segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O RIO DOS ANALFAS


O RIO DOS ANALFAS
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1819

PONTE SOBRE O RIO IPANEMA.  FOTO: (LUCAS MALTA).
A poluição do rio Ipanema pela margem esquerda tem início na primeira rua que desce até ele, vinda do Lajeiro Grande, passando pela antiga fazenda de Isaías Rego até o Poço Grande.  A descida dos esgotos é perene. Depois inicia pelas casas que ficam defrontes ao Matadouro e vai até a Rua da Praia. Além disso, o Ipanema recebe todo o lixo caseiro e esgotos a partir da ponte do Colégio Estadual, onde dezenas e dezenas de casas, despejam seus dejetos diretamente no riacho Camoxinga, que desaguam no rio Ipanema. A margem direita precisa ser estudada, mas existem várias pocilgas tanto na margem esquerda quanto na margem direita, despejando no Ipanema, algumas delas usando longas encanações.
Várias casas comerciais descartam o lixo diretamente no rio Ipanema, na calada da noite. É uma vergonha o que acontece no trecho urbano do rio completamente indefeso. Não se vê um só representante do povo gritar pelo rio Ipanema, nem no Legislativo e nem no Executivo. A sociedade organizada cruza os braços e bate as mãos como se o problema não fosse da sua competência. Em pleno comércio, as casas da Ponte Padre Bulhões, despejam suas latrinas para o rio. Nem IMA, nem IBAMA, nem AGRIPA, nem CASAL, nem Câmara e nem Prefeitura chegam juntos para resolver definitivamente o problema que estar encravado em pleno centro da cidade.
Cerca de três quilômetros de rio daria uma orla humanizada cheias de atrações e comércio relativos ao lazer, com novos empregos, novas paisagens e atrações tanto diurnas quanto noturnas. O leito do rio Ipanema limpo, poderia se tornar a grande área de divertimentos para os diversos bairros que o cercam com vários campos de futebol, como foi no passado. Mas a apatia das autoridades e a dormideira social tornam o projeto de grande futuro sem futuro algum, porque os olhares são curtos, não passam da proeminência do bucho e morre no umbigo.
Talvez muitos tenham razão em dizer que continuamos sendo um município que anda a reboque e pegue a venda da ignorância dos nossos contínuos dirigentes para colocá-las também na cara dos futuristas.

Amanhã mostraremos a solução.

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domingo, 7 de janeiro de 2018

MALABARISMO NA SERRA


MALABARISMO NA SERRA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.818

SERRA DA CAMONGA. (Divulgação).
Para quem estuda o relevo serrano do Sertão ou simplesmente gosta de mirar os montes, suas formas, suas altitudes, suas imponências, temos muito que apresentar no semiárido: Serra da Onça (ponto culminante de Alagoas), serra do Parafuso, Porteiras, Jurema, Lagoa de Santa Cruz, Sabonete, Caiçara, Poço, Tapera, Xitroá, Gavião, Camonga, Gugi, Macacos, Remetedeira, Brecha, Cavalos, Lagoa e dezenas de outras, cujos cimos pagam uma boa semana de férias.  Na serra do Parafuso estuda-se a instalação de usina eólica para aproveitamento dos ventos do lugar. Serra da Jurema foi onde nasceu o cangaceiro Corisco. Lagoa da Santa Cruz e Sabonete, contam aventuras de Lampião. Serra da Remetedeira foi onde nasceu o cangaceiro Gato Bravo. E a serra da Camonga, em Santana do Ipanema volta a ocupar a mídia.
Localizada a cerca de 2 km de Santana, a serra da Camonga possui lombo comprido que finaliza com uma ampla cabeça rochosa e que olha do alto para a cidade. Esse paredão rochoso que forma o precipício parece mulher sentada no trono de granito que faz lembrar as histórias de reinos encantados. Foi por isso que lhe coloquei o apelido de “A Baronesa”. Ultimamente a serra foi descoberta para a prática do montanhismo, ou seja, a caminhada no cimo e a escalada na cabeça. Contam os mais velhos que um vaqueiro perseguindo uma rês, caiu naquele penhasco. Uma cruz foi fincada em cima e o trecho ficou mal-assombrado até hoje.
Tínhamos uma fazenda nas faldas da serra, lado direito. A família Brandão, possuía fazenda ou chácara no topo. O saudoso professor Ernande Brandão, levava colegas para visitas ao cimo e, entusiasmado, falava das fruteiras e belezas do lugar. Lá de cima avista-se boa parte do Sertão com destaque para o açude do Bode, pertinho da cidade e formado pelo riacho do mesmo nome, cujas nascentes estão no Maciço de Santana do Ipanema, da qual faz parte a citada serra.
Desejamos sucesso ao grupo de rapazes que praticam o esporte de montanhas. Com as reportagens feitas, também a cidade é divulgada, muito embora com nariz virado para o lado oposto ao turismo.











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