CHOCALHO DE BESTA
Clerisvaldo
B. Chagas, 2 de abril de 2015
Crônica Nº 1.400
Foto ilustração:(raulingmann.com.br). |
“Quando a Revolução
Francesa se organizou em Convenção (de 1792 a 1795), a luta política se
acirrou. O assento do presidente ficava no meio da sala. Os girondinos (alta
burguesia conservadora) sentava-se à direita dele; os jacobinos (pequena
burguesia e os profissionais apoiados pela plebe de Paris) sentavam-se à esquerda.
Para economizar esforços, o presidente da Convenção passou a chamar os girondinos
de direita (antes ele dizia: ‘Os senhores
convencionais que estão à minha direita...’) e os jacobinos de esquerda. Acontece
que os jacobinos queriam a continuação das medidas revolucionárias; os
girondinos, não. As expressões pegaram: esquerda é quem quer revolução ou
reformas radicais; direita é quem não quer (no centro ficavam os indefinidos).
Combinando as duas
classificações, chegamos às seguintes posições:
·
Extrema direita corresponde aos reacionários;
·
Centro-direita é a denominação dos
conservadores;
·
Centro-esquerda refere-se aos reformistas;
·
Extrema esquerda abrange os revolucionários, principalmente o que
são favoráveis à luta armada.
Na realidade, os limites
entre essas categorias não são claramente estabelecidos. Assim, será difícil
colocar uma pessoa ou um grupo rigidamente dentro de qualquer uma delas”. (SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasi,p.192).
Esse esclarecimento vem
aliviar um pouco a nossa cabeça, quando as expressões são constantemente usadas
pela política deste país. O uso constante do palavreado denominativo parece ser
uma exclusividade dos parlamentares que usam e abusam dessas expressões como se
fosse uma forma de demonstrar conhecimento ou confundir a opinião pública.
Isso é parecido com o
“economês” dos homens das pastas afins que eles falam, falam, falam e a pessoa
comum não entende, talvez, porque os objetivos sejam iguais aos do primeiro.
É por isso que o meu
pai Manoel Celestino das Chagas, (Seu Manezinho) dizia sobre conversa mole: “Não quero escutar chocalho de besta!”.
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