segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

ILHAS DE CALOR


ILHAS DE CALOR
Clerisvaldo B. Chagas, 6  de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.839

ILUSTRAÇÃO: (MUDA-MUNDO BLOGSPOT).
As geograficamente denominadas “Ilhas de Calor” são áreas com temperaturas mais elevadas do que as da redondeza. Isso costuma acontecer no centro das grandes cidades, onde há maior concentração de construções, calçadas, asfaltamento e veículos. Vários motivos juntam-se para essa formação como o concreto das edificações, a pavimentação de ruas e avenidas, a inexistência de áreas verdes e a poluição atmosférica que elevam a temperatura fazendo com que o ar torne-se mais quente e seco. Nos grandes centros urbanos predomina o concreto em detrimento a área verde. Mas não somente acontece nos grandes centros, pois as cidades menores também seguem os padrões das maiores com efeitos similares.
As cidades dos sertões nordestinos, antes com o calor amenizado pelo entorno da caatinga, hoje sofre com o desmatamento da antiga proteção. O progresso que vai chegando segue os padrões das metrópoles, mas, raramente a jardinagem urbana é lembrada permitindo as “ilhas de calor” em maiores ou menores proporções. Inúmeras dessas cidades incentivam a arborização, sem orientações técnicas alguma. Em várias delas as árvores são até inadequadas causando transtorno à população.  Outras são abandonadas à própria sorte como se a obrigação das autoridades não passasse de um discurso raro, chocho e cadavérico. O agrônomo, o urbanista, o geógrafo, o geólogo, tornam-se figuras raras no planejamento urbano e, os garis – os mesmos que recolhem o lixo – passam para os importantes ofícios dos especializados.
Além da arborização planejada de ruas e avenidas, ainda temos direito as áreas verdes do entorno da cidade, das praças e dos parques gigantes que são atualmente os amenizadores das tensões diárias da população. E se os climas do mundo estão sofrendo modificações negativas, deveremos cuidar da nossa própria casa que é o lugar onde a gente mora. Ainda como dizia um grande filósofo: “Se todo mundo varresse a porta de casa, o mundo inteiro seria limpo”.
Pois é assim que se formam as “ilhas de calor”, bem como é assim também que deveremos agir para uma melhor qualidade de vida. Sertão: cobre do seu dirigente local.


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domingo, 4 de fevereiro de 2018

QUEM FOI O PRIMEIRO ESCRITOR SANTANENSE


QUEM FOI O PRIMEIRO ESCRITOR SANTANENSE
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoas
Crônica 1.838

OSCAR SILVA. FOTO: (FRUTA DE PALMA).
Como Santana do Ipanema, não possui rastreamento, nem arquivo e nem coisa alguma sobre seus escritores em território brasileiro, fica difícil afirmar o título deste trabalho. É que alguns santanenses tornaram-se escritores após deixarem a terra.  Sobre eles, essa geração nunca ouviu falar. Mas estou me referindo a escritores verdadeiros e não a certas coisas que surgem como fantasia de Carnaval. Apenas dentro da minha área de pesquisa (o que é muito pequena) tenho como primeiro trabalho publicado, uma conferência, “Asas para o pensamento”, em 1945, em Maceió, pelo escritor da minha rua, Oscar Silva. Tenho ainda como segundo trabalho publicado por um santanense, “O Cavaleiro da Esperança”, obra em cordel, em 1946, ainda do escritor Oscar Silva. (essa obra foi apreendida pela polícia do, então governador, Silvestre Péricles).
Como terceira obra publicada por um santanense, temos o “Caderno de Geografia do Brasil”, em 1951, pelo escritor maiúsculo Tadeu Rocha. Apontando como quarta obra publicada por autor da terra, temos “Fruta de Palma”, novamente de Oscar Silva, editado em 1953, em Maceió, pela Editora Caetés. O quarto, o quinto e o sexto lugares, são ainda ocupados por Tadeu Rocha com: “A Geografia moderna em Pernambuco”, em 1954, “Roteiros do Recife”, em 1959, e “Delmiro Gouveia, o pioneiro de Paulo Afonso”, em 1963.
Como já dissemos, alguns santanenses que escreveram livros, nunca mais voltaram a terra e, para nós, seus livros e eles se tornaram ilustres desconhecidos. Quanto à resposta em saber seus motivos, só eles sabem. Pessoas partem muito cedo, esquecem a terra em que nasceu. Outras saem revoltadas com alguma coisa e nunca mais dão notícias. Nada disso, porém, foi o caso de Tadeu e de Oscar, em cujas obras Santana do Ipanema está sempre em evidência e trazem inúmeras revelações que fazem parte da nossa história ignorada por autoridades municipais e escolas.
Portanto, a classificação acima das seis primeiras obras publicadas por santanenses, pode não está correta, mas, diante das considerações que estes homens tiveram com Santana, dificilmente esta lista deixará de ser vitoriosa.


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