terça-feira, 29 de novembro de 2016

O AVANÇO DAS ARMAS

O AVANÇO DAS ARMAS
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de novembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.599

Foto divulgação.
Não fosse a tragédia que se abateu contra a Chapecoense que levou um jogador alagoano, poderíamos dizer que foi ótima a notícia sobre economia em Alagoas. Estamos falando apenas de uma notícia específica que foi o anúncio da implantação de mais uma fábrica no estado. Para os padrões desta terra, até que a indústria apontada é fato esquisito. Mesmo sendo pacifista, não se pode ser ingênuo e contra o negócio proposto. Trata-se de uma fábrica de armas, estrangeira, procurando se instalar por essas bandas. Aproveitando a cadeia do plástico que tem atraído outros empreendimentos, os fabricantes de armas também escolheram Alagoas para utilização desse material em grande percentagem do fabrico.
Uma empreitada dessa natureza faz com que outras fábricas afins também venham mais tarde fazer parte do futuro cinturão do fogo. Geração de empregos e renda, circulação do vil metal em todas as camadas sociais, são as coisas mínimas que se esperam dos grandes investimentos. O que faz pena é que as fábricas que vão chegando para o estado não sobem para o Sertão. Mas, de qualquer maneira é melhor que seja em Alagoas de que em outro estado vizinho. Bom seria que grandes fontes de energia limpa dessem conta dos parques industriais, como a eólica e a energia solar.  
O estado de Alagoas já foi rico e filé do Nordeste. Poderia ter sido e ainda poderá ser a pequena Califórnia do Brasil, dependendo apenas do grau de comprometimento de mais de uma geração de seus dirigentes.
Caso façamos um balanço do estado na Agropecuária, Indústria e Serviços, iremos notar significativos avanços em todos os setores. É preciso, porém, não baixar a guarda em nenhum setor sob pena de alongar muito mais a espera do desenvolvimento total. Revendo o PIB de 2014, vimos como a atenção que foi dada ao abacaxi, ao coco- da-baía e a laranja foram de grande valia nas contas de final de ano. Ora, se esses produtos simples da Agricultura foram tão importantes no PIB, imaginemos todos os outros olhados com eficiência e carinho pelos governantes.
Não cabem aqui mais detalhes sobre a fábrica de armas que virá, até porque muita coisa não foi dita, contudo, deixem que venha canhão, metralhadora, revólver, granada... Ora, ora, ora... Queremos empregos para os alagoanos.




Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2016/11/o-avanco-das-armas.html

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A CARNE É FRACA

A CARNE É FRACA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.598


Arredores de matadouro.
É óbvio se dizer que o anúncio do governo estadual sobre construções de matadouros foi bom, muito bom, excelente.
A notícia é que será construído um matadouro em Matriz de Camaragibe, Região Norte, com capacidade de abate de 100 animais por dia no que será frigorífico público. O referido matadouro atenderá, segundo o comunicado, aos municípios de Paripueira, Barra de Santo Antônio, São Luiz de Quitunde, Porto Calvo, Matriz de Camaragibe, Jacuípe, Japaratinga, Maragogi, entre outros.
Nada demais lembrar que dois novos matadouros regionais estão em fase final de conclusão, o de Viçosa e de Murici.
Ainda se noticia que o governo estadual pretende construir matadouros em Santana do Ipanema, União dos Palmares e Penedo.
Diante do que vimos ficamos sem saber por que os marchantes, como os de Santana do Ipanema, por exemplo, que são mais de duzentos, não se uniram para a construção do frigorífico. Tantos homens esperando apenas o dinheiro do governo para o trabalho. Sem liderança, sem união, cada qual puxando o naco maior do lucro para si e o povo sabendo de todo tipo de carne, até reses cancerosas que procuram vaga no descuido da vigilância.
Os matadouros de quase todas as cidades de Alagoas recordam os tempos medievais. Não são matadouros, são “matanças” onde a podridão domina o núcleo e a periferia das machadadas. Muitas pessoas que visitam esses lugares chegam a vomitar e abandonam o consumo de carne bovina desses antros. Alguns deles foram fechados, mas o jeitinho político da imundície fez reabrir alguns, levando até à mesa a ignomínia que o povo come.
Essas “matanças”, sem as mínimas condições de higiene, são semelhantes às fabriquetas de queijo que de vez em quando são fechadas e perdem toneladas do produto com moscas para a Vigilância.
Dentro do século XXI com os pés no século XV, a mentalidade humana é pior do que a dos bichos. “Morra quem quiser, deixando o lucro é o que vale”, pensam muitos assim. Quando faltam gatos, os ratos tomam conta. Bem que o governo, nesse caso, vai ao rumo certo, mas se depois das construções não houver rigor na vigilância, o população voltará ao prato de ontem.












Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2016/11/a-carne-e-fraca_5.html