segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ORGULHO NORDESTINO


ORGULHO NORDESTINO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de setembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.175
PARQUE EÓLICO. (IMAGEM: G1-GLOBO).

Especialista em Geo-História, sempre fui um apaixonado pela Geografia Física: planícies, planaltos, rios, lagos, montanhas... Mas não muito chegado à Geografia Humana. Entretanto, abraçava alguns temas, como formas de energia, muitas delas ainda engatinhando pelo mundo: hidráulica, gás natural, petróleo, carvão, nuclear, biomassa, eólica, solar geotérmica, marítima e biogás. Tudo repassado para meus alunos com amor, esmero e didática, sempre recheados como exemplos. Na época, a energia mais usada no Brasil era como ainda é, a energia hidroelétrica que representa alta percentagem de consumo. Nosso objetivo não é descrever nem esmiunçar esse tema tão importante que sem ele não há desenvolvimento.
Mas também aquele velho Nordeste a Luiz Gonzaga, Nordeste de seca, miséria, coronéis e discriminação passou. Assim como passou as inúmeras batalhas contra os estrangeiros em que o Nordeste formou esse Brasil. Hoje o Nordeste é um país imenso onde cabem vários países da Europa e do mundo. Suas indústrias e mais e mais implantações com vários centros de desenvolvimento não param de crescer e atrair riquezas e progresso. E chamamos atenção da nova realidade energética com destaque para a energia dos ventos (eólica) e energia solar (solar). Sempre batendo recordes em energia eólica, continuamos expandindo o setor e, inclusive, exportando energia limpa para o Sudeste, quanta ironia!
O restante desse Brasil amado que nos aguarde, mais hoje, mais amanhã, a dianteira geral nos espera. As enormes pás que agitam os ventos nordestinos e as placas voltaicas que geram a energia limpa, vão atraindo novas indústrias e investimentos asiáticos, europeus e africanos. A nova feição nordestina vai se impondo, criando uma nova geografia que somente o cego não enxerga. E entre esses vários centros de desenvolvimento que surgiram e se consolidaram, vão sendo preenchidos os corredores que a ales se interligam. Podemos afirmar que essas paisagens das pás eólicas com as quais no deparamos de repente, simbolizam o Novo Nordeste de todos os negócios e um futuro chegado de respeito, desenvolvimento, bem estar e orgulho.
ORGULHO DE SER NORDESTINO, CABRA DA PESTE, SIM SENHOR.








Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2019/09/orgulho-nordestino.html

domingo, 1 de setembro de 2019

QUANDO CHEGAR A PRIMAVERA


QUANDO CHEGAR A PRIMAVERA
PARA POETAS, ESCRITORES E POVO SANTANENSE
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de setembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.174

CANTO DA POESIA. (FOTO: B. CHAGAS).
O mês de setembro inicia com a capital em dia agradabilíssimo, com as últimas tamboeiras do inverno. Bate a saudade do meu sertão e lá vai o homem guiado pelo canto do bem-te-vi urbano. Para que aguardar o dia 23, a primavera geral e das orquídeas, jasmins, violetas, hortênsias, margaridas e crisântemos? E o  passante indaga quem é aquele. O interrogado parece ter certeza no que afirma: “não é um poeta fotografando o belo!”. De fato vamos percorrendo os recantos e enchendo a alma com as margaridas dos terrenos baldios. Os pássaros Sibites, anunciadores da tardinha sumiram, mas o bem-te-vi ainda sobrevoa as corolas orvalhadas. Nem os roncos excessivos dos veículos retiram as belezas invejáveis dos jardins.
E vamos caminhando de brincadeira mental pelas margens do nosso rio interiorano. Pelos troncos marrons dos mulungus; distanciando das flores brancas, compridas e rendadas da unha-de-gato; sentindo o perfume gostoso do velame; deslizando as mãos nas folhas verdes e escuras das carrapateiras, espiando os flexíveis marmeleiros; testemunhando o baixar das águas de fim de estação. Céu branco/céu azul, pássaros canoros denunciando os passantes. Chouto de raposa na apertada trilha; corrida nervosa de preás e muitos sonhos derramados no verde aquático do poço Escondidinho. Tufo giz de nuvens passageiras ajuda os desenhos na tela da Natura.
Quanta beleza!
Sonho sonhado, sonho vivido, volta-se à realidade citadina. Descarta-se a ferocidade do cinza, do cimento, do concreto, porque toda esquina tem poesia, tem quimera, tem idílio, amor terno e delicado. Abrem-se as janelas, o divino compõe nas brisas que arejam o âmago. Mas falta a moça. A moça formosa e pensativa no peitoral da moldura. Quem sabe se a ausência feminina não é a alma da estrofe esvanecida! Vendo coisas, sentindo coisas, escrevendo coisas, lá vai o humano enlevado planando nos colóquios misteriosos.
-- Bom dia, cidadão, precisando de ajuda?
-- Ah... Sim, sim... Com desembarcar dessa Nave Espacial?
QUANDO VIER A PRIMAVERA.









        




Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2019/09/quando-chegar-primavera.html