VOCÊ, O OVO E A GALINHA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de fevereiro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.657 Se o cro...

 

VOCÊ, O OVO E A GALINHA

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de fevereiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.657





Se o cronista descreve o cotidiano, vamos falar do ovo de cada dia. Não está com tanto tempo, comprávamos ovos na feira, nas bodegas. Era o chamado ovo de galinha de capoeira, daquela galinha criada solta ciscando nos terreiros de sítios e fazendas. O preço era baseado na unidade de medida: dúzia ou meia dúzia. Como tempo e moda mudam rapidamente, agora compramos ovo em supermercados e nos vendedores ambulantes, chamados “carro do ovo”, cuja medida evoluiu para 30 ovos embalados em bandejas de papelão. São ovos brancos de galinha de granja e ovo rosinha de galinha caipira. Dificilmente encontramos o ovo de capoeira. Os médicos recomendam mais o ovo de capoeira e da galinha vermelha, criada pastando, comendo milho e semiconfinada. Ovo sem aditivos químicos é mais sadio.

O ovo caipira tem a casca dura, é rosa por fora e tem a gema amarela, bem escura e bonita. Acontece que esse tipo de ovo recomendado, está vindo agora sem nenhuma diferença externamente, por dentro, a gema está com a mesma cor do ovo branco de granja: bem clarinho, além do seu sabor original ter sido trocado por um gosto de comida velha. O que está havendo? Em nossa opinião é a vez do “gato por lebre”. Não estamos afirmando, apenas sugerindo que o produtor estar usando a ração da chamada galinha branca de granja para alimentar também a galinha vermelha caipira. Pode não ser, mas tudo indica. Nesse caso é melhor comprar o ovo de granja branco que pelo menos tem sabor. Não aceitamos gato por lebre. Vamos voltar ao tempo do ovo da galinha de capoeira?

Os pardais estão a chilrear às 4.10 da madrugada, a barra do dia sai às 5hs da manhã, os pessoa das caminhadas passam com o arrebol e o carro do ovo levanta o trabalhador às 6.30 com a mesma cantilena de sempre, rua acima, rua abaixo. Prepare entre 13 ou 14 reais para uma bandeja do produto. A concorrência anda de moto, a “a moto do ovo”, mas os preços quase sempre são coincidentes. Prefere ovo de capoeira, caipira ou de granja?

São Bento do Una (PE) vai matando a fome do povo com suas granjas possantes.

Mas em que fica a questão do ovo da galinha vermelha? Você sabe?

BANDEJÃO DE OVOS CAIPIRA (IMAGEM/PROPAGANDA)

 

 

 

  OLIVENÇA ABRE O PRESENTE Clerisvaldo B. Chagas, 15 de fevereiro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.656 Ordem d...

 

OLIVENÇA ABRE O PRESENTE

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de fevereiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.656



Ordem de serviço dada pelo governador, Olivença vibra de contentamento com tamanho presentão estadual. Seu atalho Olivença – Batalha sendo finalmente asfaltado tirando a cidade de final de rota; aquela que só vai lá quem tem negócio!  Assim Olivença, antiga Capim, integra-se de uma vez por toda à Economia comandada por boa rede rodoviária onde a entrada e saída da produção flui com rapidez. O exemplo maior é para o leite, produto perecível que refrigerado percorre hoje grandes distâncias com a velocidade que os tempos modernos exigem. Assim será com tantas outras produções que precisam chagar com urgência ao destino. Todo o alto sertão via Santana do Ipanema, agora inda para Arapiraca ou Maceió não precisarão mais rodear por Olho d’Água das Flores, Monteirópolis e Jacaré dos Homens, bastará entrar por Olivença e continuar pelo antigo atalho de terra diretamente até à cidade de Batalha.

Esse atalho sai bem pertinho do Parque de Exposição e da entrada de Batalha pela via principal. O marco da emancipação de Santana do Ipanema, parece receber novamente carta de alforria rodoviária que permitirá à cidade e todo o município um novo horizonte de progresso para o povo oliventino.

Olivença, antes chamada povoado Capim, foi emancipada de Santana do Ipanema através da Lei 2092, no dia 2 de fevereiro de 1959. Os nomes de famílias de lideranças formaram a denominação Olivença e assim continua após 63 anos como município. Tem acesso asfáltico ligado a AL-120, meio Santana, meio Olho d’Água das Flores.  A nova construção asfáltica prossegue com este acesso, atravessa a cidade saindo pelo lado oposto diretamente para a cidade de Batalha.

Dois festejos importantes de Olivença é a data da Emancipação e a homenagem à Nossa Senhora do Carmo realizada em 16 de julho o que de certa maneira coincide com a da padroeira de sua antiga sede, Santana do Ipanema.

A festa da ordem de serviço para construção da estrada Olivença – Batalha, não é somente “presentaço” para a aniversariante, mas um pacotão de benefícios para o Médio e o Alto Sertão alagoanos.

Lembrando Juscelino: “Governar é abrir estradas”.

PRAÇA EM OLIVENÇA (FOTO IBGE).