TURISMO NO TATUAMUNHA
Clerisvaldo
B. Chagas, 15 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Quando se fala em
turismo o litoral norte de Alagoas se apresenta com Maragogi. Existem muitos
outros municípios de praias belas e desertas ainda sem estrutura para tanto.
Mas há cerca de nove anos, vem acontecendo um turismo silencioso e sustentável
naquela região através do rio Tatuamunha que divide os municípios de São Miguel
dos Milagres e Porto de Pedras. Ali está localizado um dos santuários do
peixe-boi marinho com trechos protegidos pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade. Dez mil pessoas por ano passeiam pelas águas
tranquilas do Tatuamunha com turismo controlado. Mais de vinte jangadeiros
conduzem os turistas em jangadas, com varas. Somente 10 deles podem entrar no
rio de cada vez, durante o dia, em que uma jangada conduz apenas 10 turistas, o
que dá 70 turistas/dia.
Mais de 100 famílias
vivem desse turismo, direta ou indiretamente. O visitante pode apreciar o
Santuário do Peixe-boi, o mangue, o rio, a fauna e a flora do trecho
estabelecido. O trajeto ida e volta dura em torno de 3 horas com dois remadores
e algumas paradas para observação. É bom lembrar, entretanto, que nem tudo são
flores. Existem vários problemas como esgotos das margens, lixo e desmatamento.
Ali perto, tenta-se o
turismo também através do rio Manguaba – o mais importantes daquelas bandas – e
que nasce no pé da serra do Lino. O rio Manguaba já foi escoadouro da produção
de açúcar dos antigos engenhos da região, inclusive de Porto Calvo. Vestígios
de velhas batalhas entre espanhóis e holandeses acontecidas naquela área, estão
sendo apontadas também como motivadoras dessa nova fonte de renda.
Como vimos, todas as
regiões brasileiras estão despertando para a grande indústria sem chaminé. E se
Alagoas chega a ser o destino mais procurado do Brasil para o turismo, a
periferia dos principais centros também quer pegar nas “verdinhas”, no euro ou
mesmo no “peixe” brasileiro.
Do litoral ao sertão
o potencial é enorme, muito embora algumas autoridades adormeçam na esperança
de que tudo cairá do céu.
Fazer o que,
criatura?
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