quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

SERTÃO E A VITÓRIA TRÊS EM UM


SERTÃO E A VITÓRIA TRÊS EM UM
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.837

CENTRO DE SANTANA DO IPANEMA.  FOTO: (CLERISVALDO B. CHAGAS).
Abrimos o mês de fevereiro dentro do anúncio não oficial da implantação de uma faculdade particular no Sertão alagoano. Para a cidade polo, Santana do Ipanema, segundo os comentários, a referida faculdade estará funcionando por aqui ainda este ano com os cursos de Fisioterapia, Enfermagem e Direito. Mesmo sendo uma faculdade particular, as alvíssaras são motivos de regozijo e mais uma merecida mega festa para o Sertão inteiro. Isto faz lembrar os filhos de Santana tentando formatura em cidades como Belo Jardim, Arco Verde (Pernambuco) Pão de Açúcar, Palmeira dos índios e Arapiraca, lugares mais procurados nos últimos tempos. A quem interessar os cursos, economizará nas viagens, alimentação e hotel, além de mais preservar a vida pelas estradas aventureiras.
Ganhará Santana do Ipanema definitiva consolidação como polo universitário do interior nordestino. Nova onda de estudantes de outras cidades buscarão serviços, notadamente em hotéis, pousadas, casas de lanches, postos de gasolina, gráficas, livrarias, papelarias, barzinhos, transportes e o Comércio em geral com suas compartimentações. Certo que ainda estamos esperando a cereja do bolo que continua sendo a Medicina. Mas pode chamá-la que ela virá. Hoje em dia só não estuda quem não quer. Os convites ao tapete vermelho do Saber estão chegando por todas as ruas, becos e avenidas da facilidade. E nada mais valioso na vida de que o alto conhecimento que liberta.
É bom lembrar que a Festa do Feijão, acabou porque a fama cresceu mais do que a estrutura. Chegou gente por aqui de todos os recantos brasileiros, mas deu no que deu. Santana do Ipanema há muito vem atuando com três bancos federais: Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste, despejando dinheiro e alavancando o desenvolvimento sertanejo. Com UNEAL, IFAL, UFAL e outros cursos particulares, a tendência é virar a Índia no trânsito por falta de alternativas para a mobilidade. Tudo que foi feito até hoje pelo trânsito foi a ponte sobre o rio Ipanema e o Aterro na BR-316. Precisamos redesenhar o espaço físico da cidade, indenizando casas, terrenos... Criando novas vias com uma engenharia eficiente e um planejamento de alto nível.
Chega de administrações pífias e covardes que escravizam o povo e não passam de pedra de calçamento e recolhimento de lixo.


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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

OS QUATRO DA MODA DE ONTEM


OS QUATRO DA MODA DE ONTEM
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.836

FEIRA DE SANTANA ANOS 60. FOTO: (DOMÍNIO PÚBLICO).
Aproveitando marca de sapato exibida no Face pelo nosso compositor Remi Bastos, resolvemos reagir com este trabalho saudosista. Vamos relembrar quatro objetos que atuaram fortemente no modismo do Brasil, particularmente em nosso Sertão das Alagoas, em torno dos anos 60, não necessariamente pela ordem.
Um deles foi um pente longo e preto, dito inquebrável. Era muito maleável e vendido na feira de Santana do Ipanema. Vendedores e rapazes adquirentes do objeto dobravam-no e faziam outras piruetas com ele e o pente na quebrava. Na época predominava a moda da cabeleira farta e fazia sentido comprar, usar e exibi-lo. Dos falados de boas cabeleiras, lembramos apenas de alguns como o Gilson Alfaiate, o Pascoal de José Urbano, eu e um barbeiro, cujo nome não me recordo, mas havia pelo menos uns dez na disputa. Também não me chega à marca do objeto que foi após o pente menor e elegante marca “Flamengo”. Era o tempo da brilhantina.
Outra moda marcante foi a do relógio “Seiko” mesma época do “Oriente”. Os rapazes jogavam-no longe como uma pedra e nada acontecia a ele. Lembramos ainda o Jorge de Leusinger, fazendo isso na Rua São Pedro.
Teve também a moda – como escreveu o Remi – do sapato “Passo Doble”. Todo mundo queria comprar esse tipo de sapato que a novidade trazia como infinitamente durável, inclusive, seguido de boa propaganda que não era enganosa. Durava tanto que parecia sem fim! Muito bom para nós os estudantes (ginasianos) destruidores de sapatos. Era confortável, preto e sem beleza. 
E finalmente, a camisa mimosamente azul, manga comprida, elegante e também indestrutível chamada “Volta ao mundo”. Lindérrima e meu sonho de consumo.
Pense num rapaz: cabeleira vasta com brilhantina Coty, camisa Volta ao Mundo, calça de linho, pente Flamengo, meias Lupo, lenço italiano, cinto Ypu, sapatos Samello, relógio Oriente e perfume francês!
Ah! Somente no antigo Reino de Monte Mor.


                                                                                                             


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