quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

ANTONIO MACHADO E FLORO NOVAIS



ANTÔNIO MACHADO E FLORO NOVAIS
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2041


Abrindo espaço para o escritor olhodaguense, Antônio Machado:
FLORO NOVAIS, HERÓI OU BANDIDO?
16/01/2019
     
      Permita-me caro leitor, este rasgo de minha intimidade, o que mais gosto de receber como presente são livros, e neste fim de ano recebi logo três livros do renomado escritor sertanejo, Prof. Clerisvaldo B. Chagas, santanense de sete costadas. Sou leitor e admirados desse insigne homem das letras, antes de conhecer fomos fundadores da ACALA. Esse talentoso escritor não para, está sempre presenteando a sociedade com novos trabalhos literários, que alguns têm provocado impactos em seus leitores, porque o escritor não deve só escrever o que o povo quer, mas o que o povo precisa saber.
     Neste ensaio modesto, atenho-me no romance documentário Floro Novais, herói ou bandido? Publicado em primeira edição em 1985, há 33 anos, e eis que em boa hora o escritor atendendo a tantas solicitações do público leitor, relançou a obra numa 2ª edição carregada de mais informações, perpetuando assim na história àqueles que fizeram história com sua valentia e palavras empenhadas. A convite do próprio escritor, participei de algumas incursões na busca de fatos verdadeiros para o enfeixo da obra, dado nosso círculo de amizade. Surpreendeu-me, pois, quando após a obra pronta (1ª edição) o autor me incumbiu do honroso trabalho de prefaciar seu livro. Ainda lhe disse que talvez não fosse a pessoa indicada para àquela tarefa, porém o bom amigo, persistiu, e eu aquiesci. E o livro saiu com meu prefácio, sendo uma obra escrita a quatro mãos, Clerisvaldo B. Chagas e o estreante França Filho e saiu com meu prefácio o autor lançou a obra na época em várias cidades sertanejas onde participei de alguns eventos, sendo hoje edição esgotada. E agora, vem a 2ª edição mais aprimorada e meu prefácio continua, obrigado caro confrade por suas gentilezas.
     Conheci Floro Gomes Novais, de perto visto ser ele amigo de meu pai, que também se chamava Floro. Floro Novais nasceu no dia 18 de janeiro de 1932, sendo filho do casal Ulisses Gomes Novais e Guiomar Guedes de Aragão, residentes no sitio Lagoa dos Bois ou Quixaba município de Olivença (antigo Capim), em Alagoas. Floro Novais dada suas peripécias no mundo do cangaço, veio a falecer no dia 24 de fevereiro de 1971, com menos de 40 anos de idade. Era homem fleumático, sangue quente, mas amigo de seus amigos, se dizia não ser pistoleiro de aluguel, só matava por vingança, pela honra de seu pai que fora barbaramente assassinado por uma rede de pessoas que ele conhecia. Filho de um casal pacato da roça Ulisses Gomes Novais e Guiomar residiam naquele sitio numa vida de casal da roça, mas encontrou a morte fatídica no dia 05 de outubro 1952, foi o estopim para que Floro Novais entrasse num mundo tenebroso do cangaço. Toda essa odisseia foi pesquisada pela argúcia e a perspicácia desse romancista pesquisador com seriedade e profundidade para escrever e publicar a vida desse bandoleiro, Floro Novais que se não ganhou dinheiro com os crimes que perpetrou, mas entrou para história como criminoso, o livro em apreço vale a pena ser lido por estudantes e pesquisadores como obra antológica do cangaço.


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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

AINDA O CASO PINHEIRO



AINDA O CASO PINHEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.040

FOTO: PEI FOM/SECOM/MACEIÓ.
     Volta à evidência o caso do Bairro Pinheiro que não é apenas um negócio de brincadeira. Alguém já disse que o subsolo de Maceió é como se fosse um tabuleiro de xadrez, segundo a minha interpretação. A proximidade do mar e de duas lagunas, mais explorações de petróleo em terra, salgema e água mineral, deixam um vasto campo para os pesquisadores profissionais. Além disso, fala-se também que antigamente na região do Pinheiro havia uma lagoa que foi aterrada e posteriormente loteada e as construções dos casarios. Sabemos ainda que Maceió já teve regiões de alagadiço transformadas em aterro, com muito sacrifício. Não se espera meia sola diante de equipe nacional de geólogos, diante da seriedade do fenômeno. Qualquer que seja o diagnóstico da causa imediata, não satisfaz, uma vez que o povo quer resposta para todos os casos citados acima.
     Sobre o caso da existência de uma antiga lagoa, não foi dito nada sobre a sua extensão e profundidade. Entretanto, são fortes as evidências de causas por exploração mineral. O vácuo que se deixa com a retirada de sais, água mineral ou petróleo, pode afundar o terreno, muito embora falem em preenchimento das cavidades com água. A realidade é que a população não fica bem informada com as explorações de minerais. E quando se informa alguma coisa, é sempre pela metade com parte mascarada. Portanto, as informações dos técnicos do governo não poderão ser apenas evasivas e teóricas. Espera-se uma verdade ampla sobre o caso, pois se trata de centenas de vidas humanas no Bairro Pinheiro.
     Por outro lado, estão aí as oportunidades para acadêmicos e profissionais de Alagoas participar de estudos nas áreas da Geografia, Geologia e mesmo da Sociologia que envolve o drama daqueles moradores. Aliás, excelente oportunidade para exercitar o faro investigativo dos estudiosos. Pelo que sabemos, a Defesa Civil está tomando todas as medidas cautelares, mesmo assim é preciso dormir com um “olho fechado e outro aberto”.
O Bairro Pinheiro fica na parte alta de Maceió e se encontra densamente povoado.
Aguardemos as conclusões dos estudos.





                                                                                           




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