CARA DE GRINGO Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2016 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.560 PRAÇA DEODORO. Foto: ...

CARA DE GRINGO

CARA DE GRINGO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.560
PRAÇA DEODORO. Foto: (Clerisvaldo B, Chagas).

A capital de Alagoas, não é só beleza e trabalho. Nos costumes gastronômicos do interior, o amigo vai pegando o roteiro das coisas em Maceió. Tudo tem, basta descobrir onde porque os alimentos desejados, os mais populares, não se concentram. Quer aquela famosa farinha de Sergipe? Vai encontrá-la somente na feirinha do Tabuleiro. A macaxeira estar preenchendo vários lugares, mas antes era encontrada na pracinha que passou a ser chamada de Praça da Macaxeira, no Barro Duro. Frutas à vontade, inclusive as tradicionais do interior, procure na Rua das Árvores (Rua Augusta). Muitas são as bancas que vendem coco verde, acerola, mamão, abacaxi, laranja e muito mais. Caso esteja querendo jenipapo, procurar o mercado público e se informar, pois somente uma senhora vende o jenipapo vindo da região de Atalaia. Frutas também são encontradas na calçada do Edifício Breda, no Centro, chegadas de Petrolina, área de irrigação. É lugar aonde chegam os primeiros cajus.
Tapiocas e outros produtos à base da mandioca ou macaxeira podem ser encontrados no início do chamado Litoral Norte. Broa, suspiro, cocadas e várias guloseimas, são vendidas em barracas, na Massagueira, já no município de Marechal Deodoro, logo após a ponte Divaldo Suruagy. São feitas pelos próprios moradores que as expõem em barracas de pano, ao longo da rodovia, mas em lugar concentrado.
O caso de um limão que preste, é difícil encontrar o próprio fruto quanto mais à qualidade: só mesmo no interior ou talvez o limão chamado taiti, em supermercados. O caldo de cana está em algumas esquinas nas imediações da Rua Augusta e, caso o amigo não valorize demais a higiene.
É possível vestir um bermudão à americana e sair por aí provando o sabor das coisas, como um sujeito endinheirado.
E se você é bom motorista, ponha freio no bolso porque a exploração é de lascar, principalmente se o vendedor cismar com sua cara de gringo.


PAIS, AVÓS E NETOS Clerisvaldo B. Chagas, 12 de agosto de 2016 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.559 Foto: (Clerisva...

PAIS, AVÓS E NETOS

PAIS, AVÓS E NETOS
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.559

Foto: (Clerisvaldo).
Eita véi, vamos seguir à moda! Pressionados pelo carinho de avós, fomos prestigiar a festinha do nosso neto Davi na escola da Ponta Verde. Ê rapaz, coisa boa danada para quebrar a rotina com outros cuidados. A atenção para os pais foi ótima, mas também havia pai dos pais e mãe das mães, no ruidoso evento. Pense compadre, voltar a ser criança no meio daqueles pingos de gente! Danadinhos!!! Fizeram tudo como havia sido ensaiado; cada turminha chegava pela ordem e fazia suas apresentações. Os pais corujas cercavam os filhos e não cansavam de aplaudir sob imensa bateria de fotos em todos os ângulos.
Ali pertinho do mar de Maceió, a maresia salga e batiza a essa geração que vem aí, exigindo um mundo melhor de se viver. E tudo passa pela cabeça dos mais velhos, desde os tempos das escolas iniciais até a guia dos mais jovens. E aquele que ainda traz a humildade à flor da pele, não deixa também aprender novas lições ao entrar nos batentes da escola. Estão lá, escritas nos cartazes, nos panfletos, na lucidez das mestras, para todos... Até para os corações endurecidos.
E ainda no meio daquela gostosa algazarra, vamos no deliciar com o lanche oferecido, com as músicas e com os presentes ofertados pela gurizada.
A comemoração do Dia dos Pais parece mesmo uma boa ideia que faz esquentar os corações. Não podendo ir à festa dos dois netos, pela distância, pelo menos se mede um bom tamanho chegando a um deles. E vamos ficando mole, mole, pois nada mais dobrável de que avós.
E os meus netos Davi e Guilherme irão trilhar caminhos que somente Deus os conhece, mas a confiança e a fé dos mais velhos chegam juntas ao Mestre dos Mundos.

Afinal, Deus é Deus! Louvemos o Dia dos Pais.

MARAVILHA Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2016 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.558 Foto: (correionotíciablo...

MARAVILHA

MARAVILHA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.558

Foto: (correionotíciablog).
Maravilha, cidade sertaneja de Alagoas, já pertenceu a Santana do Ipanema. Geograficamente chamada de cidade brejo de pé de serra, já teve nome horrível, mas reverteu para sua melhor sorte. Situada no sopé da serra da Caiçara – uma das mais altas do estado – tem arranjado sensível melhora no seu aspecto físico. Ligeiramente inclinada favorece o escoamento das águas pluviais das suas chuvas de relevo. Maravilha não é tão grande assim e compete com Ouro Branco, cidade vizinha assentada em amplo lajeado de granito. Seu povo é tão bom quanto atesta o nome da cidade.
Após a descoberta em sítio arqueológico da preguiça gigante, a cidade tomou gosto pelo desenvolvimento, embelezou-se e ostenta em seus jardins públicos a imagem da preguiça gigante como monumentos. Isso tem atraído milhares de visitantes curiosos em torno das pesquisas realizadas naquele município. No livro “Lampião em Alagoas”, os autores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, falam sobre as incursões que Virgulino Ferreira da Silva fazia naquela região, antes da fama adquirida. Foi por ali que aconteceu a morte de um dos irmãos Porcino, bando em que Ferreira havia se metido quando veio morar nas Alagoas.
O seu maior cartão de visita, porém, continua sendo a imponente serra da Caiçara que se estende por outros municípios. Atualmente a montanha também é chamada de serra da Maravilha e, contemplar fatia do sertão do alto de seu lombo é um privilégio inesquecível.
Para se chegar a “Terra da Preguiça Gigante”, indo da capital para o Sertão pela BR-316, é só passar à cidade de Santana do Ipanema e logo, logo, estará em Maravilha com seus barzinhos noturnos aconchegantes. Daí é só admirar o seu museu e respeitar os seus monumentos, de resto, é maravilha pura!...