VISITEI Clerisvaldo B. Chagas, 5 de fevereiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.182   Você já ouviu falar n...

 

VISITEI

Clerisvaldo B. Chagas, 5 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.182



 

Você já ouviu falar no livro documentário SANTANA REINO DO COURO E SOLA. O único livro da cidade que fala sobre o auge dos Curtumes, das fabriquetas de calçados, dos sapateiros, dos artesãos do couro e de uma época áurea de Santana do Ipanema, graças a minha vivencia da época e o complemento de muito mais de 50% por do cidadão, Daniel Manoel Filho que no momentos de várias entrevistas a mim concedidas, contava com 84 anos de idade, Um homem que eu só o tinha visto na minha infância e que trabalhou em todos os curtumes de Santana, falando de cátedra o que tem no livro, Um livro de poucas folhas, mas de uma riqueza cultural enorme com detalhes que impressionam e ainda o único sobre esses assuntos. Não existe na cidade uma só palavra impressa a respeito do que abordamos. Livro relíquia.

Pois bem, voltei à casa do senhor Daniel Manoel, para que esse historiador oral, me contasse detalhadamente sobre dois episódios de violências, acontecidos na área do livro e que foram de enormes repercussões na época. Na pesquisa anterior não tive coragem de registrar os dois fatos históricos do Bairro Maniçoba/Bebedouro, mas agora surgiu uma vontade súbita em fazê-lo e fui à casa de Seu Daniel que me detalhou ambos os casos. Estou pensando em inclui-los na próxima edição de SANTANA O REINO DO COURO E DA SOLA, com a narração exclusiva e detalhista do senhor Daniel.  E ainda surgiu um outro caso de violência naquela área, já registrado pelo nosso conterrâneo e saudoso escritor Oscar Silva.

Todavia, Seu Daniel que morava perto de todos os três episódios brutos, discorda em um ponto, do escritor. Ficamos de retornar à sua casa para esclarecimento do que realmente ocorreu. Nesse caso, como o livro é Documentário histórico, iremos colocar o texto do escritor Oscar e a correção de Seu Daniel Manoel Filho. Lembramos que apesar de alguns benefícios que o bairro já recebeu, continua sendo isolado pela nova situação rodoviária que o deixou na contramão. Só se vai ao Bairro Maniçoba/Bebedouro se tiver negócio. É como Fernão Velho, em Maceió. Mas chega a doer, a falta de pesquisadores sobre a nossa história municipal. Será que eu vou gritar sozinho:

“Viva Santana do Ipanema! ”

 HISTORIADOR ORAL, DANIEL MANOEL (FOTO: B. CHAGAS).

 

 

  DESERTO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de fevereiro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.181   Geralmente o deserto ...

 

DESERTO

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.181

 



Geralmente o deserto é descrito como uma zona árida, com precipitações atmosféricas irregulares ou escassas, vegetação inexistente ou rara e relevo formado por determinadas rochas. O maior deserto do mundo é gelado que é a Antártida. Mas vamos falar no deserto quente. Na linguagem popular deserto é um lugar desabitado ou com raríssimos moradores humanos. Os solos costumam ser arenosos e grosseiros e esses lugares possuem uma grande amplitude térmica, isto é, são enormes as diferenças de temperaturas entre o dia e a noite. A fauna do deserto é bem diversificada, mas cada deserto no mundo tem suas características própria. Pode ser encontrado animal que existe em um tipo de deserto, mas em outro não.

Obs. Na crônica costumamos economizar espaço, sem obedecer parágrafos em mudança de assunto.

No sentido abrangente podemos encontrar nos desertos, animais como o Camelo, o dromedário, o antílope, a cabra, ratos, lagartos, cobras, aranhas, insetos, aves migratórias, gazelas, hienas ursos, marsupiais, lebres, cangurus e escorpiões. Um deserto pode ser muito extenso e ser conhecido por um nome geral, porém, por onde ele vai passando, vai recebendo nomes locais.  Se no deserto, pouco chove, se o deserto é pouco habitado, mas sempre tem aquela pessoa, cuja natureza pede muito pelo seu isolamento. Pessoas que sentem o prazer da solidão, assim como outras que da solidão têm medo. E as primeiras vão viver no deserto, numa caverna, numa loca de pedra, num ranchinho feito de lata, de terra, de qualquer coisa assim. Sentem um prazer enorme nessa condição de eremita.

Muito pior do que o deserto físico, é o deserto do coração humano. Quando o coração da pessoa se torna árido, seco, duro, sem amor, sem compaixão, sem o mínimo de afeto, pode concorrer com o Saara, com o Kalahari, com o Atacama que por também sentem certo não será negado o merecido troféu. Com certeza já estamos vivendo a Nova Era, tão falada lá atrás, porém, devido a influência forte dessa divisória, difícil fazer comparações entre os seres humanos, com tantos absurdos por eles provocados. O psicólogo, o analista, o observador atento, também sentem intensa dificuldade em decifrar essa mentalidade nova das últimas encarnações, para o bem ou para o mal.  Mas um deserto é sempre um deserto.

DESERTO (FREEPIK).