quinta-feira, 6 de setembro de 2018

LAGOA DO MIJO




LAGOA DO MIJO
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de setembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.978

SÍTIO LAGOA DO MIJO. (FOTO: CLERISVALDO B. CHAGAS).
Estar completando 247 anos do primeiro documento de que se tem notícia de Santana do Ipanema, Alagoas. É uma escritura de terras que estabelece limites para venda de uma fazenda. Estamos no tempo das sesmarias que permitiram expedições colonialistas e povoamento dos sertões nordestinos. Em 1771, chegaram pessoas ligadas a reivindicações de sesmarias na Ribeira do Panema. Mas os fundadores de Santana do Ipanema, não foram os primeiros indivíduos a pisar nas futuras terras de Senhora Santa Ana. Mesmo com a outorga de sesmaria, aquelas pessoas compraram mais terras daqueles que chegaram antes. Entre essas terras estava apontada como marco, a Lagoa do Mijo que ainda permanece com essa denominação tradicional, embora os moradores também chamem o sítio de Baixa do Tamanduá.
 Supõe-se que havia uma lagoa naquela parte mais baixa do terreno, onde o gado bebia, chafurdava e urinava. Estamos regatando a zona rural para uma possível Geografia Física do Município e também as denominações dos mais de 140 sítios existentes e devidamente fotografados. A Lagoa do Mijo ou Baixa do Tamanduá, é um sítio habitado por pessoas negras, provavelmente migrantes da aldeia quilombola do sítio Jorge, situado na margem direita do rio Ipanema, em  Poço das Trincheiras. Houve migração do sítio Jorge para o atual povoado Alto do Tamanduá, na BR-316, limite de Poço das  Trincheiras/Santana do Ipanema. E do povoado Alto do Tamanduá para a Baixa do Tamanduá ou Lagoa do Mijo, no município vizinho. Também houve migração do sítio Jorge para Santana, possibilitando a existência do lugar Alto dos Negros, perto do Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues.
Nesse museu a céu aberto não teve incêndio que o destruísse. Continuamos as pesquisas, até agora, sem ajuda nenhuma das autoridades, somente no peito e na raça, entregando documentos e mais documentos ao povo santanense.
Quem procurar conhecer o modus vivendi da Lagoa do Mijo ou da Baixa do Tamanduá, vai encontrá-lo após cerca de 3 km  de Santana, às margens da BR-316.
Quer ir “mais eu?”.




                                                     

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O PAPA, O PLÁSTICO E OS PIRADOS


O PAPA, O PLÁSTICO E OS PIRADOS
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de setembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.977

FOTO: (OPINIÃO E NOTÍCIA).
Sobre a poluição que atinge os mares, principalmente do plástico, até o Papa se preocupou, fazendo pronunciamento a respeito de tão importante assunto, mas relegado ao esquecimento. Apelou o Papa às ações concretas que ponham fim aos plásticos inertes nos oceanos, pedindo ainda que os oceanos sejam pontos de encontros e não de separação. O Pontífice apelou para a proteção do bem inestimável que são as águas, lembrando a responsabilidade imperiosa, um desafio real e que muitos esforços têm desaparecido. O Papa pediu também para que sejam protegidas as pessoas que arriscam suas vidas à procura de um futuro melhor. Em 2017, a ONU lançou uma campanha internacional pela solução do problema plástico marinho.
Infelizmente muitos países desenvolvidos através dos oceanos com suas rotas comerciais, têm ignorado o problema do lixo marinho. Mas, no caso do plástico, este material já tomou conta do mundo e não se pode apenas culpar os países ricos. O lixo plástico está por todas as partes, nos navios irresponsáveis e nos continentes levados das ruas para os córregos, para os rios, para os mares. Através das correntes marinhas rodam o mundo se acumulando em pontos já descobertos pelo homem. Quase toda a população mundial está mais preocupada com outros problemas e não em salvar o globo deixando de realizar a sua parte. Não se pode esquecer que temos somente este planeta para viver e que está semeado de mazelas como doenças gerais, guerras, fome, ódio e desertificação.
Estima-se que 10% dos plásticos produzidos no mundo terminem nos oceanos e que 60 a 80% do lixo marinho sejam plásticos.  
Pelo menos Alagoas chega com um exemplo importante, sendo o primeiro estado do Nordeste a conseguir eliminar os seus lixões. Os mesmos antigos lixões levados pelas enxurradas, riachos e rios para os mares. Elimina assim também a contaminação dos lençóis freáticos, fontes, riachos, rios, represas e açudes, melhorando a qualidade de vida de pessoas e animais.
O Papa tem razão. Dignificar a vida.


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