segunda-feira, 18 de maio de 2020

RESGATANDO A ZONA RURAL


RESGATANDO A ZONA RURAL
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de maio de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.306

FAZENDA DE CRIAR E A SOMBRA DA QUIXABEIRA.
Foi tentando resgatar a zona rural de Santana do Ipanema, suas belezas naturais, paisagens inéditas, dignidade e Modus vivendi do homem do campo que terminamos chegando ao desaguadouro, sem querer, da Geografia Física do lugar. A exemplo do livro escrito e ainda não publicado “Repensando a Geografia de Alagoas, completamente atualizada, repleta de belíssimas ilustrações, estamos também quase encerrando esse documentário, aguardando apenas o fim da quarentena para contatos que nos forneçam alguns detalhes interessantes. Dividimos a obra em três partes e demos o nome de “Geografia Física do Município de Santana do Ipanema (Ênfase Rural)
Foi assim que surgiu um sumário mais ou menos parecido com este: PRIMEIRA PARTE; Dados geográficos do município. Limites, Pontos extremos. SEGUNDA PARTE: As 11 Regiões Geográficas do Município. Nomes de Sítios das 11 regiões. Históricos de Sítios e Povoados. TERCEIRA PARTE: Aspectos físicos. Relevo, Clima, Vegetação, Fontes Naturais, Fontes Artificiais. Solo, Geologia.  Todos os topônimos dos sítios são resgatados e as inúmeras ilustrações ajudam na autoestima da população rural. Será um livro destinado a todo o povo santanense, em especial aos professores colegas de Geografia e História.
Como editar ainda não sabemos, mas a intenção é distribuir gratuitamente a obra, inclusive também aos ruralistas através do Sindicato da categoria. Além de rica ilustração fotográfica, as páginas contarão com mapas de Relevo, de Clima, de vegetação, Limites e Pontos Extremos. Ah, se os pesquisadores contassem com o incentivo do governo! Mesmo assim o esforço individual junta-se às forças divinas para o resgate do que é belo e útil à vida dos terráqueos.
A capa é uma foto artística da estátua do jegue e o seu botador d’água, assim como cada parte inicia com uma foto grande, isolada e representativa da terra. Esperamos pelo menos o apoio moral das várias faixas etárias santanenses.




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domingo, 17 de maio de 2020

SERTÃO É SERTÃO


SERTÃO É SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de maio de 2020
Escritor Símbolfo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.305DO
(Foto: Do Milho)

Para contrariar todas as más notícias que tomaram conta do Brasil, nosso inverno sertanejo pareceu antecipado. Desde o início do mês de maio que todos os dias chove no sertão alagoano. É uma chuva mansa como dizia o padre José Augusto, na Paróquia de São Cristóvão. São verdes os arredores de Santana do Ipanema, é verde o trajeto Santana – Maceió, é verde o nosso sertão antecipando o mês de junho. Pamonha e canjica já circulam na cidade numa prévia riquíssima para o semiárido. Em nossa cidade, no lugar Maracanã, tem pilhas de milho verde para venda em todos os dias. Chegam do próprio estado e estados vizinhos, fruto da irrigação espalhada por aí. O Maracanã é um entroncamento urbano do nosso Bairro Camoxinga para onde converge e diverge 5 ruas e mais a Br-316. Seu nome é apelido popular desde que foi implantada ali uma churrascaria que recebeu na fachada: “Churrascaria Maracanã”, há vária décadas. É o centro comercial do Bairro.  Além do milho verde, outros produtos estão sempre em evidência no entroncamento: macaxeira e tempero estão entre eles.
Para que notícia mais alvissareira em meio aos recados macabros do dia a dia? Nada melhor de que nessa quarentena receber um bolo de milho verde para o cafezinho da frieza de final de tarde. É o que estamos fazendo agora. Delícia, no amargor de notícias péssimas. Aguardamos a liberação sanitária para visitarmos os campos chuvosos e floridos, o boi pesadão de tanto pasto e o aboio do vaqueiro nas quebradas com a neblina das manhãs. Mas, em meio a tristeza e a alegria, o milho ainda é o Rei dos meses de inverno. Esperamos que de agora em diante amenizem e desapareçam os fuxicos ruins e, a estrela divina da misericórdia domine esse quadro sombrio que paira sobre o mundo.
Fé é a grande palavra. Perseveremos que São João não vai deixar o seu dia passar em branco. As previsões anunciam mais chuvas para a próxima semana. Ouro para o nosso sertão, para a capital, não sabemos. Aproxima-se o mês de junho. Diz o sertanejo: quando terminam as terras de Nosso Senhor, começam as de Nossa Senhora.  Assim vamos caminhando entre a dor e o sorriso que fazem parte desse mundo egoísta e desigual. Que venham os próximos dias com o Senhor dos Mundos à frente semeando amor, esperança e misericórdia.








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