terça-feira, 10 de outubro de 2017

OS HOMENS DA MATEMÁTICA EM SANTANA


OS HOMENS DA MATEMÁTICA EM SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.756
 
Detesto essa tal Matemática, mas tenho comigo que os versados na Matéria são cabras inteligentes. Fui consorciando com alguns colegas quando a danada aparecia, para conseguir chegar às aprovações. Tome Geografia, História, Redação... Dê-me Matemática. Foi assim com Renato Cavalcante, com José Ialdo Aquino e com José Maria Amorim, respectivamente, colegas em diferentes etapas de estudos. Mas quanto aos professores, lembro-me da fase de Admissão ao Ginásio e do próprio Curso Ginasial. O professor Aloísio Ernande Brandão, estava sempre presente lecionando História, Geografia e Matemática. E às vezes eu ficava pensando como cabia tanta inteligência naquela cabeça pequena.
Por isso ou por aquilo, no deparamos com outro professor de matemática, cujo nome era Genival. Parece-me que o homem trabalhava no IBGE. Mas o Ginásio Santana funcionava à base de colaboração de pessoas como comerciantes, bancários, comerciários e outros com algum saber. (Aliás, fui professor ali de Ciências, Biologia, História e Geografia. Minha esposa tomou conta de turmas durante anos, mas nunca fomos reconhecidos). Voltando ao Genival, era um senhor de meia idade, magro e calado. Gostava de beber umas e outras e vezes sem conta chegou embriagado no estabelecimento. Nessas ocasiões, tremia muito e derrubava o giz constantemente. Era uma situação de constrangimento, mas meus colegas afirmavam que quanto mais bêbado, mais eficiência havia nas aulas de Genival Copinho. Uma excelente pessoa.
Depois chegou da cidade de Capela, o professor Eli. Trazia Matemática suficiente para o Curso Médio e tornou-se fonte de consultas dos demais. Ernande, após a sua passagem, foi homenageado merecidamente com nome  de Colégio no Bairro Camoxinga. O anexo do Colégio Estadual, apelidado Cepinha, foi desmembrado e ganhou o nome de Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão. (Fui professor em todas elas). Sempre com tendência apenas para as Ciências Sociais, não posso deixar de admirar os amantes da Matemática, da Química, da Física e dos seus desdobramentos modernos das grandes invenções e descobertas. 
Matemática não mudou, continua sendo a mesma MATAMATA do passado.
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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

OS VÂNDALOS


OS VÂNDALOS

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de outubro de 2017

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica 1.755

 
Foto de Mauro Wedekin

Vândalos era um povo germânico que invadiu e devastou a antiga Hispânia e o Norte da África, onde fundou um reino. De certo tempo para cá, a palavra vândalo passou a ser utilizada no Brasil, como indivíduo destruidor dos bens públicos. Chamávamos por aqui a esse tipo de gente de maloqueiros, desocupados, vadios. Eles, os vândalos, quebram estátuas, bancos de praças, chafarizes, picham o patrimônio histórico e até incendeiam ônibus lotados de passageiros. Como não encontraram um nome mais forte para o sem-vergonha, ficou em vândalo, mesmo.

Semana passada, três adolescentes numa moto agiram pela madrugada na cidade de Porto Real de Colégio. Colocaram abaixo uma estátua de ferro e concreto em homenagem ao índio. Feito o serviço, partiram para a cidade sergipana de Propriá. Nessas alturas, chovem as opiniões domésticas sobre o vandalismo em cima de uma representação já estigmatizada. As destruições do patrimônio público acontecem nas cinco Grandes Regiões brasileiras, em algumas, é verdade, de forma mais intensa. Entre todas as causa das maldades está à básica falta de educação. Um povo educado não faz essas coisas diariamente por aí pelo simples prazer e ignorância dos danos.

Alcançamos ainda o tempo de vigias nos logradouros públicos. No interior sertanejo alagoano, não só em Santana do Ipanema, mas também em outras cidades, eles estavam ali noite e dia protegendo canteiros, bancos, estátuas e seus usuários. Recordamos, talvez do último deles, o soldado reformado Gonçalo. Uma doçura de pessoa que estava sempre no seu posto de trabalho e merecia a atenção e o respeito de todos. Até os comerciantes do entorno da Praça Manoel Rodrigues da Rocha (Praça da Matriz) cooperavam financeiramente com o ex-militar. Em Maceió não conhecemos monumentos que não tenham sido pichados, mutilados ou ambas as coisas. Mas se muita gente não enxerga o mal que está praticando, as autoridades tem obrigação de colocar vigias, como antes. Não estamos falando sobre a tal guarda municipal, polêmica e pior.

Semana passada, derrubaram o índio; qual será o alvo desta semana?

 

 

 

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