sexta-feira, 10 de julho de 2020

SANTANA DO ALTO


SANTANA DO ALTO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.342
(PARA O AMIGO MENDES DO BLOG MENDES E MENDES)

CAPELA NO SERROTE DO CRUZEIRO (FOTO: LIVRO 230/B. CHAGAS.
Você que é visitante em minha terra, procure conhecê-la do alto. Cidade ladeirosa tem a vantagem de possuir mirantes naturais. Venha comigo e vamos conhecer alguns deles. Serrote do Cruzeiro, pequena serra frontal à cidade. O mais abrangente e tradicional de todos. Você escala o monte através de degraus entre arbustos e arvoretas. No cimo tem uma capela em homenagem a Santa Terezinha. O cenário é belíssimo e quem chega quer ficar mirando os arredores por horas a fio. Tem um cruzeiro à frente da capela, cujo marco foi implantado como passagem do século XIX para o século XX. Já foi chamado Morro da Goiabeira na década de 20.
Querendo, pode subir o serrote que vai mudando de nome, vizinho ao Cruzeiro: serrote do Gonçalinho, do Cristo e, ultimamente, da Micro Ondas. Este tem acesso para automóvel, sobe-se pela parte de trás, calçada com paralelepípedos. No cume você vai encontrar um Cristo e as torres de micro ondas. Sua paisagem é voltada para a parte leste de Santana, Bebedouro, Maniçoba, açude do Bode.
Nenhum mirante mostra a cidade completa, somente vistas parciais.
Também do lado norte da cidade você encontra o serrote do Pelado que mudou para Alto da Fé. O automóvel chega ao topo por acesso também de paralelepípedos onde vai encontrar uma paisagem bela dos arredores de Santana. Você vê a paisagem distante, mas o cenário próximo é somente parte do Bairro Monumento.
Fora esses mais conhecidos, Santana pode ainda ser vista do cimo da Serra Aguda, mais distante, do Hospital Regional e mesmo das faldas da serra Aguda. Você chega de automóvel no topo da serra onde está projetada a imagem sacra de Senhora Santana, a mais alta do mundo. O cenário é só maravilha para os arredores, porém o foco voltado para a cidade, mostra a urbe bem distante e pequena.
Muito pouco conhecido ainda é o morro do Bairro Lagoa do Junco, dos antigos quebradores de pedra. Lá do alto têm ângulos diversos e ainda não apreciados pela grande maioria do santanenses.
Sem espírito aventureiro só se conhece a poltrona.





I


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quinta-feira, 9 de julho de 2020


RESTAURAÇÃO
Clerisvaldo B.  Chagas, 9 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.341

Querendo procurar um restaurador para uma peça sacra, lembrei-me de procurar a Associação dos Artistas de Santana do Ipanema. Ali tomaria conhecimento de uma lista de restauradores, telefones e endereços. Todavia, também lembrei que não havia nenhuma congregação. Por sorte, veio à mente o meu vizinho de bairro, artesão Roninho, artista já famoso em Alagoas inteira e que ultimamente restaurou todos os monumentos de Santana do Ipanema com a sua equipe. Por outro lado, via na Internet o trabalho da artesã Izabel Barros, notando como é importante a divulgação dos seus trabalhos. Ainda estou em dúvida para quem levar a imagem de gesso de Nossa Senhora do perpétuo Socorro, para restauração. Isso após a pandemia. Isso me fez recordar Juazeiro do Norte e Arapiraca, em relação aos artistas.
Em Juazeiro, fiquei admirado com as centenas e centenas de artesão e artesãs que trabalham diretamente com o mundo religioso. Na volta resolvi trazer algumas peças de Nossa Senhora com seus diferentes títulos. Não poderia faltar a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, madrinha de toda a minha família. Mas como o tempo desgasta as imagens, mesmo com todos os cuidados. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro que guarda a minha casa, apesar de formosa assim mesmo, precisa de restauração em partes desgastadas e avivamento de cores.
Em Arapiraca, faz bastante tempo assisti palestra da, então, secretaria de cultura do município e, se não me engano foi realizada na Academia de Letras da qual fui um dos seus fundadores. A secretária e sua equipe havia feito um projeto para proteger, estimular e divulgar a arte arapiraquense pensando num êxito total, dissera. Aprovado e implantado, tudo que conseguiu foram críticas dos próprios artistas. Sentou novamente com a equipe para descobrir onde estava o erro. E com toda humildade nos confessou que o erro estava em terem feito o projeto sem ouvir os interessados. Voltou, disse ela, a se reunir, mas dessa vez com artistas e com direito à voz e voto. E assim o novo projeto foi implantado em consenso e sucesso para o mundo dos artesãos, artesãs e demais artistas. Segredo da coisa: HUMILDADE.
Uma associação na minha terra, tiraria muita gente do anonimato. Roninho já está consagrado, Izabel Gomes expõe nas redes sociais e assim vamos precisando dos serviços do artesanato genuíno do Ipanema.


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