quarta-feira, 2 de maio de 2018

NAS ASAS CHUVOSAS DO MARIBONDO


NAS ASAS CHUVOSAS DO MARIBONDO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.893
 
Feira do milho em Maribondo. Foto (B. Chagas).
Quem trafega da região de Santana do Ipanema (Sertão) para Maceió, via Palmeira dos Índios, sempre comenta: “pequei chuva em Maribondo”, (Agreste). Mas o que faz chover tanto em Maribondo? Primeiro vamos passar a vista no quadro abaixo, segundo Elian Alabi Lucci.
Os três principais tipos de chuvas são:
De convecção: que ocorrem devido ao movimento ascendente do vapor d’água que, ao entrar em contato com camadas mais frias, condensa-se e se precipita. Estas chuvas costumam ser violentas e abundantes, próprias de regiões tropicais e equatoriais, onde a evaporação é intensa, em virtude do forte aquecimento que elas sofrem.
Ciclônicas: Surgem em virtude do contato entre frentes quentes e frias. Este tipo de chuva é típico dos países de clima temperado.
De relevo: que têm origem graças à condensação do vapor d’água e a consequente precipitação pelo contato das nuvens com o ar mais frio das regiões de maior altitude. Nas vertentes contrárias, as mais regadas por este tipo de chuva, o ar apresenta-se bastante seco, provocando maior aridez. Um exemplo disto é o que ocorre no sertão nordestino devido ao anteparo montanhoso representado pelo planalto da Borborema.
Maribondo, portanto, recebe chuva de relevo também chamada orográfica, quase o ano todo. Essas chuvas daquele município que permitem criação de gado nas encostas e milho verde o ano inteiro, são provocadas pelas suas montanhas.
Mas também, seguindo a mesma BR-316, existe uma faixa no município de Dois Riachos onde menos chove. Essa faixa em linha reta vai sair nas proximidades de Jaramataia, na linha Batalha – Arapiraca, que por certo faz parte desse fenômeno particular e até agora ainda não estudado.
Além desta apresentação para universitários, chamamos atenção para pesquisadores que possuem recursos os mais diversos e que podem se interessar pelo tema, que tem tudo a ver com a dinâmica dos ventos.
Ê comadre! É comer buchada em Dois Riachos e milho assado em Maribondo.





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terça-feira, 1 de maio de 2018

AS MARRADAS DOS CARNEIROS


AS MARRADAS DOS CARNEIROS
Clerisvaldo B. Chagas 3 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.892

CARNEIROS. FOTO: (PREFEITURA, DIVULGAÇÃO).
Mais uma auspiciosa notícia para o Sertão alagoano correu mundo, saída da tradicional Festa do Trabalhador na cidade de Carneiros, em sua 30a edição. A população municipal que não chega a 9.000 habitantes estava com 20 mil pessoas no último sábado de festa, quando recebeu a grande revelação do governador, segundo notícia da Agência Alagoas e dos sites da região. A estrada de terra que liga Carneiros a Santana do Ipanema vai ser asfaltada com início nos próximos dias. O anúncio aguardado durante décadas fez vibrar a população carneirense e todas as comunidades sertanejas. Trata-se de um complemento asfáltico de 14 km, mas não foi dito o ponto em que o trecho que será asfaltado encontrar-se-á com a AL-230, se no antigo Campo de Aviação ou no sítio Moita dos Nobres.  
A cidade de Carneiros acha-se localizada a 304 metros de altitude e se encontra no trecho Olho d’Água das Flores, São José de Tapera, Senador Rui Palmeira, Olho d’Água do Casado, Piranhas e a própria Santana do Ipanema, de cujo município foi desmembrado em 11 de julho de 1962. A viagem, após o asfalto (a que chamamos por dentro) resumirá todo rodeio que é feito longamente por São José da Tapera e Olho d’Água das Flores, em um pulo de 30 minutos. Carneiros e Santana do Ipanema ganharão um formidável intercâmbio que refletirá fortemente na Educação, no Comércio e na Saúde, principalmente.
Nunca houve empenho das autoridades regionais no que tange a ligação direta Senador Rui Palmeira – Santana do Ipanema. Essa fatia de comunicação entre os dois maiores produtores de feijão, passaria pelo sítio mais rico do Olho d’Água do Amaro e o acesso a Carneiros. O comércio de Santana perdeu muito com essa falta de visão em que atrairia de vez Senador e Carneiros para seus negócios. Foi assim com Maravilha e Ouro Branco quando não havia o asfalto e o movimento era com Garanhuns, PE.
Portanto, o asfalto Carneiros – Santana vem como magnífico presente para ambos os municípios. Finalmente os Carneiros aplicaram supimpas marradas no passado.
  




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