domingo, 4 de julho de 2021

 

O QUE É UMA OBRA DE ARTE?

Clerisvaldo B. Chagas, 5 de julho de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.568

 

A Rua Antônio Tavares, em Santana do Ipanema, sendo a primeira rua após o quadro comercial da cidade, já passou por várias fazes e transformações. E quando se falava que a terra de Senhora Santana poderia chegar às dimensões de Garanhuns e de uma Campina Grande, dava até para se duvidar. Mas o então, prefeito, Joel Marques, afirmava isso naquele tempo. Campina progrediu muito, mas chegar a Garanhuns pode ser possível em inúmeros aspectos. Estamos falando da Educação, da Economia, da Saúde e mesmo do estiramento urbano. Mas aqui, acolá, podemos imitar a sua Natureza, nem que seja por um certo período. Estamos rodeando para chegar à obra-de-arte, proporcionada pela sensibilidade de Jeane Chagas, que mais uma vez nos envia uma foto da Rua Antônio Tavares em plena neblina.

Qual é o pintor que você conhece capaz de pintar um quadro em tela com todo o esplendor como este acima? Obra-de-arte é aquela que me seduz. Por mais que os “revolucionários” botem um pedaço de lata na praça e queiram convencer que aquilo é arte, ficamos com pena dele e passamos ao largo. Pois Santana do Ipanema virou Garanhuns, com a neblina que chegou à Rua Antônio Tavares. Claro que chegou também em outras vias, mas o registro partiu dali. E se houvesse um prêmio fotográfico?

As pessoas estão assim tão preocupadas com as coisas mais superficiais da vida e deixam escaparem aa belezas na simplicidade cotidiana. Hoje em dia, todos podem registrar uma cena diária que de repente entra para a história daquela comunidade. Apenas um celular com boa resolução, pode ajudar para uma obra-de-arte, mas também para um elo histórico que aquela pessoa teve o privilégio de registrar e que vai refletir, repercutir, ser lembrado, muitos e muitos anos à frente. Temos como exemplos fotos antigas que publicamos representando Santana. Reproduzimos desde as fotos dos anos 40 em diante, inclusive fotografia de 1787, 1900, 1915 e 1920/30.

Como é bom amar a terra em que a gente nasceu.

É até um grande tributo ao nosso Criador.

Bom mesmo é fazer dos nossos corações verdadeiras obras naturais de artes.

RUA ANTONIO TAVARES EM JULHO DE 2021 (JEANE CHAGAS).

 

 


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sexta-feira, 2 de julho de 2021

 

BARRAGEM
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.567

 

Barragem é palavra comum para a maioria das pessoas, entretanto, para aqueles que nasceram e cresceram perto de uma delas, o significado e a amor são profundos.  Estar na barragem em Santana do Ipanema durante as cheias do rio, é assistir mais uma vez a ópera das águas que atrai a metade da população para o espetáculo. Cada cheia, uma corrida para apreciação como se fosse a primeira vez. Barragem com rio seco, é assoreada. Jardim formado pela Natureza nas areias grossas, na parte de cima. Na parte de baixo, pedregulho ligado às sete passagens das águas as quais os santanenses a identificam com as “sete bocas” da barragem. Mesmo com o rio seco, o lugar reflete nostalgia sem fim para os que a conhecem de perto.

Muitos ali fazem convescotes. Outros sentam solitário nas suas bocas a meditar e beber. Lugar bom de pesquisar sobre a fauna e a flora, de acampar, de caminhar e de entender o que se procura da vida. Quando a barragem foi construída no início da década de 50, também formou uma casinha do outro lado do rio que originou o bairro do mesmo nome e que progrediu bastante e hoje está irreconhecível. O bairro dos cassacos (construtores de estradas) faz parte da BR-316, nela está enraizado e conta a epopeia da construção da rodagem antiga e da barragem que seria a grande fornecedora d’água para Santana. A barragem seca ou cheia sempre foi um ponto atrativo da cidade. A sua ponte continua sem nenhum retoque desde a construção. Coisa bem feita no tempo que os homens tinham vergonha.

Mas, para a exigência moderna, a ponte ficou estreita e as passarelas laterais amedrontam os pedestres, pois, além de estreitíssimas, têm baixa altura. Muitos transeuntes preferem esperar o trânsito momentâneo de automóveis, caminhões e carretas, para atravessarem correndo antes do próximo bicho de motor. Não é fácil porque a ponte é comprida igual a uma semana de fome.

Contudo, a velha barragem continua romântica e nostálgica como um idílio. Naturalmente algumas pessoas não conseguem enxergar doçura num monte de concreto. Mas, bem dizem os que entendem, “os poetas enxergam diferente”.

Fazer o quê?

(BOCAS DA BARRAGEM - DIVULGAÇÃO)

 


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