OS CAMINHOS DA
SANTANA LITERÁRIA
Clerisvaldo
B. Chagas, 8 de maio de 2018
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica 1.896
Para os planos
terrenos os caminhos são muitos e diversos. Entre eles têm os que procuram
riqueza na política, os que deliram com o ouro das minas, os que vibram com o
fuzil diante dos cofres bancários e os que se realizam através das esmeraldas
literárias. Dentro do último padrão, regionalizando para o nosso pequeno mundo
santanense, temos também as cortinas grenás dos que almejam decifrar o além dos
cortináveis. E assim vamos encontrando tesouros sagrados imperceptíveis ao
humano comum e dadivosos aos pesquisadores natos. E o pesquisador autêntico e
perspicaz não é o da fartura disponível, mas sim das invisíveis entrelinhas que
alinhavadas com paciência e intelecto, edificam o todo, o resultado da
exaustiva busca com a coroação e os lauréis.
Assim apontamos as
trilhas para os que procuram a história e a literatura da terra. Escritos como
hieróglifos que nos transportam para o último período de Vila em que nasceram
os nossos primeiros escritores, muito embora os seus frutos em livros tenham
brotados somente a partir da Santana cidade da década 1940. E na busca das esmeraldas
acima, estão “Fruta de palma”, “Modernismo e realismo”, “Santana do Ipanema
conta sua história” ou mesmo “Vim para ficar”, leituras imprescindíveis aos
momentos de compreensão dos nossos primeiros 40 anos como cidade. Seus autores, pela ordem, são Oscar Silva,
Tadeu Rocha, Floro e Darci Araújo e Floro Araújo.
Em “Fruta de palma”,
livro de crônicas rudes e sertanejas, o autor fala sobre fatos e pessoas de
Santana. É um bom auxiliar variado para se encontrar o que se procura no geral
de cada crônica ou em frases soltas que servem de pistas importantes. “Modernismo
e Realismo” é profundo sobre literatura nordestina, alagoana e santanense.
Professor de história e português não pode ignorá-lo. “Santana do Ipanema conta
sua história”, puxa mais para a parte sociológica. Apesar de alguns erros como
datas e alguns fatos, não compromete o todo, visto pela ótica dos autores. Não
deixa de ser uma obra relevante para a história local. E “Vim para ficar”,
narrativa pessoal do autor – talvez seja a melhor das suas obras – onde se acha
algumas rápidas informações embutidas sobre a cidade que auxilia bem as
pesquisas.
Melhores informações
pelo contato: clerisvaldodaschagas@gmail.com.
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