segunda-feira, 7 de maio de 2018

OS CAMINHOS DA SANTANA LITERÁRIA


OS CAMINHOS DA SANTANA LITERÁRIA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.896
 
MATA VERDE, EM SANTANA. FOTO: (B. CHAGAS).
Para os planos terrenos os caminhos são muitos e diversos. Entre eles têm os que procuram riqueza na política, os que deliram com o ouro das minas, os que vibram com o fuzil diante dos cofres bancários e os que se realizam através das esmeraldas literárias. Dentro do último padrão, regionalizando para o nosso pequeno mundo santanense, temos também as cortinas grenás dos que almejam decifrar o além dos cortináveis. E assim vamos encontrando tesouros sagrados imperceptíveis ao humano comum e dadivosos aos pesquisadores natos. E o pesquisador autêntico e perspicaz não é o da fartura disponível, mas sim das invisíveis entrelinhas que alinhavadas com paciência e intelecto, edificam o todo, o resultado da exaustiva busca com a coroação e os lauréis.
Assim apontamos as trilhas para os que procuram a história e a literatura da terra. Escritos como hieróglifos que nos transportam para o último período de Vila em que nasceram os nossos primeiros escritores, muito embora os seus frutos em livros tenham brotados somente a partir da Santana cidade da década 1940. E na busca das esmeraldas acima, estão “Fruta de palma”, “Modernismo e realismo”, “Santana do Ipanema conta sua história” ou mesmo “Vim para ficar”, leituras imprescindíveis aos momentos de compreensão dos nossos primeiros 40 anos como cidade.  Seus autores, pela ordem, são Oscar Silva, Tadeu Rocha, Floro e Darci Araújo e Floro Araújo.
Em “Fruta de palma”, livro de crônicas rudes e sertanejas, o autor fala sobre fatos e pessoas de Santana. É um bom auxiliar variado para se encontrar o que se procura no geral de cada crônica ou em frases soltas que servem de pistas importantes. “Modernismo e Realismo” é profundo sobre literatura nordestina, alagoana e santanense. Professor de história e português não pode ignorá-lo. “Santana do Ipanema conta sua história”, puxa mais para a parte sociológica. Apesar de alguns erros como datas e alguns fatos, não compromete o todo, visto pela ótica dos autores. Não deixa de ser uma obra relevante para a história local. E “Vim para ficar”, narrativa pessoal do autor – talvez seja a melhor das suas obras – onde se acha algumas rápidas informações embutidas sobre a cidade que auxilia bem as pesquisas.
Melhores informações pelo contato: clerisvaldodaschagas@gmail.com.


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2018/05/os-caminhos-da-santana-literaria.html

domingo, 6 de maio de 2018

FEIRÃO DE LIVROS


FEIRÃO DE LIVROS
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.895

FOTO: (PROGRAMA LIVRO ANDANTE - PE).
No período 1956-60, o mesmo prefeito que construiu a rodagem Carneiros – Riacho Grande, a Praça das Coordenadas, o Museu Histórico e de Artes, Dr. Hélio da Rocha Cabral de Vasconcelos, promoveu também a primeira feira de livros do município de Santana do Ipanema. Lembro-me ainda dos livros, espalhados defronte a Igrejinha de Nossa Senhora Assunção e adjacências, inclusive, do outro lado da rua e na esquina da bodega do Seu Oséias. Não recordo, porém, da finalidade e dos critérios. Tempos depois, nós, os alunos do então Ginásio Santana, promovemos a nossa. Não havia autores presentes. A finalidade talvez fosse arrecadar fundos para realizar excursões, estimular a leitura e fortalecer o intercâmbio livresco.
Cada aluno trouxe um ou mais livros, para trocar ou vender. A obra já  chegava à feira com o preço estipulado pelo aluno dono. E como o primeiro evento, também espalhamos os livros na frente e em ambos os lados da mesma igrejinha/monumento. Havia muitas edições antigas, mas que agradaram aos estudantes do Ginásio, a outros estudantes e ao povo em geral que prestigiava maciçamente a iniciativa ginasiana. Tanto o livro mais novo quanto o livro mais velho, tinham uma variação de preço pequena, sendo tudo barato e ao alcance de qualquer pessoa. Bem certo era que havia alguns professores por perto, mas a empolgação toda era dos alunos que negociavam suas relíquias comprando, vendendo, trocando como velhos feirantes.
Vendo, então, o exposto acima e sabendo que não são muitos os adeptos da leitura, vamos a uma proposta. Uma feira de livro gigantesca com todas as escolas do município. Cada aluno levaria seu livro ou livros para cadastrar e vender. Como a finalidade seria apenas estimular a leitura, cada livro seria vendido a um real ou coisa parecida numa tabela de preço máximo que não passaria de três reais. Todas as espécies de livros menos os nocivos à juventude poderiam ser apresentados recebendo etiqueta do preço. Os detalhes do comando da feira seriam imaginados na segunda fase.
Topa, compadre, a trabalheira?
Entendo.



Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2018/05/feirao-de-livros.html