segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

GRANIZO, PREJUÍZO E FESTA

GRANIZO, PREJUÍZO E FESTA
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.795

GRANIZO. Foto: (G1).
Como o granizo voltou à moda no Brasil, ultimamente, vamos ver um pouco sobre ele. Sua definição tem algumas variedades, mas tudo dentro do mesmo fenômeno atmosférico. Vejamos uma das dezenas de definições. Granizo é a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços de gelo. Conforme o lugar se diz: chuva de pedra, granizo, chuva de gelo. Esses glóbulos de água congelada podem medir entre 5 e 200 milímetros. Existe certa diferença oficial sobre tamanho e denominação, mas não vamos cansar o leitor com as inúmeras minúcias dos institutos meteorológicos. Normalmente o granizo se origina de nuvens denominadas convectivas (que se formam verticalmente) como cumulo/nimbus.
Granizo pode causar danos, principalmente para automóveis, aeronaves, telhados e até mesmo em quengo de gente. Nos sertões do Nordeste esse fenômeno chamado chuva de pedras, não é tão raro assim. De vez em quando nos deparamos com ele, principalmente, em tempos de trovoadas, novembro, dezembro e janeiro. Então, podemos dizer que já estamos no período dessas ocorrências. Durante as famigeradas trovoadas sertanejas, o tempo se fecha com nuvens muito escuras, causa alegria às pessoas, mas também muita apreensão. As chuvas são rápidas, mas ligeiras e encorpadas seguidas de relâmpagos pavorosos e trovões terrificantes. Aqui acolá o também chamado “toró”, pode trazer as não descartáveis pedras de gelo. Mesmo assim nunca tivemos notícias de estragos feitos pelo granizo, em nossa região e que sempre foram à diversão da meninada após a sua queda.
As comparações dos tamanhos dos glóbulos de gelo, feitas pelo povo, são as mesmas em todos os lugares do país: “do tamanho de um ovo de galinha; de uma ervilha; de um caroço de feijão...”. Porém, quando as pedras de granizo excedem 13 mm de diâmetro, pode danificar seriamente os aviões. E se esse granizo se acumula no chão, também pode ser perigoso para o pouso das aeronaves. Numa região onde uma chuva de granizo é muito forte, pode danificar seriamente plantações como trigo, milho e fumo que são mais sensíveis a esse tipo de fenômeno.
É interessante o estudo do granizo que daria páginas e páginas de detalhes. Aqui no nosso Sertão alagoano, após o festival de pancadas diferentes nas biqueiras, nós, os meninos, íamos apanhar as pedras, comparar os diâmetros e chupá-las gostosamente “que nem” picolés.





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domingo, 3 de dezembro de 2017

RONINHO E SUAS ARTES NA ARTE


RONINHO E SUAS ARTES NA ARTE
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.794

RONINHO, ARTE EM TELA. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas)
Artesão é aquele que trabalha com artesanato. Artesanato, por sua vez, é uma técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. Normalmente os artesanatos são confeccionados por famílias ou por um só indivíduo, dentro de sua própria casa em uma pequena oficina. A técnica é praticada desde o período antigo denominado Neolítico, quando o homem polia as pedras para utensílios. O artesão é considerado um artista, pois seus produtos são verdadeiras obras de arte. A valorização comercial do artesanato é coisa ainda recente, desde que os europeus descobriram e mostraram interesse pelos trabalhos artesanais do nosso país. Foi assim com o valor nutricional da rapadura e da chamada Literatura de Cordel.
Em Santana do Ipanema existem exímios artesão que trabalham com as mais diferentes matérias como: madeira, ferro, zinco, tecido, palha, couro, osso, sola, vidro, barro, além de outros. Ultimamente está em evidência o artesão Roninho, morador do Bairro São José, cuja oficina tomou o espaço do antigo Bar do Bacurau, que foi ponto de encontro de literatos, músicos, cantores, cineastas, artesãos e desenhistas. Fiz uma visita de cortesia ao amigo Roninho, especialista na arte de produzir cenas do Nordeste seco na pobreza dos sertões, com ênfase em figuras de cangaceiros. O artista deixou um pouco de lado, as pinturas em tela e passou a trabalhar também reproduzindo figuras do cangaço em ferro, pesquisando, descobrindo e criando técnicas próprias dessas peças de variados tamanhos.
Há muito podemos classificar o artesão de mestre. O seu trabalho ganha fama por todos os lugares e o mestre também é chamado para reproduzir até casa de taipa e restaurar estátuas de vias públicas e de santos de oratórios caseiros. Roninho atua bem na região de Piranhas onde os turistas se encantam com o seu trabalho, compram e fazem encomendas. Roninho conquistou o seu espaço, atua em todo o estado de Alagoas e, atualmente no Sertão tornou-se estrela de primeira grandeza no que produz. Agora está fazendo, ainda, peças em ferro de caricaturas de pessoas famosas, sob encomendas.
Esse é o único trabalho que eu não quero que ele faça para mim. Nem de graça. Santana do Ipanema acha-se de parabéns pelo talento seco do MESTRE RONINHO.





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