torno de 12 subespécies conhecidas por diferentes nomes, pelo povo, em diversos lugares. “O ninho é uma cesta coberta construída no chão de mato denso. Pode haver uma segunda ninhada do ano, composta entre cinco e oito ovos”. Entre outros, também é apontada pelo pomposo nome de Jaçanã. Além de bela, desliza com muita elegância na superfície dos açudes.
Fazer galinha d’água não é reproduzir as Jaçanãs. É atirar pedras nos grandes reservatórios d’água na linha horizontal da superfície. Quanto mais a pedra arremessada toca na água, até o seu mergulho, mais galinha d’água você fez. É brincadeira esporádica de jovens e adultos em visita às fazendas.

O grande chefe da corrupção e do roubo descarado do real do povo, seguro que não cairia nunca, cansou o braço de fazer galinha d’água. Os pobres que trabalham neste país estão de peito lavado em relação ao mais cínico dos ladrões do Brasil. Os dez deputados que votaram a seu favor, deveriam levá-lo para casa, no colo, trocar suas sua fraldas e alimentá-los com gogó sempre cantando cantigas de ninar. Assim, além da vingança do povo brasileiro, vem o desabafo do governo democraticamente eleito e destituído pela chantagem desse crápula. Deu o que dissemos: “Hás de seguir-me Robespierre”.
Mas estamos apenas iniciando. Ainda falta o aproveitador, traidor e usurpador seguido de seus outros bandidos. Vamos aguardar as novas galinhas d’água e o futuro fechamento do jogo.




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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TILIXI E TIXILIÁ

TILIXI E TIXILIÁ
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de setembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.572

Foi pesquisando nas belas terras do Agreste, em Palmeira dos Índios, que resolvemos reproduzir a lenda de Tilixi e Tixiliá. Aliás, em nossos escritos sobre “Repensando a Geografia de Alagoas”, também temos outra belíssima lenda indígena sobre a origem do rio São Francisco.
Palmeira dos Índios é a mais importante cidade norte do Agreste, representando agora a quarta população do estado. Ocupa antigas terras que foram aldeias dos índios Xucurus. Acha-se localizada entre imponentes serras que fazem parte da Escarpa Ocidental e a planura agrestina representada pelos tabuleiros. Sua posição privilegiada permite um tráfego intenso de carros pesados numa ligação Norte-Sul via Arapiraca – Bom Conselho, pela famosa serra das Pias. Vive da Agricultura, Pecuária e Comércio com destaque para seus bons colégios e intelectuais na sua vida social. Clima ameno e convivência diária com os Xucurus fazem render a tradição que orgulha seus habitantes.
Contadas por diferentes pessoas, mas sempre se ressaltando o miolo, a lenda de Tilixi e Tixiliá parece não possuir variação.
Dizem que “há duzentos anos Tixiliá estava prometida ao cacique Etafé, mas era apaixonada pelo primo Tilixi. Durante uma festa tribal Tilixi tentou encontrar Tixiliá. Foram vistos em um beijo proibido. Tilixi foi condenado à morte por inanição. Ao visitar o amado, Tixiliá foi atingida por uma flecha mortal de Etafé morrendo ao lado de Tilixi. Segundo a lenda, no local onde morreram, nasceu uma linda e formosa palmeira que simbolizava o amor intenso do casal. Foi dessa palmeira que teria surgido o nome da cidade”.
Destacamos em Palmeira dos Índios os escritores Luiz B. Torres, Adalberon Cavalcanti Lins e Valdemar Lima, com notoriedade nacional para Graciliano Ramos.






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