(Clerisvaldo B. Chagas. 13.10.2009)
Dizem os nutricionistas que a melhor refeição ainda é o feijão com arroz, salada e bife. Ainda bem, para nós pouco importa o motivo, estamos novamente a contemplar a movimentação do progresso agrícola pelas ruas da cidade. E se a nossa vizinha, Senador Rui Palmeira, resolveu reviver a Festa do Feijão — à semelhança de Santana — parabéns para ela. Senador Rui Palmeira, a antiga Riacho Grande, sempre foi a grande fornecedora de feijão para Santana do Ipanema e para o Brasil inteiro. Mesmo situada no alto sertão, suas terras são apropriadas para o plantio. No passado, o município de Rui Palmeira chegou a rivalizar com Santana e vivia, durante as safras, abarrotadas de carretas do país inteiro em busca do feijão. A feira passou a igualar-se a de Santana do Ipanema e, o comércio de cereais da “Rainha do Sertão”, faltou pouco para perder a liderança do ramo.
Além do simples movimento do produto e dos inúmeros eventos, as atrações dos festejos, contribuem com enorme quantidade de visitantes, que alem de abrilhantarem a festa, vão semeando o real pela cidade inteira. O sertão tem que mostrar que não estar morto. Se as fileiras de caminhões tivessem tido o acompanhamento da mídia local, por certo novamente Santana seria lembrada nacionalmente como aconteceu com o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo. Enquanto isso o Bairro Camoxinga, desmembrado em São José, vai recebendo as cargas desses profissionais do volante que às vezes cochilam na fila enquanto aguardam a vez de penetrarem no enorme armazém da CIDAL. E nós que passamos por ali todos os dias, vamos abençoando com o fundo dos nossos mais nobres sentimentos a grande FILA DO FEIJÃO.