quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O TEATRO DE VOVÔ PENEDO

O TEATRO DE VOVÔ PENEDO
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de setembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.743

TEATRO 7 DE SETEMBRO. Foto: (Word Press).
Falar sobre cultura do núcleo de Penedo é dizer sempre a mesma coisa, mas de vez em quando espoca foguetório que corta os céus do estado e do Brasil. Afinal a cidade ribeirinha foi a primeira fundada em Alagoas, colecionando história e cultura forte que até hoje reflete e guia esse seguimento na Terra dos Marechais. E a cidade que tem centenas de anos comandou a colonização do vale do São Francisco e das cidades sertanejas. Agora Penedo lança a notícia que soa mundialmente no patrimônio físico da humanidade. Trata-se da reinauguração do seu teatro que estava sendo restaurado. O “Teatro 7 de Setembro” que teve sua pedra fundamental implementada em 08/09/1878, foi inaugurado seis anos depois em 07/09/1884 com o magnífico sobrado, ostentação e a peça “O Violino do Diabo”.
Nem sempre uma obra tombada tem os devidos cuidados governamentais por mil motivos conhecidos. Todavia, o tema negativo não conduz o presente momento para o palco reluzente (italiano) no formato de ferradura do teatro em questão. Foi o Teatro 7 de Setembro o primeiro a ser construído nas Alagoas da Província. Foco de grandes companhias europeias de teatro e centro de arte e cultura de toda a região. Descrito inúmeras vezes, o monumento possui estilo Arquitetônico Neoclássico, planta italiana e fachada encimada por quatro estátuas de louça representando deusas da Música, Poesia, Pintura e Dança. O seu interior disponibiliza ao público 353 lugares; é composto de auditório, camarotes, frisas, galerias e o salão de público.
E se nós, sertanejos, tivemos Traipu como pai, viemos do avô Penedo que mais uma vez demonstra sua força para salvar o tesouro histórico que lhe pertence. Invadido pelos holandeses, soube lutar pela expulsão somando mais essa fase de luta detalhada ao seu acervo cultural que orgulha o povo alagoano. Visitar a Penedo turística exige tempo e paciência para levar o mínimo de informações de seu casario, ruas, culinária, Geografia, Cultura Viva e História, muitas histórias que os séculos acumularam para o visitante exigente.
VIVA O “NOVO” TEATRO 7 DE SETEMBRO!”.
         















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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ALIVIANDO OS TRANCOS

ALIVIANDO OS TRANCOS
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de setembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.742

MACHU PICCHU. Foto: (mundocrux).
Como os noticiários atuais estão insuportáveis, iremos aliviar a alma  num introito ao mundo mágico entre o tempo, a fantasia e a crença. Vamos cavalgar o vento e chegar às altíssimas montanhas do Peru na lenda contada pela escritora Antonieta Dias (referência abaixo). Sendo bela e serena a narrativa, adaptamos o texto da autora.
 “Os incas diziam que o Sol era o pai dos seres humanos. E ele, o Sol, certa feita convocou o filho Manco Copac e a filha Mama Acllo para lhes dá uma tarefa: reunir as tribos e ensinar a elas a vida civilizada. O casal, então, partiu da Ilha do Sol, no lago Titicaca para cumprir a missão determinada. Manco levava um bastão de ouro e Mama um fuso de prata. Ambos cruzaram o lago em barca de ouro. O Sol havia pedido que a fixação das tribos se desse onde o bastão penetrasse fácil à terra. Isso aconteceu no vale de Cuzco, que significa “umbigo do mundo”. O bastão entrou com facilidade na terra e  desapareceu. Manco instruiu os homens no trabalho de agricultura. Mama às mulheres a fiação da tecelagem.
Os caciques quíchuas se diziam descendentes de Manco Copac e Mama Acllo. Denomiram-se incas. Existiram treze incas, a partir daí tornaram-se imperadores”.
Adaptado de: Moraes, Antonieta Dias de (org.). Contos e lendas do Peru. São Paulo: Martins Fontes, 1989. P. 23-24.
Deixando a lenda, portanto, caindo na realidade do cotidiano, os incas foram bambas na arquitetura. Desenvolveram várias construções gigantes à base de pedras como templos, casas e palácios . Chama atenção a cidade de Machu Picchu – descoberta em 1911 – que revela toda a eficiente estrutura daquela sociedade. Também a agricultura era bastante desenvolvida. Plantavam em degraus formando terraços nas inclinações das montanhas. Tinham como base o feijão, milho e batata. O milho era considerado alimento sagrado e a ele era dada toda atenção. Mas os incas também construíram canais para irrigar suas terras cultiváveis, até desviando cursos de rios para as  aldeias. Mas não somente isto, eram hábeis artesãos com o ouro, a prata, tecidos e joias. Domesticam também a lhama, alpaca e vicunha. Usaram a lhama como meio de transporte além de se utilizarem da lã, carne e leite desse animal.
Que povo formidável!






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