terça-feira, 28 de maio de 2019

TRABALHO INTERROMPIDO


TRABALHO INTERROMPIDO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.116

POÇO DA PEDRA. (FOTO: CHARLES CÉSAR)
Meus leitores sabem de um trabalho anunciado por mim, sobre os sítios de Santana do Ipanema com históricos e fotografias – coisa inédita no Brasil. Mais de sessenta por cento foi realizado. Entretanto, um pico hipertensivo e um atendimento fraco de autoridade, sobre um transporte, fizeram-me deixar tudo de lado. Este trabalho sobre a zona rural seria tão importante e revelador quanto à história da própria cidade, ilustrado com belíssimas fotos. Podemos falar: a redenção gráfica dos sítios e a autoestima dos seus habitantes. Sempre foi complicado fazer história sem sequer  uma companhia. São cerca de 130 lugares que teriam suas origens reveladas e estas origens se perpetuariam para esta e futuras gerações;
Quando este intento, parecia completamente sepultado, sou surpreendido pela foto no Face do poeta CharlesCésar, morador do sítio Poço da Pedra. O sítio Poço da Pedra está localizado em partes baixas e mais altas do relevo da serra da Lagoa. É banhado pelo riacho Gravatá, um dos afluentes do rio Ipanema. Em suas imediações acha-se a serra do Cabeça Vermelha ou serra da Laje, novo ponto de esportes radicais como escaladas. Vendo a foto do amigo, bateu-me novamente a vontade de terminar e publicar o trabalho, nem que fosse de forma rude. O que você acha? A foto do poeta cordelista Charles, com o seu texto, revela a origem do nome do sítio, assim com estou fazendo com todos os 130 outros. O lugar é chamado por causa de um poço do riacho Gravatá, formado em local onde havia uma pedra de forma cilíndrica e sombreada por algumas árvores.
Estou perto de encerrar a minha prioridade que é inaugurar a biblioteca da Escola Estadual Profa Helena Braga das Chagas. Ao terminar esta missão, quem sabe, com a ajuda física e logística de alguém, o trabalho histórico, geográfico e social não possa continuar com êxito!... O negócio, companheiro (a) é que ninguém oferece um copo d’água para ajudar nas pesquisas. Quando se publica é fonte para o município e Brasil inteiro. Chove parabéns que a mim parece o amargor da culpa.
Obrigado pela sua atenção.



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domingo, 26 de maio de 2019

RECADASTRAMENTO


RECADASTRAMENTO
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.115
PRAIA AVENIDA DA PAZ. (FOTO: BRUNO TENÓRIO).
Sem ter como fugir à convocação do governo estadual, lá se vão os matutos para Maceió. Um caminho que parece mais fácil é recadastrar o servidor no seu próprio município ou região, evitando despesas com alimentação e passagens. Mas o chamamento dos aposentados é para a capital e pronto. Não se recadastrou, cabra velho, não recebe o quinto do que você merece. O melhor mesmo é juntar os panos e partir, pois, segundo o sertanejo, “o pouco com Deus é muito”.  Estamos no meio das levas que irão até a Avenida da Paz para a prova do “ainda estou vivo”. Sangue geográfico, vamos observando a vegetação, o tempo, olhos grudados nas serras que ornamentam este maravilhoso solo alagoano.
E ali perto das Lojas Americanas, aproveitamos para lançar um olhar comprido para o oceano.  O dever chama e vamos penetrando na estrutura de vidro onde um enxame de gente procura a salvação. Verdade seja dita, um atendimento raro jamais visto por essas bandas. Recepção imediata para quem chega rápida triagem de documentos, guia para levar a uma sala, guia para levar a segunda sala, eficiência nos guichês e, num piscar de olhos você está recadastrado. Papelada em dia, você se afasta pensando em aproveitar o tempo restante na capita. Da nossa parte vamos até o IPASEAL acertar pepinos até que o meio-dia futuca a fome guardada.
Procuramos o Restaurante Marhiá, ali pertinho, casa típica com traçados regionais nas paredes e peças artesanais ornando até as mesas com objetos de barro e tábuas de carne. Ambiente nota dez (recomendo) e organização tão eficiente quanto fora a do recadastramento. O Sol vai pendendo para o poente e vamos aproveitando o comércio para os últimos retoques do dia, perto do “açude do governo”, o mar.
Final de tarde de um dia profícuo e cansativo quando um copo d’água, um banho reparador e um cochilo prolongado fazem toda a diferença.
Diz o velho Sertão de guerra: “Rapadura é doce, mas não é mole, não”.




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