SERÁ DIA 22 Clerisvaldo B. Chagas, 16 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.965 HELENA, PONTO DE E...

SERÁ DIA 22


SERÁ DIA 22
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.965

HELENA, PONTO DE ENCONTRO DO DIA 22 (Foto: livro 230, de B. Chagas).
Agendamos para o dia 22 próximo, o nosso encontro para avaliação do livro “O Boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, que foi escrito até 2006. Como escrever documentários da cidade, nunca foi compreendido pelas sucessivas autoridades, a urbe vai ficando sem a sua história real enquanto gasta-se o que não tem com um cantorzinho saído do buraco da onça, somente para fazer zoada na praça. O maior documentário jamais produzido no interior do estado não baterá mais à porta dos donos do poder que têm obrigação de publicar documentos úteis à população e existe verbas aos montes para isso. Sem questionar, estaremos na Escola Estadual Profa. Helena Braga das Chagas, apresentando em vídeo o nosso trabalho dia 22 próximo (quarta-feira) as l9 horas e 30 minutos.
A Escola Helena Braga enviou convites para esse encontro, às escolas, sem exceção, para que seus mestres possam apreciar, questionar e sugerir como publicá-lo. Não somente os professores de Geografia e História estão convidados, mas qualquer pessoa de Santana do Ipanema que esteja interessada em sua história. Após a apresentação e conclusões, será mostrado o “Projeto Resgate do Campo” que terá início no próximo mês de setembro e já possui a parte de gabinete bem adiantada. O nosso projeto é aberto e todos os cidadãos e cidadãs podem se engajar. Como? Indo ao encontro do dia 22 para se inteirar de tudo. Confirme sua presença com o professor Marcello Fausto, coordenador da Escola Helena.
Agradecemos o apoio do diretor e professor Ivanildo Ramalho que deseja uma escola modelo para o Helena e confia que o nosso trabalho no campo seja de qualidade e digna de primeiro mundo. Assim também esperamos o apoio desde o gari ao empresariado santanense e das demais unidades de ensino, Imprensa, pesquisadores e cidadãos comuns. Todos estão convidados para a noite do dia 22 (quarta-feira) às l9 horas e 30 minutos.
“A união faz a força”.
                                                                                                                                     

  

  FOI NA HISTÓRIA GERAL, FOI EM SANTANA Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1...

FOI NA HISTÓRIA GERAL, FOI EM SANTANA


 FOI NA HISTÓRIA GERAL, FOI EM SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.964

JURITI, a resistência dos últimos sapateiros. (Foto: Clerisvaldo B. Chagas).
“Antes da Revolução Industrial, as formas de produção predominante nas cidades europeias eram o artesanato e a manufatura.
No artesanato as tarefas eram feitas geralmente pela mesma pessoa. No caso de confecção de sapatos, por exemplo, era o sapateiro que inventava o modelo, cortava, costurava, colava o couro e dava acabamento. O artesão era dono da matéria-prima e das ferramentas e conhecia todas as fases da produção; a oficina ficava num cômodo da sua própria casa.
A partir do século XV, com as Grandes Navegações e as conquistas de mercado na África, na Ásia e na América, aumentou muito a procura por produtos europeus. Muitos negociantes da Europa passaram, então, a reunir trabalhadores em grandes oficinas e a oferecer-lhe a matéria-prima e uma remuneração pelo serviço realizado. Essa forma de produção é chamada de manufatura. Nela, a oficina e as ferramentas pertencem ao capitalista e ocorre uma divisão de trabalho, cada trabalhador realiza uma parte do trabalho.
Depois, com a criação de máquinas industriais movidas a vapor, ocorreram mudanças profundas. Cada uma dessas máquinas substitui diversas ferramentas e realiza o trabalho de várias pessoas. As pessoas foram deixando de trabalhar em casa, ou em oficinas e passaram a trabalhar em fábricas para um patrão em troca de salário. Essa nova forma de produção recebeu o nome de maquinofatura”
JÚNIOR, Alfredo Boulos. História, sociedade e cidadania. FTD, São Paulo, 2015. 3a. ed. Pag. 80.
Aqui, em nosso Sertão velho de guerra, sentimos essa mudança a partir dos anos 60, em Santana do Ipanema. Os sapateiros individuais foram convocados ao trabalho pelos patrões capitalistas, deixando assim o artesanato e formando a manufatura. Havia várias fabriquetas de calçados como a de Seu Elias, na Rua São Pedro; a de Seu Pim-Pim em pleno centro comercial (onde foi após, as Casas Lima) e a de Seu Evilásio Brito na Rua Barão do Rio Branco.
Sem querer falar mais no leite derramado, todas fecharam e a nossa cidade perdeu a oportunidade de ser no futuro um grande polo calçadista do País.
Haja ignorância no mundo.