A REDE E OS DEFUNTOS
Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de abril de 2015
Conta-nos Rolando
Boldrin, músico, ator e apresentador de televisão, anedota interessante.
Havia um bar defronte
um cemitério em certa cidade onde os pinguços faziam ponto. (Bar semelhante ao
que havia defronte o cemitério de Santana do Ipanema, a quem botei o apelido de
Defuntão e, pegou. Foi fechado há muito após um assassinato ali ocorrido). Pois
bem, havia um viciado que todo o dia chegava, pedia uma pinga ao Seu Mané, dono
do bar, virava-se em direção ao cemitério, levantava a taça e convidava a “defuntada”
para o trago. Seu Mané já estava cansado de aconselhá-lo, alegando que aquilo
era falta de respeito aos mortos e poderia até resultar em coisas desagradáveis
para o freguês. O conselho entrava num ouvido saía no outro.
Alguns estudantes que
estavam ali bebendo, resolveram fazer uma presepada com o sujeito. Combinaram
com Seu Mané um castigo para o dia seguinte.
O grupo de estudantes,
vestido em lençóis brancos ficou dentro do cemitério aguardando a chegada do pinguço.
Armados de cacetes os fantasmas viram por um buraco quando o cliente brindava e
Seu Mané fazia o sinal combinado. Pularam o muro, atravessaram a rua e entraram
com o beberrão na madeira. Uma surra singular.
Todo moído, o
camarada conseguiu se arrastando chegar a casa, mas no outro dia, pontualmente
estava de novo no mesmo bar. Queixou-se da pisa ao dono da espelunca. Seu Mané
falou: “Eu não lhe disse que não desrespeitasse
os mortos?” Olhe no que deu? O Bêbado não contestou e disse: “O senhor estava certo, Seu Mané. Errado mesmo
foi quem enterrou os defuntos com cacete na mão”.
Isso nos faz lembrar
imediatamente uma rede de televisão que parece comandar e querer embriagar o povo,
a incentivar o afastamento da nossa presidente, do Planalto. Não vai conseguir
nunca, pois todos já estão sabendo das manobras. Desesperada, como os caras de
pau que foram derrotados, a rede golpista procura enterrar defunto com cacete
na mão.
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