terça-feira, 8 de agosto de 2017

ESCREVENDO A ESCRITA

ESCREVENDO A ESCRITA
Clerisvaldo B. Chagas, 09 de agosto de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.711

Ilustração: (História do Mundo).
Segundo as profecias, o início do fim do mundo ocorrerá na área entre os rios Tigre e Eufrates, na antiga região da Mesopotâmia. Mas enquanto futuro sombrio, passado de belas descobertas. Supõe-se que foi ali entre Europa, Ásia e África que tenha nascido à escrita.  Mesopotâmia significa “entre rios” e representa uma comprida faixa de terra cortada pelos rios Tigre e Eufrates que deságuam no Golfo Pérsico. Mesmo nessa área deserta, os povos que habitaram a região souberam aproveitar as águas de ambos os rios para irrigar as terras, praticar a agricultura e evitar a fome tão comum naqueles tempos. De vegetação pobre, clima quente e seco durante a maior parte do ano, mesmo assim a criatividade humana dava passos importantes pela sobrevivência.
Entre os povos que habitavam a região estavam os sumérios, os acádios, os amoritas, os assírios e os caldeus. O domínio da Agricultura permitiu a construção de cidades, reinos e impérios, deixando contribuições importantes para a humanidade, entre elas a escrita. Antes se supunha que a escrita teria vindo da Mesopotâmia de 3.000 a. C. Teria sido essa escrita feita através de sinais em argila, descobertas pelos estudiosos. Interessante é a evolução de cada ciência que está sempre a descobrir fatos novos que muitas vezes derrubam as teses que nos ensinaram durante décadas e décadas. Assim a Arqueologia mostra novos achados atestando que a escrita teria nascido em lugares diferentes ao mesmo tempo. Ela pode ter sido inventada na Suméria, no Egito, na Índia ou na China.
“Acredita-se que a escrita surgiu da necessidade de se resolverem problemas práticos, como controlar a arrecadação e o gastos dos templos e palácios”. Foi ela quem “possibilitou à humanidade armazenar ideias e experiências às novas gerações”. A escrita e outras importantes invenções justificam o estudo do passado, notadamente as milenares aperfeiçoadas até os presentes dias. No caso da Suméria, a escrita foi um longo processo com vários estágios. Os sumérios escreviam em pequenas tábuas de barro úmido, depois colocadas ao sol para secar. Para escrever era usada uma espécie de palito de extremidade triangular, cujos sinais nas aplicações eram em forma de cunha, daí esse tipo de escrita ser chamada de cuneiforme.

Como será a escrita do futuro?

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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A CACHACINHA DE CADA DIA

A CACHACINHA DE CADA DIA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.710

Ilustração: (dalvaelu).
Ainda continua no Brasil a demora pelo registro de patentes. Você inventa algo e enfrenta o “tempo do urubu” para registrar o seu invento. Isso faz com que cientistas brasileiros vendam suas ideias a outros países que muitas vezes as aperfeiçoam e vão ganhar dinheiro à custa do inventor. Quem não se lembra de algum cientista em sua cidade que não teve como progredir pela falta de apoio consciente ou pela ignorância dos grandes. Nós pelo menos nos lembramos de dois: José Gomes (Sapo) e Agenor da Empresa. O primeiro lutando para construir um barco com experimento no açude do Bode. O outro realizando inúmeras obras como o elefante em tamanho natural que desfilou em um dos carnavais de Santana do Ipanema.
Mas a falta de apoio já vem de muito distante. O escritor Oscar Silva lamentava na década de vinte esse apoio ao colega escritor Valdemar Cavalcanti, ao tentar um projeto na Agricultura. E da Agricultura brota a cana-de-açúcar e da cana surge o engenho que produz a cachaça; a “moça branca” que é nossa e que moveu o País desde os tempos de D. João VI. E como a bebida é brasileira, volta-se ao assunto da patente, do reconhecimento e outras coisas mais da perene burocracia mundial.
É assim que “Brasil e México assinam acordo para proteger propriedade da cachaça e da tequila”. Veja: “Ligada diretamente às culturas do Brasil e do México, a cachaça e a tequila agora terão proteção plena de propriedade e qualidade na comercialização nos dois países”. Isso quer dizer que toda cachaça que aparecer no México, tem que constar que foi fabricada no Brasil, assim como a tequila no Brasil terá que constar a origem mexicana.
Ah! Por fala nisso, quando eu pedia a meu pai para ir ao Cine Glória de meu padrinho Tibúrcio Soares, a prima que ajudou a me criar dizia: “Deixe não, Manezinho que hoje é filme mexicano”. E quem disse que ele deixava! A “beijoada” dos filmes mexicanos já era considerada putaria. Mas eu gostava muito bem das canções apresentadas e dos pistoleiros pedindo tequila pelos bares.
Mas entre o diabo da tequila e a bebida dos escravos brasileiros, prefira carimbar a patente da cachacinha de cada dia.


 

 

 




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